A interiorização virou uma das principais tendências do franchising após as marcas se consolidarem nas grandes capitais. Na rede de franquias Di Santinni, multimarca de calçados focada no público C – a estratégia é contrária. A rede quer ampliar suas unidades em grandes capitais, instalando lojas em shoppings e em ruas, para posteriormente interiorizar a marca.
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A estratégia foi explicada pelo Head de Franchising e Expansão da Di Santinni, Diego Caravaca em entrevista a plataforma Sua Franquia. “Atualmente são 115 lojas em operação e entendemos que há espaço para 350 unidades. Logo, hoje, estar nas grandes capitais é benéfico, pois nossos concorrentes não têm mais espaço nesses locais”, disse o executivo.
A marca, que está há 43 anos no mercado, primeiramente atuava como indústria, e só depois de muitos anos entendeu que o varejo era um caminho promissor. “A primeira loja da Di Santinni foi no Norte Shopping, no Rio de Janeiro. Hoje, mais de 60 unidades estão no Estado do Rio, tendo a marca já se consolidado no local”.
A rede, por muito tempo, apostou em cidades e estados quentes, como o Norte e o Nordeste do Brasil, aproveitando o sucesso das vendas na terra carioca. “Por ser locais com o mesmo perfil de consumo, a Di Santinni conseguiu expandir de forma saudável”, explicou o Head. Esse crescimento colaborou para que a marca conseguisse estruturar seu modelo de negócio, processo esse que envolveu uma joint ventura de crédito com a CrediSystem para operar um private label, necessário ao seu público consumidor, e a criação de tecnologia própria de gestão e análise de dados — a DS Smart —, que colabora para a melhor eficiência operacional dos pontos de venda.
“Com essa tecnologia, conseguimos fazer a gestão do estoque, entender o produto de maior saída (e o de menor). Isso torna a operação mais eficiente, além de ter trazido diversos apontamentos para melhoria da experiência de compra do nosso consumidor”, disse. A rede conta ainda com Centro de Distribuição (aberto em 2018) e frota própria para atender de forma rápida as lojas em operações e as provisionadas no processo de expansão.
Lojas e atendimento diferenciado
Um dos benefícios da gestão automatizada foi que os vendedores não saem do lado do cliente durante a venda. O estoque/produto é solicitado via aplicativo próprio da rede e chega ao consumidor em 1 minuto. “Tiramos as vitrines, os consumidores podem acessar os produtos de forma rápida e deixamos de lado o modelo tradicional de venda de calçado, em que o consumidor pede e o vendedor vai para o estoque buscar o calçado. Hoje, o sapato escolhido chega em um minuto ao consumidor sem que o vendedor saia de perto dele”, enfatiza Caravaca.
Tudo isso, segundo o executivo, foi uma construção de longo prazo, tanto que a primeira loja Di Santinni foi aberta em 1987 e a marca passou a atuar efetivamente no franchising em 2003 e em 2021 se aproximou da ABF, entidade setorial, para fomentar seu negócio.
Mesmo com a pandemia, a economia mais desafiadora e as dificuldades de encontrar investidores qualificados e aderentes ao propósito da marca, a expectativa da Di Santinni é 350 unidades em lojas e shoppings das principais capitais do Brasil. “Nosso modelo de negócio está bem estruturado e agora queremos ampliar a nossa presença. Seja ponto de rua ou de shopping, estando próximo do nosso consumidor e em locais de grande circulação, há espaço para uma franquia Di Santinni”, enfatizou Caravaca.
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*Por Flávia Milhassi Denone