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Por que operações autônomas vêm ganhando espaço na economia moderna?

Haroldo Matsumoto, ócio-diretor da Prosphera Educação Corporativa, fala sobre as operações autonômas. Confira!

Por que operações autônomas vêm ganhando espaço na economia moderna?
Flávia Denone Publicado em 13 de Dezembro de 2024 às, 08h00. Atualizado em 13 de Dezembro de 2024 às, 08h00.

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Estive observando o mercado – algo que faço com certa frequência - e me chamou a atenção o aumento considerável de operações autônomas: negócios que combinam diferentes tecnologias e não necessitam de intervenção humana para funcionar.
 
Durante a pandemia vimos o início desse tipo de atividade. A guinada tecnológica, na época, trouxe ao varejo maneiras de fortalecer o conceito e o modelo de autoatendimento. Agora, podemos ver minimercados, lojas de conveniência e vending machines se popularizando em espaços como condomínios, shopping centers, prédios comerciais, hospitais, faculdades e em muitos outros lugares.
 
O mix de produtos disponíveis em estabelecimentos como minimercados e lojas de conveniência autônomas é surpreendente. Há desde operações menores, onde é possível encontrar uma média de 300 itens, até aquelas maiores em que o número ultrapassa a marca de 2 mil produtos. No caso das vending machines, a quantidade de produtos disponíveis é bem menor, limitada pela capacidade das máquinas, mas é possível que comportem até 36 itens diferentes, em média.
 
Claro, os produtos comercializados variam muito. No caso das lojas de conveniência, o objetivo é deixar à mão itens que podem faltar nas atividades rotineiras, caso de produtos alimentícios, por exemplo. Já nos minimercados, as possibilidades costumam ser ampliadas. Por isso, é possível encontrar desde produtos de limpeza, alimentos, itens de higiene e até para a beleza. Nesse aspecto, as vending machines costumam surpreender. Se antigamente elas ficavam à disposição carregadas com bebidas convencionais, como água, sucos e refrigerantes, além de guloseimas, como salgadinhos e chocolates, agora já é possível encontrar opções que ofertam arranjos de flores, capinhas para smartphones, algodão-doce com os mais diferentes formatos – e preparados na hora, medicamentos, entre uma série de outros itens.
 
Cada um desses negócios funciona sem a presença e/ou necessidade de colaboradores. Os próprios clientes escolhem os itens que vão levar e realizam o pagamento em totens programados para identificar e cobrar pelos produtos. É claro que, ao mesmo tempo, em que parecem vantajosos, esses negócios também apresentam seus desafios. As vending machines podem ter os produtos presos na máquina e, consequentemente, levar o consumidor à frustração. Já nos minimercados, há a possibilidade de furtos e talvez dificuldades com o controle e reposição do estoque.
 
Entendo que o crescimento no número de operações autônomas ocorra não só pelo menor valor de investimento inicial e pela redução de outros custos, como os recursos que envolvem a locação de espaço para instalação no negócio ou os valores que costumeiramente são empregados na contratação de colaboradores. No entanto, é possível que uma boa parte dele precise ser revertido para outras áreas, como o desenvolvimento de ações e campanhas de marketing, que possam atrair os consumidores para as lojas e máquinas. 
 
Eu, como um bom apreciador do varejo, do atendimento olho no olho e do emprego de técnicas e táticas de vendas, fico nostálgico pela possível perda desse contato diário com o cliente, do entendimento de suas necessidades e da apresentação das soluções que ele busca. Um dia, já há algum tempo, essa relação já foi mais próxima. Os donos das lojas sabiam os nomes dos seus clientes, seus gostos, o tamanho de suas roupas e calçados e tinham até o caderninho do ‘fiado’. Entendo, porém, que evoluir é importante e necessário! As inovações estão aí para nos ajudar. Por isso, vamos em frente, vamos desbravar esse novo território!
 
Haroldo Matsumoto é especialista em marketing e gestão e sócio-diretor da Prosphera Educação Corporativa – consultoria multidisciplinar de gestão de negócios. 

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