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Lacoste planeja dobrar suas operações no Brasil até 2012

A empresa pretende crescer entre 30% e 35% neste ano

Lacoste planeja dobrar suas operações no Brasil até 2012
Sua Franquia Publicado em 17 de Maio de 2010 às, 18h10. Atualizado em 11 de Julho de 2023 às, 02h59.

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A grife francesa Lacoste não está poupando meios para dobrar suas atividades no Brasil até 2012. A empresa pretende crescer entre 30% e 35% neste ano, uma das mais altas perspectivas de expansão da grife no mundo. "O Brasil é uma prioridade para nós", disse ao Valor Michel Lacoste, presidente da companhia e filho do premiado tenista René Lacoste, que criou, no fim dos anos 20, a famosa polo para seu uso pessoal nas quadras. "O país está crescendo de maneira importante e conduzindo bem seu desenvolvimento. Por isso temos tantos consumidores no Brasil", diz ele. Em 2009, a receita da marca no Brasil atingiu R$ 100 milhões, com aumento de 60%.

A performance invejável, deve ser, no entanto, relativizada, já que as vendas da Lacoste no país estavam um pouco paradas antes de 2008, data em que a Devanlay Ventures do Brasil passou a administrar a marca. Mesmo assim, são poucos os mercados no mundo que vêm registrando crescimento na casa dos dois dígitos, façanha que o Brasil vem repetindo neste ano, com alta nas vendas da ordem de 30% a 35% até o momento. Em 2009, a Lacoste faturou € 1,4 bilhão, uma queda de 6,6% em relação ao ano anterior. A China é outro país que, ao lado do Brasil, se tornou a grande prioridade para a marca. Este ano, a Lacoste deve abrir 80 lojas no país asiático.

Os projetos para o Brasil também são ambiciosos. A marca prevê dobrar o número de pontos de-venda, atualmente de 416 (a maioria é de lojas multimarcas) para 800 a mil até 2012, disse José Luis Duran, presidente da Devanlay, licenciada mundial da Lacoste para produção e distribuição de roupas. O número de peças de roupas vendidas hoje no Brasil, 1 milhão, também deve dobrar em três anos, afirma Duran, ex-presidente mundial do Carrefour e que assumiu o comando da Devanlay há pouco menos de um ano. A expansão no Brasil vai ocorrer sobretudo por meio de lojas multimarcas que vendem artigos premium, diz Duran. A Lacoste possui hoje 63 lojas no país, sendo 2 próprias. A previsão é chegar a 120 butiques, quase todas franquias, até 2012. Por esse motivo, os investimentos em ativos não são muito significativos, da ordem de R$ 10 milhões por ano, diz Duran. A terceira loja própria deve ser aberta no Rio também até 2012. "Mantemos uma proporção de 12% a 15% de lojas em relação ao total de pontos de venda. Ter um percentual significativo de butiques é um elemento chave para construir a imagem da marca no País", afirma Duran.

O executivo espanhol está realizando uma série de iniciativas, em nível internacional, para rejuvenescer a marca, melhorar sua imagem e ampliar a clientela. Coleções de vestidos, camisas com colarinho em tecido (sociais) e jeans, por exemplo, passarão a ter mais destaque nas coleções. O Brasil até poderá, no futuro, fabricar os jeans Lacoste. A Devanlay quer aumentar a coleção de roupas femininas, que hoje representam 20% de suas vendas. O objetivo é chegar a 25%. A renovação da imagem da Lacoste também passa pela modernização da decoração das lojas, evidenciando mais outros modelos de roupas. A Lacoste também continua ampliando sua oferta de produtos, que inclui bolsas, perfumes, relógios, roupas de cama e banho, produzidos por outras licenciadas.

Fonte: Valor Econômico

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