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Brasil tem primeira loja inteligente da América Latina

iPads, telas de LED e provadores interativos atraem consumidor

Brasil tem primeira loja inteligente da América Latina
Sua Franquia Publicado em 14 de Novembro de 2011 às, 17h42. Atualizado em 11 de Julho de 2023 às, 02h59.

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O Brasil já tem a primeira 'loja inteligente' da América Latina. A tecnologia oferece facilidades ao consumidor, como o uso de iPads, telas de LED e provadores interativos. A loja funciona na Grande São Paulo e atrai a atenção dos consumidores.

O comércio vende moda surf e esbanja tecnologia já na entrada. Adjetivos não faltam para a primeira loja inteligente da América Latina. Os clientes viram as páginas de um catálogo eletrônico sem tocar na tela, graças a um sensor instalado debaixo do monitor. “Só entrei na loja exatamente pelo fato de facilitar, de poder ver o book só com o movimento da mão”, diz Samare Duarte, consumidora.

Toda a tecnologia da loja foi desenvolvida pela empresária brasileira Regiane Romano. Ela é especialista em transmissão por radio frequência, e cria projetos para o varejo. Foram instaladas oito antenas que transmitem sinais por toda a loja.

Mais surpresas não demoram a aparecer. Em uma holografia, por exemplo, o real e o virtual confundem os olhos da gente, num jogo de imagens.

A loja inteligente é fruto de uma parceria entre a empresária e a rede de franquias de moda surf. A idéia é fazer da loja um modelo a ser usado por outras empresas. O sistema organiza e controla o estoque, graças a microchips instalados dentro da etiqueta de cada produto.

“Na verdade, ele tem um RG. É um identificador, é um código. E a partir desse código eu vou para o sistema e coloco a foto, coloco a descrição, o preço, os produtos relacionados, o que combina com o que e aí eu consigo fazer toda a parte de interatividade, de entretenimento, de gestão, de verificar os produtos que estão precisando de ressuprimento, o que você vende mais, o que você deixou de vender”, explica a empresária.

Para o gerente da franquia, Leonardo Santos,,a tecnologia faz o negócio sair na frente, porque atrai clientes, reduz custos e otimiza a administração.

A loja tem 5 mil peças. Contar e classificar todas elas, que é o que se chama de controle de estoque, normalmente demora dois dias. Mas, com um aparelho chamado coletor eletrônico, é possível fazer tudo em minutos. “Ele tem um gatilho à medida que você pressiona e vai apontando para os produtos. Ele vai fazendo a contagem automática dessas referências, e traz tudo isso na tela”, afirma Leonardo Santos, gerente da rede de franquias.

“Nós temos o controle centralizado desse estoque em tempo real. Segunda coisa também é que nós reduzimos o custo, porque nós contratávamos uma empresa terceirizada e a partir de agora a gente consegue colocar essa contagem para o gestor da própria loja”, explica.

Ao todo, foram instalados 15 itens tecnológicos para melhorar a gestão do negócio. Um deles é um espelho interativo. É possível experimentar peças virtualmente. Há também tablets que apontam se uma roupa está fora do lugar, além de um sistema de câmeras evita furtos.

“A gente consegue identificar a peça que está sendo levada da loja e faz um vídeo do infrator”, diz Marcelo Chiaparini.

A tecnologia dos provadores está entre as que mais encantam os clientes. Natalia Cheque entra na cabine e o sistema registra na hora as peças que ela tem na mão. Em seguida, o monitor sugere combinações com a roupa que ela escolheu, e envia um torpedo para o celular da vendedora, que traz na hora as sugestões. “As vezes você não tem noção da peça que vai ficar boa com aquela peça que você escolheu e ele já te dá todas as opções. Eu achei incrível, sensacional”, diz Nathalia.

A inovação aumenta o faturamento da loja. O sistema instalado custa R$ 50 mil. Inclui três computadores, três tablets, dois monitores, oito antenas de radio frequência e dois leitores eletrônicos. Com 650 lojas em vários países, a rede de franquias escolheu o Brasil para testar o modelo de loja inteligente. A idéia agora é exportar a tecnologia para outras unidades pelo mundo. O conceito tem o nome de “varejo três, ponto zero” e propõe inúmeras facilidades.

”Agregar entretenimento, tecnologia, inovação, integrar com redes sociais, acesso a internet, uma gestão inovadora, uma gestão centralizada”, diz o gerente Santos.

E para a empresária que desenvolveu a tecnologia, a loja inteligente marca o
início de uma revolução na gestão de negócios. “Nós estávamos 30 anos atrás quando o código de barras foi inventado, ninguém acreditava que ele chegasse ao chocolate e hoje todos os produtos tem o bendito código de barras. Com isso aqui vai ser exatamente igual, a diferença é que isso vai agilizar todos os processos e haverá ganho maciços ao longo de toda a cadeia.

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