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Transformações do mercado PET desafiam profissionais do setor

Se há 30 anos, o pet exercia basicamente uma função de guarda, hoje ele ocupa lugar de destaque na cama e no coração dos donos.

Transformações do mercado PET desafiam profissionais do setor
Sua Franquia Publicado em 22 de Março de 2019 às, 18h00. Atualizado em 11 de Julho de 2023 às, 02h59.

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Essa evolução, batizada pelo presidente da Petz, Sérgio Zimerman, como "do pet da porta pra fora para o pet da porta pra dentro" abriu um amplo leque de oportunidades e desafios. Essa foi a tônica do evento de abertura da 7ª. Semana de Educação Executiva do FGV Management, que ocorreu na semana de 18 a 22 de fevereiro, na FGV.

Trata-se de um mercado entre R$ 28 e R$ 33 milhões, o que torna o Brasil o terceiro maior do mundo em faturamento e o segundo maior em volume. Seu tamanho e sua complexidade estimularam a FGV a criar um curso de curta duração abordando as suas diversas fases.

Segundo Pérsio Talarico, coordenador do curso, a qualidade da formação profissional não acompanha o ritmo de crescimento do mercado pet, que abrange áreas como petfood (ração), petcare, petvet e petserv.

"O setor precisa se modernizar e fazer frente aos novos hábitos dos consumidores, que já chega bem informado seja à loja de ração ou ao próprio veterinário. E existem oportunidades nas intersecções quem unem esses quatro segmentos" afirma.

Talarico explica que o curso é focado para um perfil empreendedor e deve abordar temas de conhecimento do mercado, suas particularidades, noções trabalhistas, protocolos e outras normas de procedimento legais e relações com mercado.

Para José Carlos Rapacci, presidente da Mars Petnutrition, divisão da multinacional Mars que responde por marcas consagradas como Whiskas, Pedigree, Royal Canin e uma rede global de hospitais veterinários e clínicas de diagnóstico, o mercado brasileiro ainda tem um grande potencial de crescimento.

"O crescimento da população de animais, cachorros, gatos e outros pets segue a ordem de formação de novos lares, não do crescimento populacional. Além disso, as pessoas estão mais conscientes das vantagens de se criar um animal de estimação", explica.

Rappaci recorre a pesquisas que apontam que cuidar de pet melhora a qualidade de vida de idosos, ajuda no tratamento para crianças com autismo e contribuem para melhorar diversos indicadores de saúde, melhorando a qualidade de vida. Diante desse quadro, segundo o executivo, paulatinamente o público tende a investir mais para cuidar melhor do seu próprio bichinho.

Mesmo assim, ainda há desafios. Entre eles, Rappaci chama a atenção para o baixo índice de conversão calórica, instrumento utilizado no setor para medir a composição da utilização de ração como meio de nutrição de animais em relação a outros meios.

No Brasil, essa taxa ainda está em 42%, contra 100% ou uma taxa superior a 100% em outros países, o que indica que os animais estão comendo uma quantidade de ração acima de suas necessidades calóricas.

"Uma taxa de 42% no Brasil significa que muitos donos ainda oferecem alimentos, restos de alimentos ou prepara comida para seus próprios bichinhos, ignorando os riscos que a falta de ração pode proporcionar à sua saúde", explicou.

Zimerman, da Petz, no entanto atribui essa baixa conversão calórica à desinformação, identificando nesse dado uma grande oportunidade. "Muita gente acha que dar parte do churrasco ou resto de comida ao animal é um ato de amor. Quando alertados dos riscos da quantidade de sal ou de açúcar, se conscientizam e passam a oferecer a ração adequada". Conheça o curso Pet Market: Gestão do Negócio Pet disponível na FGV São Paulo.

 

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