Uma das grandes tendências atuais do mundo dos negócios é que as empresas incorporem práticas ESG (do inglês, Environmental, Social and Governance) como diferencial competitivo. Nesse contexto, para o Sebrae, o assunto tornou-se prioridade. Muito mais do que um conceito, esse novo modelo de operação das empresas agrega força e competitividade à marca, além de ampliar a aceitação de produtos e serviços no mercado.
Isto porque investidores, consumidores e a sociedade de forma geral estão, cada vez mais, levando em consideração no ato da compra os negócios que possuem práticas responsáveis e comprometidas com o meio ambiente, com as questões sociais e de governança. Para estimular a reflexão sobre o tema, o Sebrae lançou uma ferramenta de autodiagnóstico, que pode ser feito pelos empreendedores sobre cada um dos aspectos da ESG.
Por meio de uma série de perguntas, os empreendedores poderão avaliar como está o seu negócio em cada uma das vertentes (ambiental, social e governança). Além disso, o Sebrae vai disponibilizar dicas práticas que podem ser implementadas nas empresas. Cursos, artigos e outros materiais também disponíveis na página do diagnóstico.
De acordo com a analista de Competitividade Adriana Menegaz as perguntas também ajudarão o Sebrae na identificação dos principais desafios dos empresários neste assunto e no desenvolvimento de novas soluções.
"O tema, muitas vezes, é percebido apenas pelas grandes empresas, mas existem muitas ações que podem ser feitas por pequenos negócios e resultar em impactos muito interessantes tanto para a sociedade, como para os colaboradores e clientes" Adriana Menegaz, analista de Competitividade do Sebrae Nacional.
Entenda por que é importante o ESG para a micro e pequena empresa
Clientes e investimentos
Atualmente, investir em empresas vai muito além de observar lucros e receitas, dívidas e passivos, capacidade de gestão ou qualidade de produtos e serviços. Na hora de investir ou adquirir produtos, investidores e consumidores analisam outros fatores, como a adoção de boas-práticas de sustentabilidade, governança e relações sociais. As instituições financiadoras têm preferido alocar capital em organizações que já internalizaram agenda ambiental, social e de governança.
Menos riscos
Empresas com boas práticas de ESG correm menos riscos de enfrentar problemas jurídicos, trabalhistas, fraudes e sofrer ações por impactos ao meio ambiente. Como estão em constante análise e acompanhamento de métricas de uma agenda ESG, as empresas se dedicam a desenvolver melhores relações com os seus colaboradores, reguladores, fornecedores e clientes. Além disso, por conta dos mecanismos de auditoria, espera-se uma redução de desvios, de suborno e de corrupção dentro das empresas.
Rentabilidade e diminuição de custos
Isso é possível por conta da atração e fidelização de clientes, com produtos mais sustentáveis. Práticas ambientais, como diminuição de consumo de água e energia, por exemplo, também podem proporcionar uma diminuição nos custos e aumento de aporte financeiro.
Valorização da marca
Há uma maior valorização da empresa e da marca junto aos consumidores e à sociedade. A governança exige também maior transparência e controle das ações e práticas desempenhadas pela empresa, mostrando, ações e resultados claros e objetivos.
Diagnóstico
Com o preenchimento das respostas, o pequeno negócio terá uma fotografia do seu status em cada uma dessas vertentes, além de dicas práticas para implementar.
Fonte
Agência Sebrae