De 2019 a 2023, a abertura de espaços compartilhados de trabalho, os famosos coworkings, cresceu 63% no Brasil, somando 2,4 mil. Os dados foram computados pela Woba com o estudo “Censo Coworking 2023 - Uma análise Woba do mercado brasileiro”. O faturamento médio dessas operações é de R$ 305 mil mensal, sendo que o lucro médio anual é de R$ 115 mil.
O estudo identificou que o faturamento médio mensal foi 4,4% menor, entretanto, quando a base de comparação é com o lucro da operação em 12 meses, houve alta de 6,5%. Foi identificado ainda que para manter um coworking em funcionamento é necessário um desembolso de R$ 191 mil, em média. “Apesar do faturamento dos coworkings ter caído, o cenário não é negativo, porque o lucro cresceu e isso pode ser atribuído a uma gestão eficiente”, ressalta Roberta Vasconcellos, cofundadora e CEO da Woba.
Estados com maior número de coworkings
A região Sudeste é a que concentra o maior número de coworkings, com 58% do total das operações. São Paulo soma 29% desse total, mas outras regiões têm se destacado, uma vez que a pandemia mudou completamente a forma de trabalho no País. “Está claro que, em 2023, o uso do coworking está começando a fazer parte da cultura de trabalho do país e as organizações, assim como os colaboradores, têm necessidades específicas. Sondando nossa rede, percebemos que a grande demanda por coworkings e o aumento da concorrência está gerando mais investimento e criatividade no segmento. Salas de reunião e ar condicionado, por exemplo, deixam de ser diferenciais e tornam-se itens essenciais, presentes em 97% e 96% dos espaços, respectivamente”, analisa a CEO da Woba.
Infraestrutura
Como forma de atrair empresas, trabalhadores autônomos e demais profissionais, os coworkings apostam em boa infraestrutura, sendo que 88% disponibilizam copa com geladeira com uso gratuito e 85% espaço para café, também gratuito. Outros 49,5% têm atendimento em inglês, 42% contam com bicicletário e 39% com área externa com jardim.
Há aqueles que já oferecem funcionamento 24 horas, sendo 24%, estacionamento próprio e gratuito em 22%, atendimento em espanhol (10%), espaço para animais (10%) e espaço para crianças (3%). Um dado importante refere-se à acessibilidade e segundo o Censo Coworking 2023, 49,5% das operações afirmaram ser acessíveis a PCDs com mobilidade reduzida. “Esses dados são uma pequena amostra do quanto as pessoas com deficiência ainda são excluídas do mundo do trabalho e do convívio social, de forma geral. Os diferentes espaços de uma cidade deveriam ser acessíveis a todos os seus cidadãos. A mentalidade da diversidade e inclusão precisa ser profundamente trabalhada na sociedade, principalmente quando a maioria dos coworkings, 44%, tem como principal proposta de valor a comunidade e conexão”, comenta Roberta.
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