A marca Localiza, de aluguel de veículos, foi criada em 1973, em Belo Horizonte, com uma frota de apenas seis fuscas. Quase quarenta anos depois, virou uma rede de 527 franquias equipada com mais de 100 mil carros, que está presente em oito países da América do Sul. No Brasil, contabiliza 481 unidades. Destas, 240 são próprias e 241, franqueadas. As outras 46 franquias estão na Argentina, Bolívia, Colômbia, Equador, Paraguai, Peru e Uruguai.
A estratégia de crescimento, baseada na abertura de franquias, teve início em 1985. Este modelo permitiu à empresa expandir seu negócio para o exterior e tornar-se a maior rede de aluguel de carros na América Latina.
Segundo Bruno Andrade, diretor de Franchising da Localiza, o empreendedor que abre uma agência da marca conta vantagens. Além de líder de mercado em seu setor, a empresa possui um expressivo cadastro de clientes em todo o Brasil, uma central nacional de reservas, acordo com todas as bandeiras de cartões de crédito, convênio com concessionárias para renovação da frota, treinamento contínuo para os empreendedores e apoio de sistema de gestão de negócio, além de acesso a um fundo nacional de publicidade da marca.
Estratégia de crescimento
De acordo com Andrade, a Localiza mapeia regularmente as cidades com potencial para sediar novas agências - municípios com importância econômica regional ou com aeroportos com voos regulares -, mas não descarta a possibilidade de empreendedores procurarem a empresa com o objetivo de virar franqueados.
Hoje, as unidades franqueadas representam a metade do número de agências da marca, que estão espalhadas pelas capitais e cidades mais importantes no interior do País.. De acordo com o executivo, estas últimas são importantes por permitirem à Localiza estar presente geograficamente em todas as regiões, apesar de representarem menos de 30% no faturamento anual da empresa.
Bruno Andrade diz que o perfil do franqueado Localiza é o de um empreendedor local ligado ao mercado de automóveis, com capital para investir e que possui uma boa rede de relacionamento na cidade.
O empresário Guilherme Rezende, de Ribeirão Preto, no interior de São Paulo, é um exemplo disso. Em 1995, ele foi convidado a trocar Belo Horizonte pelo próspero interior paulista. Hoje, possui franquias nas cidades de São José do Rio Preto, Catanduva, Ribeirão Preto e Sertãozinho. Com uma frota de 2 mil carros, começou com apenas 30 ¿ cinco vezes mais do que marca tinha, quando foi aberta. Rezende afirma que suas maiores dificuldades são o fato de o empreendimento ser de capital intensivo e também uma atividade de risco. "O empreendedor precisará sempre de capital para renovar a frota e estar em sintonia com a evolução do setor para não perder competitividade", diz.
A Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016 servirão para acelerar ainda mais o crescimento registrado nos últimos anos, que ficou em torno de 20% a 25% ao ano. Antes mesmo dos megaeventos esportivos, a empresa já sente os bons ventos dos preparativos nas cidades-sedes. As obras, que requerem constante movimentação de dirigentes e executivos, já estão movimentando muito os aeroportos e, consequentemente, do setor de locação de veículos.
Localiza em números
Setor: Veículos
Resumo do negócio: Franquia de Aluguel de Carros
Número de unidades próprias e franqueadas: 481
Unidades próprias: 240 unidades
Unidades franqueadas: 241 unidades
Faturamento médio mensal: R$ 98.347,56 (unidade franqueada)
Taxa de royalties: 6% do faturamento bruto
Taxa de propaganda: 2,5% do faturamento bruto
Capital para instalação: R$60 mil a R$100 mil
Taxa de franquia: R$160 mil
Capital de giro: A partir de R$100 mil
Prazo de retorno estimado: 18 meses
Principais concorrentes no segmento: Unidas, Hertz, Avis, Yes, Álamo e Movida