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Franquias virtuais têm crescimento estimado em 30% até 2017

Franquias virtuais têm crescimento estimado em 30% até 2017
Sua Franquia Publicado em 16 de Abril de 2012 às, 10h59. Atualizado em 11 de Julho de 2023 às, 02h59.

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Uma franquia virtual - como o próprio nome indica - usa como principal maneira de comercialização de produtos ou serviços a internet. À parte esta característica, ela segue os mesmos princípios de uma franquia tradicional: exige capital para o investimento inicial e a rede precisa fazer estudos para determinar a área geográfica de atuação, por exemplo.

De acordo com Ricardo Camargo, diretor executivo da Associação Brasileira de Franchising (ABF), atualmente 11 franquias virtuais são associadas à ABF. Esse número, no entanto, tende a crescer nos próximos anos. "As franquias virtuais são encaradas como uma tendência de franchising. A expectativa é de que nos próximos cinco anos a quantidade de redes com este modelo crescerá entre 25% e 30% ao ano", afirma.

A explicação estaria no próprio crescimento da internet - e, mais especificamente, do comércio online. Segundo a e-bit Informação, empresa especializada em informações sobre comércio eletrônico, esse mercado faturou R$ 8,4 bilhões só no primeiro semestre de 2011. O crescimento em relação ao mesmo período em 2010 foi de 24%.

Para Camargo, profissionais liberais que tenham alguma experiência em sistemas de informação ou marketing digital são os perfis mais adequados de franqueados para as redes virtuais.

O que costuma atrair interessados em se tornarem franqueados é o baixo investimento inicial. "A maior parte das franquias virtuais é formada por microfranquias - o que significa que o valor do investimento inicial não supera R$ 50 mil", explica Camargo.

Exemplos de franquias virtuais
A empresa Fórmula Mídia - especializada em distribuição de material publicitário em estacionamentos - desenvolveu, em 2010, um produto chamado Coupons Magazine. O produto consiste de um livreto com cupons de descontos oferecidos pelos comerciantes ou anunciantes ao consumidor. Funciona da seguinte maneira: nos estacionamentos conveniados, cada carro recebe um livreto, atualizado bimestralmente, com as ofertas de estabelecimentos regionais. No site, o cliente pode imprimir novamente os cupons e usá-los quantas vezes quiser durante o período de circulação do livreto.

"Iniciamos o modelo de franquias virtuais em 2011, com o objetivo de expandir o Coupons. Temos três franqueados atualmente: na Bahia, no Rio Grande do Norte e no Piauí", conta Alexandre Moura, CEO da Fórmula Mídia.

Segundo o executivo, profissionais liberais e pessoas com espírito empreendedor são os focos da franquia. "Não é preciso dedicação em tempo integral, nem é necessário sair do emprego. Mas o franqueado tem de buscar anunciantes e fechar parcerias com estabelecimentos para a distribuição do livreto", diz Moura.

Já o portal Elefante Verde, que também é considerado uma franquia virtual pela ABF, opera misturando os formatos "online e offline", como explica Caio Sigaki, fundador e diretor-geral da rede. "O Elefante Verde é um site de ofertas e avaliações, que ajuda o usuário a fazer a melhor compra na sua cidade", define Sigaki.

Porém, existe também um ponto de venda físico em que o consumidor pode tanto adquirir as mesmas ofertas publicadas no site como também retirar tíquetes de shows - item muito vendido no portal. "Mas o foco é a internet: 80% da receita vem do online. O ponto de venda funciona apenas como suporte para garantir mais credibilidade para a marca", diz o empresário.

O Elefante Verde foi lançado em 2011 e virou franquia no final do ano. A rapidez, afirma Sigaki, aconteceu porque a empresa - assessorada por uma consultoria - julgou mais interessante contar com empreendedores das cidades em que pretendia expandir. "Queríamos o conhecimento e a rede de contatos de empresários locais", esclarece o fundador. Hoje, a Elefante Verde está em Mogi das Cruzes, Suzano, no interior de São Paulo, e em Recife (PE) - sendo que apenas a operação na cidade pernambucana é feita por um franqueado. A meta até o final de 2012 é chegar a 20 franqueados.

"Além do investimento baixo, que traz retorno mais rápido também, é vantajoso entrar em um mercado que não possui ainda nenhum grande player. Queremos nos tornar a rede líder entre as franquias virtuais", conta Sigaki.

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