Ananias Oliveira Filho trabalhava como garçom, quando decidiu pedir demissão, vender o Monza 89 e abrir, com R$ 3,9 mil, uma pequena loja de serviços automotivos – hoje a franquia Nani Sound, rede de acessórios e estética automotiva, que acaba de entrar para Grupo Kalaes, holding multisetorial de franquias.
Quando terminou o Ensino Médio, Nani, como é conhecido, trabalhou para ajudar nas despesas de casa como empacotador, repositor, cumim e, por último, garçom - ganhando um salário-mínimo. Sem condições financeiras, não fez faculdade.
Porém, desde cedo, Nani tinha paixão por automóveis. "Quando eu comprei meu primeiro carro, um Monza 89, fazia questão de customizá-lo. Equipava com caixas de som, rodas diferentes, eu adorava", relata.
Cansado da rotina pesada no restaurante em que trabalhava, Nani decidiu empreender. Ele sugeriu a um colega, que trabalhava com autoelétrico em casa, uma sociedade. "Ele entraria com as ferramentas e serviços, eu com o dinheiro, e dividiríamos o lucro da loja em 50/50", conta. O futuro sócio topou.
"Pedi demissão, recebi R$ 1.100, vendi meu Monza, um carro que eu amava, em troca de uma moto e um pouco mais de dinheiro. Ao todo, me sobrou R$ 3,9 mil. Era todo o dinheiro que eu tinha, e coloquei tudo no negócio", diz.
Próximo passo: alugar um ponto. Feito. "O espaço cabia apenas um carro de porte pequeno ou médio, mas era o que eu consegui pagar na época", lembra.
O começo, lembra Nani, foi duro. "Todos ao meu redor me desestimulavam, diziam que não conhecia nada do negócio. E de fato, eu não conhecia, mas estava disposto a correr o risco e aprender no caminho", afirma.
Nani sabia que o sócio tinha problemas com alcoolismo, mas não imaginava o que estava por vir. "Às vezes ele sumia por uma semana. Eu não tinha capacidade de atender os clientes sozinho, cuidava da parte financeira. Aos poucos a loja foi esvaziando", conta.
Certa vez, já no desespero, Nani aceitou o pedido de um cliente: aplicar insulfilm. Detalhe: ele nunca tinha feito isso. "Fiquei das 9h às 21h tentando colocar a película. Não consegui e ainda tive de devolver o dinheiro do cliente".
Foi a gota d’água. "Propus comprar a parte do meu sócio. Ele aceitou", lembra. A partir daí, tudo mudou. Nani estava em outra posição e podia cobrar mais. O ex-sócio melhorou a regularidade no trabalho e o número de clientes aumentou. Nani contratou novos funcionários e teve de mudar para um ponto maior.
Em 2011, o negócio prosperava, então, a concorrência bateu à porta. Dois empreendedores conhecidos na região abriram um negócio de serviços automotivos perto da loja de Nani. "Me aproximei e ofereci ajuda. Vendia meus serviços a preços menores para eles. Por fim, acabamos por formar uma sociedade juntos", afirma.
O trio se uniu, cresceu e abriu três lojas. Por um tempo, foi um sucesso. Depois, por alguns atritos, decidiram desfazer a sociedade e cada um ficou com uma loja. A que ficou com Nani ganhou um novo nome e, oficialmente, nasceu a Nani Sound.
O empreendedor seguiu carreira solo e tudo correu bem até certo ponto. Nani conta que o sucesso subiu à cabeça. Gastos imprudentes e a crise de 2015 o levaram à uma dívida de R$ 250 mil.
Sem condições de pagar o aluguel da loja, teve de mudar para um ponto menor. Mesmo assim, devendo para fornecedores, sequer conseguia comprar matéria-prima. "Eu usava a maquininha de parceiros para conseguir fazer os serviços. Assim ele tinha a garantia de pagamento e eu recebia também", lembra.
Foram dois anos nessa situação. Um dia, Márcia, sua esposa, visitou a loja. Ela sabia das dívidas, mas não tinha noção da situação real do negócio. "Ela ficou assustada quando viu o estado da loja, mas queria ajudar", conta.
Márcia também tinha dívidas. Um dia, decidiu consultar a dívida total e, para sua surpresa, o nome dela estava limpo! “Abrimos um novo CNPJ [Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica]. Com a Márcia no controle financeiro, o dinheiro voltou a entrar e, aos poucos, paguei minhas dívidas", diz.
A partir de 2017, as contas voltaram a se equilibrar. "Voltamos a abrir novas unidades, mais três, e a Nani Sound se reconstruía", afirma.
Então, em uma conversa com o amigo Fernando Cássio, que trabalha no Grupo Kalaes, foi convencido de transformar o negócio em uma franquia. Nani topou e o amigo entrou de sócio. "A história empreendedora do Nani mostra o quanto ele batalhou para chegar aonde chegou. Vamos expandir esse modelo de negócio de sucesso para todo país", explica Sidney Kalaes, sócio da marca e presidente do Grupo Kalaes.
Em menos de um mês, já foram comercializadas seis franquias. Até o fim de 2022, a marca projeta inaugurar 50 unidades por todo o país. "Eu sabia que, para transformar o negócio em franquia, eu precisava da segurança e suporte de uma franqueadora excepcional. E o Grupo Kalaes nos proporciona isso", finaliza Nani.
Raio-X da Franquia |
Investimento total (capital para instalação, de giro e taxa de franquia): R$ 180 mil Taxa de franquia: R$ 59.900,00 mil Capital de giro: entre R$ 20 mil e R$ 35 mil Área para instalação: a partir de 100 m² Tipo de negócio: loja de acessórios e estética automotiva Ano de fundação: 2009 Ano de fundação do franchising: 2021 Número médio de funcionários por franquia: 6 Número de unidades próprias: 4 Número de unidades franqueadas: 6 Royalties: 6% sobre o faturamento bruto Taxa de publicidade: 1,5% sobre o faturamento bruto Faturamento da unidade: acima de R$ 80 mil Lucro médio mensal: 25% sobre o faturamento bruto Prazo para retorno: entre 18 e 24 meses. |
Sobre a Nani Sound
Fundada em 2008 por Ananias Oliveira Filho, ou Nani, a Nani Sound é uma franquia especializada em som, acessórios, instalações e estética automotiva, com quase 15 anos de atuação no mercado. A rede conta com quatro unidades próprias e cinco franquias. Até o fim deste ano, a Nani Sound projeta 50 lojas.
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