Róger Marcondes tinha 15 anos quando começou a trabalhar na farmácia fundada pelo pai. Exatamente a mesma idade da Phitofarma (www.phitofarma.com.br), aberta em 1970 na Teodoro Sampaio, rua comercial movimentada na Zona Oeste de São Paulo. Em 85, o jovem ajudava no balcão, fazia serviços gerais e mal imaginava que quase três décadas depois transformaria a loja na maior rede de medicamentos de manipulação do Brasil.
Lançada como franquia em 2012, a Phitofarma tem hoje 20 unidades abertas ao redor do país e outras nove prestes a sair do papel, com um faturamento total de cerca de R$ 2 milhões por mês. Essa história começou a ser escrita em 94, quando Róger assumiu a liderança da empresa e decidiu investir nos medicamentos manipulados.
Com o tempo, a escolha se provou um acerto, já que nos últimos dez anos o consumo desse tipo de fórmula dobrou. Há diversas razões para isto: os manipulados são até 20% mais baratos e produzidos na quantidade exata necessária, além de terem composição mais adequada - os médicos os prescrevem levando em consideração o peso e a altura de cada paciente, por exemplo.
“Do ponto de vista comercial, o lucro com os itens manipulados é de 30%, contra 6% ou 7% dos remédios industriais”, explica Marcondes. O tino para os negócios o levou a fazer uma pós-graduação em gestão empresarial, depois de se formar em farmácia. Com o que aprendeu, mudou todo o negócio da família.
“Qualificamos e ampliamos nosso pessoal e laboratório”, conta o empresário. Até o logotipo da farmácia mudou: “Eu costumo brincar que levei a minha marca para o sol, mudei totalmente a exposição e a tornei conhecida no país”. O resultado veio rápido. Logo no primeiro ano, o faturamento quintuplicou. Na média, a Phitofarma cresce entre 15% e 20% desde então.
Agora, Róger trabalha com duas frentes de planejamento para o futuro da Phitofarma. Em primeiro lugar, ele vai investir na expansão internacional da franquia. Em segundo, vai criar uma distribuidora de matéria-prima para medicamentos manipulados. “Vamos facilitar o acesso aos insumos e princípios ativos e vender estes produtos por um preço mais competitivo”, explica ele.
Por mais que as metas sejam visionárias, o empresário continua a trabalhar onde começou: na unidade da Teodoro Sampaio. De vez em quando, ainda vai até o balcão atender um cliente antigo. Por mais que a marca ganhe o Brasil, ele garante que muitos ainda preferem visitar e conhecer onde tudo começou.