Início / Notícias / Negócio Próprio / Transferência de know-how e o dia a dia da operação: por que a gestão do franqueado faz tanta diferença no resultado?

Transferência de know-how e o dia a dia da operação: por que a gestão do franqueado faz tanta diferença no resultado?

Em artigo, o empresário Felipe Kalaes fala da importãncia de compartilhar conhecimento para potencializar os negócios

Transferência de know-how e o dia a dia da operação: por que a gestão do franqueado faz tanta diferença no resultado?
Flávia Denone Publicado em 06 de Abril de 2023 às, 21h53. Atualizado em 11 de Julho de 2023 às, 02h59.

Compartilhe:   

Uma das grandes responsabilidades das franqueadoras é a transferência de know-how: quando um empreendedor decide investir em uma franquia, ele adquire do franqueador a experiência do negócio que foi pilotado e apresentou resultados, de forma comprovada na prática e demonstrada em números reais. Além disso, passa a ter acesso a fornecedores aos quais, sozinho, não chegaria com facilidade e a condições comerciais diferenciadas, afinal, a franqueadora negocia para uma rede. 

Ele recebe treinamentos constantes, suporte presencial e on-line e a franqueadora está sempre pensando em como inovar o negócio e fazer frente à concorrência. Além disso, existe a economia de tempo e dinheiro em buscar uma série de fornecedores e padrões que já acompanham a franquia, software de gestão, registro de marca, projeto arquitetônico e muito mais. Por tudo isso, é certo que quem opta por ter uma franquia está escolhendo uma série de vantagens em relação a um negócio independente. 

Diante de todo esse cenário, é fundamental que o franqueado siga todas as orientações da franqueadora. Pode parecer algo óbvio, quando lido em um texto, mas nem sempre isso é entendido de forma literal – e deveria ser. 
Para ter sucesso na unidade que administra, o franqueado não precisa errar. Tudo o que a marca já testou e validou, desde a fundação, deve ser replicado. As franquias recebem as melhores práticas de cada departamento, que abrangem a implantação, fornecedores certos, montagem de loja, maneiras de captar e fidelizar clientes, como fazer a gestão de recursos humanos, financeiro e tudo mais o que a marca tem de experiência.

Resumidamente, essa transferência de kwon-how é o pilar mais importante nessa parceria entre o franqueado e o franqueador. É ela quem assegura melhores resultados, sem surpresas por conta de todas as experiências que já foram vivenciadas.

Por isso, assim que o contrato de franquia é assinado, a primeira coisa que fazemos é o treinamento inicial, que funciona como uma imersão dentro do negócio. Nesta etapa, o franqueado entenderá profundamente cada detalhe da marca para saber como gerir o negócio e poder tirar todas as dúvidas.

Mas mesmo nesse universo em que é fundamental seguir regras, padrões e obedecer às cláusulas do contrato, é importante que as franqueadoras estejam também abertas a ouvir o que os franqueados têm a dizer. As sugestões devem ser analisadas, levando em conta que muitas vezes o franqueado tem conhecimento em determinadas áreas, além da regionalidade de cada unidade, que ele pode conhecer até melhor que a franqueadora.

Como franqueadores, somos bem parceiros nesse aspecto e isso tem funcionado. O que mais queremos é sempre aprimorar o negócio, então estimulamos que os empreendedores deem ideias. Muitas vezes, fazendo a quatro mãos, acaba saindo uma estratégia maravilhosa. Por esse motivo, temos um comitê com franqueados de diferentes regiões do País para discutirmos ações de marketing e realizamos encontros periódicos com os franqueados e equipes comerciais para trocarmos experiências.

O que eu costumo dizer é que o franqueado precisa garantir o básico muito bem feito e, quando tiver um insight, ele pode nos apresentar a qualquer momento. Claro que vamos avaliar, porque a orientação da franqueadora será sempre visando ao bem maior, que é o sucesso da rede.

Ressalto que o investidor precisa entender que, ao adquirir uma franquia, ele terá muito trabalho pela frente. Nenhum negócio se administra sozinho e a franqueadora tem o dever de lhe transferir know-how – mas se ele não aplicar os conceitos e se dedicar todos os dias, não obterá os resultados esperados. 

Por fim, além dessa disposição para empreender, na prática, o franqueado também deve investir no desenvolvimento de suas habilidades. Cursos em áreas diversas o ajudarão a desenvolver suas hard skills, habilidades que podem ser adquiridas por meio de cursos e que não serão trabalhadas na transferência de know-how porque são carências individuais – e não do conjunto de franqueados, que é o foco da franqueadora. Mas esse é assunto para outro artigo!

*Felipe Kalaes é franqueador da Dr. Shape e sócio do Grupo Kalaes.

PUBLICIDADE

Tem interesse no mercado de franquias?