O Turismo é um dos segmentos da economia que agrega 52 atividades e com alto potencial de geração de emprego, além disso, mais de 90% das empresas que atuam nessa área são de pequeno porte. Para que empreendedores que atuam com atividades beneficiadas pelo turismo, o Sebrae reuniu, em Curitiba, um grupo de mais de 30 gestores. O objetivo do encontro é traçar diretrizes para a atuação do Sebrae que entenda as necessidades de cada uma das regiões e crie instrumentos para potencializar os ganhos que a atividade turística pode trazer para as economias locais e nacional.
Estudo do Sebrae, em parceria com Fundação Getulio Vargas (FGV), mostra que após a pandemia foi criado um novo perfil de turista e que, por isso, é necessário que os pequenos negócios que atuam com turismo trabalhem alinhados às tendências desse novo perfil do consumidor.
“Para que possamos incentivar o setor turístico é preciso que estejamos alinhados para que a atuação do SEBRAE nos territórios ofereça soluções precisas em relação ao novo modo como as pessoas veem e vivenciam o turismo”, comenta a coordenadora de turismo do Sebrae, Ana Clévia, ao falar da motivação da realização do encontro.
A coordenadora estadual de Turismo do Sebrae Paraná, Patrícia Albanez, destacou que o alinhamento dos gestores vai ajudar a atender as diferentes necessidades dos polos turísticos brasileiros. “O Brasil é um país diverso e plural. Esse momento é muito importante para que a gente encontre um caminho comum. Esperamos com esse encontro sistematizar nosso esforço para oferecer uma entrega significativa no setor do turismo. Quando todos estão alinhados e direcionados em um único esforço, a nossa entrega se torna relevante para a sociedade como um todo”, pontuou.
De acordo com o estudo feito pelo Sebrae e FGV, o novo perfil do consumidor pós-covid está em busca de experiências diferentes. Além disso, novas modalidades de trabalho como o remoto ou os nômades digitais também devem ser levadas em consideração como potenciais turistas. O documento também aponta que a intensificação e aceleração dos processos de mudanças culturais, socioambientais, econômicas e tecnológicas nos últimos anos contribuem para novas formas de se fazer e experienciar atividades turísticas e de lazer, o que abre oportunidades para novos negócios.
Conheça as 10 principais tendências de mercado para as micro e pequenas do setor que o Sebrae levantou:
1. Experiência e Autenticidade. Voltada para experiências únicas, profundas e significativas mesmo que decorrentes de serviços ou atividades simples. A ideia é oferecer para o cliente um novo significado de práticas de turismo, seja para vivenciar viagens, refeições ou outras atividades turísticas, ou de lazer.
2. Contato com a natureza. A busca por viagens e atividades em ambientes ao ar livre se intensificaram na pandemia, continuam em alta e seguem em crescimento, visto que permitem aliar o turismo às práticas de segurança ainda recomendadas.
3. Sustentabilidade e Inclusão. Visa atender de forma conjunta às necessidades não só dos turistas, mas também das comunidades receptoras e empreendedores. Nesse caso, é dada atenção aos aspectos de proteção e preservação de recursos naturais, da biodiversidade e da integridade das pessoas envolvidas.
4. Staycation. A prática deve continuar em alta após a pandemia e diz respeito a fazer turismo sem sair da cidade de residência. Opções como day use, oferecimento de serviços por hotéis da cidade para a comunidade e uso de espaços para trabalho remoto ou eventos comemorativos abre muitas possibilidades de ampliar o público-alvo dos empreendimentos.
5. Contratos competitivos. Atende ao consumidor cada vez mais independente e bem-informado. Os negócios de turismo precisam ser mais competitivos com bom custo-benefício e flexibilidade para cancelamentos e remarcações.
6. Saúde e Bem-estar. O turismo de bem-estar é a junção de práticas de viagem à procura pela saúde física e mental, em que o cliente busca por serviços diversos, como, por exemplo, práticas terapêuticas, dietas saudáveis, procedimentos estéticos, entre outros.
7. Redução do contato físico. Com o receio de contágio na pandemia, o cliente passou a valorizar de redução de contato físico com objetos de uso comum e de interações pessoais, favorecendo avanços tecnológicos como a digitalização e automação na busca por interações “sem toque”.
8. Marketing Digital. Em um contexto em que a presença no mundo digital é um diferencial competitivo extremamente relevante, ainda se observam pequenos negócios do turismo com baixos níveis de maturidade digital.
9. Segurança Sanitária. Medidas de segurança sanitária vão continuar como um fator decisivo na tomada de decisão do turismo mais consciente e comprometido com a responsabilidade social.
10. Economia compartilhada e sob demanda. Nesse caso, o cliente paga apenas pelo que consome ou pelo tempo que consome, otimizando assim os recursos para quem oferece e gerando economia para o consumidor. Essa nova forma de consumir produtos e serviços considera a necessidade e não a posse.
Fonte
Agência Sebrae