Em meio à turbulência que agita o mercado financeiro desde o ano passado, o comércio virtual tem se consolidado no Brasil como uma alternativa à crise econômica internacional. Segundo dados da Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico, o setor faturou R$ 15 bilhões em 2008, alcançando no País um crescimento de 30% em relação ao ano anterior.
De acordo com o consultor Cláudio Marcellini, idealizador da Frankia Virtual – empresa que orienta empreendedores interessados em abrir um site de e-commerce –, muitos funcionários demitidos por grandes empresas nos últimos meses têm optado por investir a indenização em um negócio virtual.
“De outubro para cá, bem no auge da crise, tivemos um crescimento de 80%”, comemora o empresário, que afirma ter uma lista de espera com 37 interessados em montar seu próprio negócio na internet.
Marcellini, que conta hoje com 127 franqueados em todo o País – sendo que 25 deles estão na região da Baixada Santista –, estima que seu volume de negócios, englobando vendas e abertura de novas franquias, tenha alcançado a cifra de R$ 40 milhões em 2008, um aumento de 86% em relação ao ano anterior.
Os franqueados da marca comercializam, no atacado e no varejo, via internet, uma gama de 400 produtos divididos em 30 categorias, entre eletrodomésticos, eletroeletrônicos, perfumes e cosméticos, relógios, óculos e roupas. Divulgam ainda listas de casamento e efetuam vendas corporativas.
Cláudio Marcellini lembra ainda que, antes de ser nomeado franqueado, o dono da ‘loja’ é submetido a um treinamento intensivo nos escritórios da empresa em São Paulo e no Interior, ministrado por especialistas de diversas áreas.