Os setores de serviços, saúde e beleza foram os que mais impulsionaram a abertura de franquias no Brasil este ano. Nos últimos seis meses, o setor de negócios e serviços abriu o maior número de unidades franqueadas (873). Em seguida, vem o segmento de saúde e beleza (722).
O apartamento do economista João Paulo Coelho ficará dois meses em obras. “Toda a parte hidráulica e toda a parte de acabamento e revestimento”, diz.
O empresário Wiliam de Faria é especialista em obras que vão de de pequenos serviços a grandes reformas. Ele tinha dinheiro para investir e abriu uma franquia em março. “Por que uma franquia? Porque é um tipo de investimento que alguém já errou e você está pagando pra você não errar”, diz Faria.
Esses serviços ajudaram a impulsionar o crescimento das franquias no Brasil. Nos últimos seis meses, o setor de negócios e serviços abriu o maior número de unidades franqueadas (873). Em seguida, vem o segmento de saúde e beleza (722). Depois, estão os setores de educação e treinamento (526).
“Especialmente com a movimentação do mercado de trabalho, uma demanda muito forte por negócios e especificamente serviços. Serviços ligados à conveniência, à residência, domicílio e à prestação de serviços de uma maneira geral no país”, diz Marcus Rizzo, coordenador da pesquisa.
Mesmo com marcas já consolidadas, a dedicação é fundamental. “A pessoa que compra uma franquia e acha que vai ficar em casa, não existe. Você tem que trabalhar da mesma maneira, como você trabalha em qualquer outro lugar”, diz Almeida Faria.
O economista Ruy Quintans, professor de economia Ibmec/RJ, lembra que o cenário atual é de instabilidade. "Alguém que queira aventurar-se hoje e colocar suas economias num negócio, o risco ficou maior porque os custos de financiamento aumentaram, a competição não é pequena, há uma inflação muito grande, há um dólar supervalorizado. Então, é bom ter bastante cautela com esse otimismo, mas chamar assim, no mercado de franquias", diz.