Cada vez mais ter o seu próprio negócio faz parte da vida dos brasileiros. A edição 2022 do relatório da Global Entrepreneurship Monitor (GEM) 2022, realizado pelo Sebrae e pela Associação Nacional de Estudos em Empreendedorismo e Gestão de Pequenas Empresas (Anegepe), detectou que 67% da população brasileira adulta está envolvida com empreendedorismo, seja porque já tem um negócio, está fazendo algo para ter ou deseja começar a empreender nos próximos três anos.
Se for colocada em números absolutos, essa porcentagem representa um universo de 93 milhões de brasileiros entre 18 e 64 anos, sendo 42 milhões para empreendedores e os outros 51 milhões para potenciais empreendedores. Os empreendedores são aqueles que já tinham um negócio, formal ou informal, e/ou que fizeram alguma ação, em 2022, visando ter um negócio no futuro. Já os potenciais empreendedores, é a estimativa do número de pessoas adultas (com 18 a 64 anos) que não têm empreendimento, mas que gostaria de ter um em até três anos.
Em relação aos potenciais empreendedores, a taxa no ano passado repetiu o recorde de 2021 com 53% da população. Em 2017, essa proporção era de 15,3% da população. Em 2019 chegou 30,2% e, em 2020, primeiro ano da pandemia, teve um incremento de 22,5% pontos percentuais e atingiu o patamar de 52,7% de população considerada como potencial empreendedora.
“A pandemia fez uma grande revolução na vida das pessoas e foi um estopim para o crescimento do empreendedorismo no país, seja pela escassez de empregos que ocorreu, ou seja, pela nova forma de ver o mundo e novos desejos adquiridos”, comenta o presidente do Sebrae, Décio Lima.
Esse universo de 51 milhões de brasileiros como potenciais empreendedores, em 2022, fez com que o país ocupasse a 2ª maior população absoluta de potenciais empreendedores, atrás apenas da Índia com 115 milhões de pessoas na mesma situação. “É preciso levar em consideração que o Brasil é um país com uma população aproximadamente sete vezes menor que a Índia, que possui um universo de mais de 1,4 bilhão de habitantes”, observa o presidente do Sebrae.
Também foi detectado pelo segundo ano consecutivo o recorde de 53% de taxa para potenciais empreendedores. “Essa taxa foi a maior detectada nos países que participaram da pesquisa o que o torna um grande recordista. O Brasil ficou empatado com o Panamá, um país com uma população de apenas 4,5 milhões de pessoas, onde o interesse pelo empreendedorismo também tem crescido devido aos baixos níveis de regulação e impostos”, ressalta Décio.
Fonte
Agência Sebrae