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Franquia da máquina de vender livros, uma idéia nova para um negócio antigo

O Franqueador viajou para a Europa e Estados Unidos, e trouxe de lá a tecnologia

Franquia da máquina de vender livros, uma idéia nova para um negócio antigo
Sua Franquia Publicado em 19 de Janeiro de 2009 às, 17h28. Atualizado em 10 de Julho de 2023 às, 23h59.

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A cada dia surgem novas franquias no mercado para empreendedores que buscam bons negócios para investir. E a cada dia surgem novas franquias no mercado. Em São Paulo, a novidade são as maquininhas já instaladas em estações de metrô, que oferecem livros, a preços baixos, a toda a população.

Uma idéia nova para um negócio antigo! O empresário Fábio Netto usou uma máquina de salgadinhos para vender livros! E deu certo! Virou até franquia! Para começar o negócio, o empresário precisou fazer mudanças na máquina.  Foram seis meses de trabalho para que o equipamento funcionasse com os livros.

“Houve adaptação no sistema de pagamento, teve adaptação na parte física da máquina, a primeira foi um verdadeiro ‘frankenstein’ para funcionar, deu um monte de problemas no início, foi corrigindo, e hoje a gente tem índices de acertos maravilhosos”, explica o franqueador.
 
A operação da máquina é simples. É só colocar o dinheiro, digitar o número do livro desejado, e apertar um botão. O equipamento solta o livro, e dá o troco.

“Eu achei muito prático. Às vezes, falta tempo de ir até à livraria, aqui está na mão. É muito prático”, elogia o cliente Durval de Oliveira.

O empresário instalou a primeira máquina na estação Sé do metrô de São Paulo. O negócio fez sucesso e ele colocou mais equipamentos em outros pontos. Atualmente, já tem 21 máquinas, e decidiu abrir franquia do negócio para crescer mais.
 
Fábio montou um escritório para cuidar das franquias. Ele viajou para a Europa e Estados Unidos, e trouxe de lá a tecnologia de um sistema chamado telemetria.

“A telemetria é a medição do que está acontecendo na máquina. O quanto vende, o que tem de estoque, o que precisa repor, é um gerenciamento remoto dos equipamentos. Então, esse sistema funciona em uma máquina lá em Canindé do São Francisco, em Manaus, Recife ou Porto Alegre. A gente sabe o que está vendendo, o que tem de repor, e isso é em tempo real”, revela Netto.
 
A franquia do negócio custa R$ 26.850. O franqueado recebe o equipamento em comodato, por um contrato renovável a cada quatro anos. É preciso investir mais R$ 2 mil em estoque inicial. O franqueador dá treinamento e fornece os livros. Uma vantagem é o preço: 95% dos livros custam menos de R$ 5 para o consumidor.

“Aqui você tem a possibilidade de ter um preço mais barato. E é bem prático, útil você pegar esse material”, diz o cliente Arlindo Costa.

“A gente trabalha com volume muito grande. Às vezes uma livraria trabalha com 4ou 5 livros de compra por mês. A gente trabalha com 200, 300 ou 400 livros para testar comercialmente um mesmo livro”, afirma Netto.

Cada equipamento tem de 15 a 36 títulos. São livros sobre auto-ajuda, clássicos da literatura e internet e dicionários. O negócio exige pouco trabalho. A idéia é que o franqueado gaste de 15 a 20 minutos por dia para repor o estoque. Mas também é importante que ele desenvolva ações locais para estimular o consumo dos títulos oferecidos.

“O franqueado tem, por exemplo, que ir a uma escola convencer o professor de que é possível ter um livro de qualidade a R$ 3, um livro tão bom quanto um de R$ 19”, avalia o franqueador.
Um dos trunfos da empresa é o ponto comercial. As máquinas ficam em locais de grande movimento, onde passam em média 100 mil pessoas por dia. Uma pesquisa do empresário mostra a força dessa exposição. Quando um livro é colocado na máquina, as vendas do mesmo título nas livrarias tradicionais aumentam em média 20%.

Em média, cada máquina vende 700 livros por mês. O faturamento mensal varia de R$ 3 mil a R$ 7 mil.  E o custo de manutenção do negócio é baixo. Não precisa de funcionários. Os gastos com aluguel e deslocamento do empresário ficam entre R$ 500 e R$ 700 por mês.
Uma faculdade acaba de fechar contrato para instalar uma franquia. A ideia é colocar a máquina próxima da biblioteca.

“As vantagens é que não teremos terceirização, não teremos custos de colocar nossos livros em editoras ou livrarias. Nós mesmos seremos os distribuidores. E há a facilidade dos alunos é de pagar em dinheiro e levar o livros pronta-entrega”, ressalta a bibliotecária Leila de Oliveira.

“É uma campanha de guerrilha para a pessoa ler. Acho que nesse mercado vale tudo para melhorar os padrões culturais do Brasil, que sem isso a gente não consegue fazer muita coisa. E é um negócio lucrativo. E se a gente melhora a cultura, melhora a venda e os padrões de competitividade do país”, analisa Netto.

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