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Franquia de lavagem a seco é um bom negócio

A limpeza é considerada ecologicamente correta e cada vez conquista mais o mercado

Franquia de lavagem a seco é um bom negócio
Sua Franquia Publicado em 27 de Janeiro de 2009 às, 17h28. Atualizado em 11 de Julho de 2023 às, 02h59.

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Com baixo investimento, é possível montar uma franquia de lavagem a seco para carros. O serviço é feito com uma cera especial, sem usar água. A limpeza é considerada ecologicamente correta, e cada vez conquista mais o mercado.

É só passar um pano e a sujeira sai.  Esta é a lavagem de carro a seco - ou quase. O segredo é um líquido que umedece o pano e absorve a sujeira.

“Na lavagem convencional você faz enxague com água, passa o shampoo, aquela coisa que todo mundo já conhece. No nosso processo, você tem o carro no mesmo local, o carro não anda, e você passa o pano com o produto, que tem a propriedade de suspender as partículas de sujeira, formando uma película protetora entre o verniz do carro e a própria sujeira”, explica o empresário Marcos Bronsert.

O empresário Marcos Bronsert é dono de uma rede de franquias de lavagem de carro sem água. A rede possui 34 lojas em 11 estados brasileiros.

“Hoje a lavagem sem água representa 5% do mercado de lavagem do Brasil inteiro, então, tem muito o que crescer”, avisa.

O investimento em uma franquia é a partir de R$ 6.900. Este valor é para compra de um kit de limpeza. Neste caso, o atendimento é na empresa do cliente ou na casa dele. Já para montar uma loja, o investimento é a partir de R$ 25 mil. Esse dinheiro inclui também a reforma do espaço.

“A franqueadora oferece treinamento, auxílio na montagem de material promocional, auxílio em técnicas de administração, toda a reciclagem operacional que for necessária para que a loja possa ter um bom andamento”, ressalta Bronsert.
 
Metade do sucesso deste tipo de negócio está na escolha certa do ponto comercial.  A recomendação é que, na frente da loja, passem no mínimo mil veículos por dia.

Um bom ponto comercial pode ser, por exemplo, no estacionamento de um supermercado. Nunca é demais lembrar que o ponto deve estar não na saída, mas na entrada, para que o cliente deixe o carro enquanto faz as compras. Dentro do espaço o que mais se faz é lavar carro, mas não é o que traz mais dinheiro para a loja. Na verdade, a lavagem é só o chamariz para outros serviços, que representam a grande fatia: 70% dos lucros.

São serviços como polimento do carro, que custa R$ 89; cristalização de pintura, por R$ 139, e até instalação de ar-condicionado, por R$ 3 mil.

A franqueada Lea Marcucci começou o negócio há dois anos e meio. Ela já sabe: a regra é convencer cada cliente a gastar mais. Lá, sempre que aparece uma oportunidade, os funcionários falam dos outros serviços.

“O tempo da lavagem e dos outros serviços é praticamente o mesmo, então nosso custo acaba sendo menor com o funcionário e com a estrutura da loja, sendo que o cliente paga um valor maior”, explica a franqueada. A estratégia dá certo. De cada dez clientes que deixam o carro para lavar, quatro contratam mais serviços.

“Vou fazer um polimento e uma cristalização também. Aproveitar que já estou aqui e vou fazer tudo no carro”, revela o cliente Hederson Farah.

A franqueada atende 450 veículos por mês. E a cada mês o movimento aumenta 5% . Segundo a empresária, para manter o ritmo de crescimento, é preciso fazer ações de marketing sempre. São ações como a distribuir folhetos, buscar veículos e fazer parcerias com agências e oficinas mecânicas para indicar clientes.

“Nós tínhamos uma loja. Um mês e meio depois adquirimos outra. E o negócio cresce a cada mês. Tenho interesse em abrir outras lojas, estou procurando espaço para isso, porque o retorno é certo. O investimento é baixo e o retorno é rápido”, admite Lea.
 
Para o consultor André Giglio, este tipo de serviço é uma tendência de negócio. A praticidade e o apelo ecológico de não gastar água fisgam o consumidor.

“Uma vez que você consegue ter um bom serviço e uma boa funcionalidade, essa questão ambiental com certeza cria um desempate na hora de escolher o tipo de lavagem”, avalia.

“A lavagem não utiliza água. Eles só utilizam os produtos. Então, a gente está contribuindo para ajudar o planeta”, lembra a cliente Beatriz Vedovato.

O empresário Hermano Meira é outro franqueado da lavagem a seco para carros. O negócio foi montado em um condomínio com salas comerciais.

“São cinco pisos de subsolo que cabem mais de 200 carros. Dá para tirar uma boa porcentagem de carros para lavar”, diz Meira.
 
Nos últimos 3 meses, o empresário aumentou em 200% o número de clientes que  contratam outros serviços além de lavar o carro. Ele faz de tudo para estimular o consumo. “Se for higienizar o carro, a gente já inclui a lavagem. Está no pacote. A gente espera mais ou menos uma semana para poder pagar. Não precisa pagar o serviço no ato. São vantagens”, revela.

O empresário paga aluguel correspondente a 15% do faturamento bruto. E tem direito a três vagas de garagem. A vantagem é que não é preciso investir em estrutura física de uma loja convencional.

A empresa atende 130 veículos por mês. O faturamento é constante. É mais fácil fidelizar o cliente, que acha cômodo ter o serviço de lavagem onde trabalha.

“Na correria, é uma facilidade enorme, já que trabalho no prédio. É só chegar cedo, deixar as chaves com eles, e no final da tarde eu volto para buscar o carro limpinho. Ajuda muito”, elogia a cliente Patrícia Gabrilli.

“É muito bom. Hoje nós não temos tempo para se deslocar, então, ter o serviço a mão ajuda bastante”, admite o cliente Marcius Gamba.

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