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Franquias: segurança do modelo atrai pais e filhos que desejam empreender juntos

Após uma semana da celebração do Dia dos Pais, conheça histórias de gerações que aliaram as experiências de vidas dos pais à vontade de terem a independência financeira dos filhos.

Franquias: segurança do modelo atrai pais e filhos que desejam empreender juntos
Sua Franquia Publicado em 21 de Agosto de 2022 às, 06h00. Atualizado em 11 de Julho de 2023 às, 12h56.

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“Porto seguro”, “herói”, “modelo a ser seguido”… Estas são algumas das maneiras carinhosas com que filhos e filhas costumam definir os pais. Mas, não só. Para outros, essas figuras transcendem a paternidade e, também, são chamados de “colegas de trabalho” ou, até mesmo, de “sócios”.

 

E não são poucos. Segundo recente estudo divulgado pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Pequenas e Médias Empresas (Sebrae), os negócios de cunho familiar correspondem a 90% das empresas abertas, sendo responsáveis por 65% do Produto Interno Bruto (PIB), além de empregar 75% dos trabalhadores do país.

 

Negócios em família (incluindo entre pais e filhos) também são comuns no franchising, setor que faturou R$ 185 bilhões em doze meses.

 

Confira histórias de filhos e filhas que atuam junto com seus pais em uma franquia e que aproveitam a oportunidade para aprender lições, estreitar ainda mais os laços e ter sucesso nos negócios.

 

Contribuição para evolução dos filhos

Guilherme Landgraf Neto, de 59 anos, possui três operações da 5àsec em São Paulo, capital. Franqueado da marca especialista no tratamento de roupas e produtos têxteis há 10 anos, o engenheiro agrônomo conta com a participação dos dois filhos, Thaís e Matheus, nas demandas das lojas. A filha foi responsável por um ano pelo atendimento de uma das unidades do pai antes de se mudar para o Canadá. Já Matheus, como era estudante de Administração de Empresas, teve contato com os negócios ainda na faculdade para cumprir o estágio do curso e mesmo após a formação continua atuando nas franquias, desde o atendimento ao cliente até o inventário, além de ajudar o pai na organização e gerenciamento de todo o negócio. “Foi extremante gratificante trabalhar com a Thais e está sendo com o Matheus. Vejo a evolução profissional dos dois e os projetos sendo concretizados depois de colocaram todo o conhecimento adquirido em prática. É emocionante estar perto deles observando o crescimento de cada um. Mas, para mim, é muito importante na relação de pai e filho que os papéis estejam muito claros. Dentro do expediente somos profissionais e prezamos por atender bem os clientes e prestar suporte aos funcionários, além de melhorar o negócio como um todo. Espero continuar trabalhando ao lado do Matheus, pois vejo que ele é muito engajado nos cursos propostos pela franqueadora e busca também diversos conhecimentos para agregar ainda mais no ramo em que atuamos”, finaliza.

 

Sonho antigo

João Edison Lauxen, 65, é administrador de empresas e sua filha, Michele Lauxen é médica. A filha teve a ideia de abrir uma clínica médica popular e o pai entrou com a estratégia e apoio financeiro. Foi feita uma análise de mercado e eles optaram pela Acesso Saúde, principalmente pela sua estratégia de crescimento compartilhado. A unidade foi inaugurada em setembro de 2021, em Goiânia/GO. “A principal motivação para empreender com minha filha, diz respeito a materialização de um sonho que a Michele cultivou desde sua infância: quando juntos, tomávamos o café da manhã antes de que eu a levasse para a escola onde cursava o primeiro grau e eu já administrava uma agência do Banco do Brasil no interior do Rio Grande do Sul. Ela falava de que queria montar uma empresa para auxiliar os menos favorecidos. Com a franquia, vi que ela poderia concretizar esse sonho, ao oferecermos um serviço de qualidade, a preços acessíveis à maioria da população de baixa renda. Claro que ainda enfrentamos as dificuldades comuns a toda empresa em início de atividade. O principal desafio consiste na adequação do nível de ansiedade da Michele no atingimento das metas estipuladas pela franquia frente a um universo de dificuldades para a constituição de uma empresa que atua no ramo da saúde. Michele, com sua formação em Medicina, ainda está aprendendo a conhecer a realidade empresarial, cujo resultado depende de fatores externos à nossa vontade, principalmente no que diz respeito aos aspectos burocráticos de uma empresa”, conta o pai sem esconder o orgulho da atitude da filha.

 

Do Japão para o empreendedorismo

Franqueado da Água Doce Sabores do Brasil há 28 anos, Roberto Nakanishi conheceu a marca por meio de seus familiares. Após um longo período no Japão junto com sua esposa, Roseli Nakanishi, Roberto voltou ao Brasil para fixar moradia e para iniciar sua jornada no empreendedorismo. Foi dessa forma que o casal foi apresentado ao fundador da rede de franquias, Delfino Golfeto, e investiu em uma operação da marca em Maringá/PR. Com objetivo de expandir os negócios, o filho do casal, Vinicius Nakanishi, de 21 anos, estudante de administração de empresas, está aos poucos sendo inserido no negócio dos pais. “Atualmente, o Vinicius está com um treinamento focado na parte administrativa, controles, gestão de custos e Demonstração do Resultado do Exercício (DRE), mas durante as férias da faculdade, quero que ele faça um estágio mais amplo para conhecer todas as partes essenciais do restaurante, como cozinha, bar e marketing. Com a nossa parceria, tenho certeza de que iremos ampliar nossos negócios”, revela.

 

Do Brasil para o Equador

Há mais de 30 anos trabalhando como distribuidor da Calçados Bibi, marca referência em calçados infantis, Eduardo Santini, de 60 anos, viu no mercado varejista uma oportunidade de investimento em seu país de origem, o Equador. Com a ajuda do seu filho, Bernardo López Boschetti, que cuida do marketing das operações equatorianas, o empresário, atualmente, é o responsável pelas seis lojas franqueadas da marca na região. Atuando com o pai há três anos, Bernardo alia a rotina como personal trainer e nutricionista com o gerenciamento das mídias sociais da Calçados Bibi, auxiliando o pai com seus negócios. “Com a expertise do meu filho com o online, principalmente redes sociais, conseguimos fazer uma junção das principais qualidades um do outro para o crescimento da marca no Equador. Enquanto administro o operacional, o Bernardo me ajuda a levar a disseminar e levar os produtos e informações sobre a Calçados Bibi para nossos consumidores”, revela.

 

Empreendendo na construção civil em parceria

Rogério Guimarães, 55 anos, é franqueado da Casa do Construtor desde outubro de 2018 e hoje possui três unidades, uma em Paranaguá, Matinhos e Pontal do Paraná (estado do Paraná). Descobriu a franquia junto ao seu filho mais novo Gabriel Carvalho, 24 anos, e teve total apoio do seu mais velho, Matheus Carvalho, 26. A parceria paternal acabou se expandindo para os negócios da família. “Empreender com os meus filhos, acima de tudo, me dá muito prazer, segurança e até mesmo as divergências são saudáveis para o desenvolvimento da empresa. Como todo pai, a proximidade com os filhos se torna algo muito mais prazeroso quando se faz no ambiente familiar e profissional, isso faz com que eu tenha certeza de onde estão.”, afirma Rogério. Matheus, que trabalha desde os 18 anos com seu pai, conta que durante os anos aprendeu muito sobre o ramo de locação e a franquia só veio para somar. “O meu pai é uma pessoa muito correta e isso torna o trabalho mais exaustivo em alguns pontos, mas muito prazeroso e fluído. Nós três sempre fomos muito próximos e juntamos todas as nossas experiências para alavancar ainda mais a empresa”. Para seu filho mais novo, Gabriel, trabalhar com um pai que está disposto a ouvir diversas opiniões fortalece o negócio e a relação familiar. “A última palavra é do meu pai, mas ele sempre está aberto a conversar”, reitera. Rogério também conta que a reação de proximidade com os filhos permite incentivar o lado empreendedor de cada um, além de colaborar com a segurança e estratégias de melhoria para o negócio da família. “A lealdade é um ponto muito forte em um negócio. Eu me sinto muito mais tranquilo em relação à cooperação pelo bem da equipe e das lojas, o que faz com que eu tenha tempo para me dedicar a outros pontos da empresa e eu não teria isso sem eles”. Segundo o empresário, o suporte da marca franqueadora, como marketing, tecnologia e gestão, somados ao trabalho da família também foi de suma importância para o crescimento das lojas.

 

Compartilhar um sonho e construir uma história

“Investir na educação mudou a minha vida. E quem me inspira isso é minha filha, Heloísa Furlan, que atua comigo na franquia CEBRAC, de Juazeiro do Norte/CE, como gestora. Acreditamos fortemente que qualquer pessoa pode mudar a própria vida por meio da educação. A minha filha está comigo no trabalho há pouco mais de um ano, mas ela sempre vivenciou a minha jornada desde o primeiro momento em que nasceu em mim o sonho de empreender, em meados de 2007. Nos damos bem na vida familiar e no trabalho, mantemos os papéis muito alinhados de maneira que cada um cumpra as suas funções com muito profissionalismo e excelência, estabelecendo uma relação saudável e assertiva para que o sentimento familiar não atrapalhe a construção dos resultados, tampouco os objetivos a médio e longo prazo. As vantagens de trabalhar com a minha filha é de poder sentir orgulho por vê-la que o legado de empreender é capaz de transformar a mentalidade e ressaltar o comprometimento em uma pessoa tão jovem. Outra vantagem é que o comprometimento vai além do salário, ele está ligado ao desejo de fazer algo que contribua com a construção de uma história. Sabemos aproveitar nossos melhores tempos juntos, unindo nossos objetivos”, relatou Glauco Furlan.

 

Negócios para a família

José Augusto Babini, de 61 anos, possui três lojas do Divino Fogão em Pernambuco, sendo uma no Shopping Recife e uma no Shopping Tacaruna, na capital do estado de Pernambuco, e outra no Shopping Guararapes, na cidade de Guararapes/SP. Além dessas, conta também com uma loja em Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, no Shopping Norte Sul. Franqueado há 15 anos da marca que tem 199 pontos de vendas espalhados pelo Brasil, entre restaurantes e dark kitchens, o profissional de marketing conta com a ajuda dos dois filhos, Djoey Vinicius e Djony Leandro, para administrar os restaurantes. Babini revela que tudo começou quando os filhos foram morar com ele e, gradualmente, foram se envolvendo nas atividades das franquias. Atualmente, Djoey e Djony cuidam de duas das lojas integralmente e contam com o apoio e supervisão do pai. Para Babini, isso é extremamente gratificante. “Meus filhos vestem a camisa da marca e amam o que fazem. Tê-los comigo nesta jornada do empreendedorismo permite que estejamos mais próximos e também traz um frescor para os negócios, já que realizamos reuniões entre nós, em que damos ideias e sugestões para melhorias das operações. Os restaurantes do Divino Fogão são os negócios da minha família e fico feliz de ter o suporte dos dois nesta trajetória de sucesso. E quem sabe, no futuro, tenhamos o apoio dos meus netos também”, comenta.

 

Privilégio

Hélio Pinto da Silva é um proprietário de farmácia franqueado da Drogarias Max, desde 2014, com loja no Jacaré, na Zona Norte do Rio de Janeiro/RJ. O empreendedor saiu da empresa onde trabalhava, em 1989, porque ela fechou as portas. Encontrou uma nova oportunidade na farmácia do cunhado, onde os dois filhos, Vinicius e Carlos Eduardo, já trabalhavam. Hélio nunca tinha trabalhado no setor, mas logo pegou o jeito. Chegou a atuar como gerente, levando a farmácia a um crescimento significativo. Em 2014, o cunhado sugeriu que Hélio abrisse a própria farmácia. E assim ele fez. Procurou local, fez a obra, abriu a loja e incluiu, além de Vinicius e Carlos Eduardo, o terceiro filho, Tiago. Este último deixou a empresa depois de um ano para outra oportunidade, mas os outros dois seguiram em frente com Hélio. No início, trabalhavam das 8:00 horas às 21 horas, pois não tinham funcionários. Quando o negócio começou a dar certo, foram fazendo contratações. Hoje, Hélio e Vinicius são sócios. Hélio fica de manhã e Vinicius à tarde. Eles se dividem em turnos para gerenciar a rotina da loja e os funcionários. Carlos Eduardo trabalha como entregador da farmácia. Segundo Hélio, a experiência de trabalhar com os filhos é enriquecedora. O maior aprendizado foi deixar as questões pessoais em casa e serem apenas profissionais na farmácia. “Aprendemos a separar as coisas. Hoje é desta forma: as questões familiares não entram na loja”, disse o empresário. Para ele, é uma situação privilegiada ter os filhos envolvidos no negócio. Todos trabalham com o mesmo objetivo comum: fazer a empresa produzir para que todos fiquem bem. É o coletivo em primeiro lugar. “Trabalhamos pela sustentabilidade da empresa, para garantir o futuro da família. Quero meus netos trabalhando no negócio”, completou.

 

Filho que influenciou o pai

Franqueado da Dr. Shape há quase quatro anos, Thales Meira, de apenas 26 anos, tem como sócio o pai, Márcio Meira. A história da dupla com o segmento de suplementos alimentares e artigos esportivos deu-se mais ou menos assim: Thales pratica fisiculturismo desde a adolescência e é apaixonado pelo esporte, sendo consumidor e conhecedor de suplementos. Mas, muito cedo, prestou concurso público e já tinha uma carreira engatilhada - bastante parecida com a do pai. A paixão do filho, porém, falou mais alto e ele pediu exoneração para empreender na Dr. Shape. “Eu fui para o varejo e meu pai viu que seria nesse ramo da saúde que eu me encontraria. Então, não demorou muito para me incentivar”, conta. Thales conta que quando o pai se tornou seu sócio na Dr. Shape, começou a se cuidar melhor, praticando esportes e tomando suplementos. Assim, perdeu peso e melhorou seu problema de pressão alta. “A sociedade nos aproximou ainda mais e trouxe ganhos além do financeiro. Trabalhar juntos pode ser muito positivo quando cada um entende seu papel e há respeito mútuo”, finaliza o jovem franqueado.

 

À brasileira

Frango frito com gostinho 100% brasileiro. Foi com esse propósito que nasceu o Frango no Pote, há dez anos. Em uma viagem aos Estados Unidos, Carlos Augusto Nepomuceno da Silva, conhecido como Carlão, conheceu o frango frito vendido no balde, tão apreciado pelos americanos. De volta ao Brasil, teve a ideia de “abrasileirar” a iguaria ao lado do filho Carlos Junior. Na área da churrasqueira de casa, em Brasília, no Distrito Federal, desenvolveram uma marinada com sabores tipicamente nacionais para temperar o frango, utilizando uma farinha exclusiva para empanar e fritaram os primeiros pedaços. A receita de sucesso levou logo à abertura da primeira loja e à expansão dos negócios. Após 10 anos completados em 2022, a rede conta com mais de 60 lojas espalhadas por todo país e tem o objetivo de fechar o ano com 100 unidades inauguradas. Atualmente, Carlos Junior, formado em gastronomia, é o CEO da Frango no Pote e tem uma filha recém-nascida, Stella. Carlão, por sua vez, ocupa o cargo de diretor financeiro da empresa.

 

Felicidade em dose dupla

“Trabalhar com a filha em um empreendimento de educação representa compartilhar o propósito de contribuir para a formação de crianças e adolescentes. É uma oportunidade de trazer para a prática parte do que acreditamos. Vamos inaugurar nossa franquia em Santos/SP poucos dias após a celebração dos pais, e vou trabalhar junto a minha filha, Gisele Cavalcante Leite, que será gerente geral da unidade. Para mim, é muito importante conhecer verdadeiramente a pessoa com quem se trabalha, e neste caso nos conhecemos muito bem. A confiança mútua também é algo muito relevante, e também uma oportunidade de aprendizado lado a lado. Um ponto importante também é saber separar a relação do trabalho com a vida familiar ao adotar uma postura profissional e evitar misturar os assuntos. Com um negócio familiar e de educação, a nossa expectativa é que a Happy fomente em interesse aos pais das regiões para investirem no sucesso profissional da vida de seus filhos”, relatou Carlos Cavalcante, franqueado e Diretor/Mentor.

 

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Legado

Roney Vinicius Sabino, 56 anos é franqueado Hinode desde 2016 e seus filhos, Jessica Breder Sabino, 31; e Alex Breder Sabino, 28, também já possuem suas próprias unidades. Ela, em Ouro Preto e, ele, em Manhuaçu, ambas em Minas Gerais. E as intenções do pai para ter uma franquias são bem claras. “O principal motivo de ter investido nas franquias Hinode foi para que meus filhos tivessem um negócio próprio. Trabalhar com eles é um paradoxo, pois juntamos a minha experiência de 35 anos de bancário, dos quais 20 como gerente, e a jovialidade, disposição e garra para o trabalho deles. Mas, mas não é fácil, se não cuidar, pode gerar conflitos, mas acredito que isso já faz parte da educação que vem de casa. A dedicação deles - principalmente num negócio que pode exigir trabalho fora de horários convencionais - é fundamental para a sobrevivência de uma pequena franquia.

 

Negócio para toda a família

Assis Oliveira da Silva, que completa 62 anos em 14 de agosto (Dia dos Pais), é franqueado iGUi desde 2008, início da rede, em Santa Maria/RS e região. Depois, o empreendedor tornou-se multifranqueado ao adquirir unidades da Splash e UNLIMITED, duas outras marcas de piscinas da Rede iGUi. Pai de Whilian (35 anos), Tayane (32 anos) e Ébony (16 anos), e casado com Elisa Zaccani, Assis tem a companhia do filho mais velho e da caçula, além da esposa, no dia a dia de suas franquias. A relação de Assis com Whilian sempre foi muito forte, mas a partir de 2017, quando o filho ficou em coma 45 dias, Assis se uniu a ele ainda mais. Whilian e Tayane (que também já atuou nas lojas) dizem que trabalhar com o pai fez com que eles o conhecessem e o admirassem mais ainda. “Além de melhor pai, é o melhor chefe do mundo”, ressaltam. Hoje, Whilian atua no pós-venda e está sempre junto do pai nas visitas aos clientes. Já Ébony, que cuida dos perfis das lojas nas redes sociais e ajuda no desenvolvimento de projetos para a UNLIMITED, afirma: “É um constante aprendizado, não somente de coisas relacionadas ao trabalho e sim para a vida e o relacionamento com as pessoas”. O gosto pelo trabalho já fez até com que a adolescente decidisse sua profissão: ela quer ser arquiteta.

 

Benefícios para o negócio

Agnes Vatanabe, administradora, 39 anos, sempre optou por investir no franchising por conta do suporte oferecido pela marca na gestão do negócio. Ela possui cinco unidades da rede de franquia Imaginarium, uma das marcas do Grupo Uni.co, adquirido pela Americanas S.A. em 2021. No ano passado, Agnes viu seu modelo de negócio passar por uma grande evolução, com a ajuda de seu pai. Jorge Vatanabe, 71 anos, empresário e contador, estava se preparando para a aposentadoria quando a filha o convidou para se tornar sócio em uma de suas unidades. A parceria foi um sucesso tão grande que Jorge implantou um sistema financeiro nas lojas. “Ele tem uma experiência em finanças que eu não tenho. Me sinto privilegiada de poder trabalhar com ele e percebo que essa mudança deu resultados melhores para o negócio”, conta ela.  Além disso, o trabalho contribuiu para a melhora no relacionamento entre pai e filha: “Nossa relação melhorou muito. Nós dois ensinamos muito um para o outro”, finaliza.

 

Bom relacionamento é fundamental

Aposentado da carreira de administrador, Osvaldo Bocchese enxergou na Lavô, maior rede de lavanderias self-service do país, uma oportunidade de renda extra. Ele e os filhos, Marco e Fernando Bocchese, administram a unidade de Passo Fundo/RS e afirmam que a relação tranquila e agradável entre eles fez toda diferença ao decidir por essa parceria em família. “Quem conheceu a franquia e nos convidou para essa sociedade foi o Fernando. Resolvemos empreender pois vimos esse modelo de negócio como uma tendência, algo que não era tão conhecido. Para mim, como pai, gerir a franquia está sendo uma tranquilidade em função da minha idade e experiência. Estou em movimento e aprendendo e, apesar das dificuldades encontradas, tenho uma relação boa com meus filhos, que estão sempre mais atualizados”, explica Osvaldo.

 

Partilhando experiência e legado com os filhos

Luciano Cascardi, de 58 anos, já atuava no segmento de educação com escolas de idiomas, investindo no setor em 1992. Com dois filhos, Luciano, de 36 anos, e Felipe Cascardi, de 33 anos, estudantes de administração de empresas na época, eles precisavam fazer o estágio obrigatório para a conclusão do curso. E essa foi a oportunidade que ambos tiveram para ingressar nos negócios do pai. O primeiro a seguir os passos do empresário foi o filho que leva o mesmo nome do patriarca. “Com a rotina do estágio na escola de idiomas, o Luciano quis atuar também no setor educacional. Foi com essa ideia que buscamos por uma escola bilíngue para que ele operasse como meu sócio e administrasse o negócio. Assim, desde 2911 nos tornamos proprietários de escola da Maple Bear, maior rede de escolas bilíngue do mundo. Trilhando o mesmo caminho do irmão, Felipe também se tornou meu sócio em duas escolas da rede, localizadas no ABC Paulista. Atualmente, eles tocam os negócios sozinhos, mas contam com o meu apoio e experiência de anos atuando no segmento”, comenta.

 

Opiniões diferentes equilibram o negócio

Guilherme de Aguiar Gouveia, 32, é formado em administração pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e pela Universidade de Washington. Quando voltou ao Brasil, cerca de seis anos atrás, ele logo conseguiu um bom emprego, com bom salário. “Eu morava com meus pais e conseguia até juntar dinheiro, por ter poucas despesas. Trabalhei por três anos na iniciativa privada, mas então percebi que, por mais dedicado e bom profissional eu fosse, por maiores que fossem as conquistas, eu desejava mesmo era ter meu próprio negócio”, conta Guilherme. Daí surgiu a ideia de empreender com o pai, Daniel Gouveia da Silva, 62, que estava recém aposentado da Petrobras e tinha o sonho de ter uma padaria. A conversa evoluiu e os dois optaram por investir no segmento de alimentação. A escolha de uma franquia Megamatte foi uma consequência: “percebemos que teríamos um respaldo maior, além de clientes já cativos, devido ao peso da marca, embora a contrapartida fosse pagar royalties e ter um custo maior. Colocando na balança, decidimos que o saldo era positivo. Abrimos nossa loja, no Centro do Rio de Janeiro/RJ, e fomos muito bem já no início da operação. Só que no meio do caminho, veio a pandemia, sofremos bastante, como todo mundo e tivemos que nos manter firmes”, diz ele. Ainda hoje, por ser no Centro, eles sentem o reflexo dos lockdowns e da migração dos trabalhos para home office, mas o negócio vai bem. E uma das muitas razões para que o negócio ande bem, é a sociedade em família, na opinião de Guilherme. “A vantagem de ter o pai como sócio é ter 100% de confiança nele, apesar de pensarmos muito diferente. Eu foco sempre na forma de maximizar lucros e meu pai tende para o lado de sempre deixar a loja mais bonita, incentivar funcionários. O que ele vê como investimento e eu vejo como gasto. E acabamos assim chegando ao equilíbrio”, reflete ele. Os dois ficam juntos na loja, fazem um pouco de tudo e dividem as tarefas do dia a dia. “A parte mais operacional, como lidar com funcionários, controlar o estoque, administrar limpeza e manutenção, fica mais a cargo do meu pai. É o que ele prefere, o foco de atenção dele. Eu fico com pedidos, analiso o que vende mais, penso em formas de melhorar gargalos, sempre tentando maximizar os números. Nunca fizemos essa divisão oficialmente, mas como somos diferentes, isso acabou sendo natural e dando certo. Respeitamos as funções e o espaço do outro. O maior desafio é justamente entender que a vida profissional e a pessoal não se misturam. Trabalho é trabalho, casa é casa. Às vezes temos divergências, mas sabemos conduzi-las sempre pensando no sucesso da loja. Além disso, meu pai sempre foi meu orgulho e inspiração. Quando a loja estava dando prejuízo, no auge da pandemia, foi ele o maior responsável por manter o negócio andando pra frente. Sou muito feliz por tê-lo ao meu lado como pai e como sócio”, conclui Guilherme. Não à toa, a dupla está partindo para a segunda unidade Megamatte.

 

Sonho de menino realizado

Fundada em 1991, por Joaquim Farias, a Óticas Mercadótica completou 30 anos, em 2021, e comemorou o sucesso com o lançamento de um livro contando a trajetória de seu fundador. Em 2007, após uma crise financeira, seu filho Júnior se une à equipe Mercadótica para ajudar nos negócios. Para encarar o desafio, Júnior Farias largou até a faculdade que cursava na época, de Engenharia Mecânica. Juntos no comando, iniciaram, em 2010, o processo de formatação da franquia até que, em 2012, a Mercadótica se tornou a primeira franquia de óticas da Bahia. A rede, associada à Associação Brasileira de Franchising (ABF) desde 2012, é a realização de um sonho do seu fundador que saiu da Bahia para São Paulo em busca de melhores condições de vida, começou como office boy de uma ótica na cidade e, dali em diante, fez de seu projeto de vida ter a sua própria ótica. Seu principal diferencial é o suporte oferecido aos franqueados, contato direto com os diretores e a variedade de linhas qualificadas de óculos solar, armações e lentes. Existem dois modelos de negócios oferecidos pela Mercadótica com investimento inicial a partir de R$ 102,8 mil. A marca, que conta hoje com 37 unidades franqueadas, está para inaugurar uma praça em Joinville/SC, e em processo de negociação para a abertura de outras duas na região nordeste do país. Em 2021, a rede faturou R$ 14 milhões e projeta para este ano um faturamento de R$ 17 milhões.

 

Cada coisa em seu lugar

“A educação sempre fez parte do ramo da nossa família e estamos dando continuidade à essa trajetória junto com a Minds Idiomas. Há dois anos, eu e minha filha, Karen Leal, trabalhamos juntos e dividimos algumas responsabilidades da escola. Karen é recepcionista e me ajuda no setor financeiro, e eu sou o responsável administrativo e, por conta da nossa relação familiar, sempre deixamos as coisas do trabalho no ambiente de trabalho. É claro que, às vezes, comentamos sobre trabalho em casa, mas sempre mantendo cada coisa em seu devido lugar, pois é preciso ter respeito e ter maturidade para separar as coisas, principalmente para não deixar a vida pessoal afetar o desenvolvimento no trabalho, e vice-versa. Como empreendedor e pai, consigo enxergar uma confiança especial de que o trabalho será executado da melhor forma, por estar ao lado da minha filha. Mas para que isso seja possível, é muito importante respeitar o espaço e escolha do outro, enxergando a individualidade mesmo no ambiente de trabalho”, disse Misael Leal, franqueado da Minds Idiomas de Teresina/PI.

 

Nova jornada

Moisés Henrique Goes, 52 era administrador no ramo de móveis e eletros, mas em abril desse ano decidiu começar uma jornada empreendedora ao lado do filho Daniel Mateus Goes, 30, que atuava na área de jogos digitais. O empreendimento escolhido foi a Minha Quitandinha, rede de minimercados autônomos. “Enxergamos nessa franquia um modelo de negócio visionário capaz de trazer conforto e segurança a consumidores de complexos residenciais ou comerciais. Nesta empreitada entre pai e filho, temos confiabilidade suficiente para trabalhar com esse sistema inovador”, diz Moisés. Fundada em 2020, no município de Balneário Camboriú/SC, a startup de tecnologia em varejo que opera no modelo de franquia atua com base no conceito de honest market ao funcionar 24 horas por dia, sete dias por semana, sem a necessidade de funcionários em condomínios residenciais e comerciais. Ao todo, a marca está presente em 25 cidades do Brasil, com um portfólio com mais de 700 itens que vão desde congelados a produtos de limpeza e higiene pessoal. A meta para 2022 é alcançar um faturamento de R$ 10.5 milhões e 150 lojas em operação.

 

Relação que se fortalece dia a dia

Raul e Maurílio trabalham desde 2014 juntos, primeiro no mercado que o pai tinha e que sempre recebeu ajuda dos filhos e da mulher. Há 1 ano e três meses, abriram sua unidade da Multifilmes, em São José dos Pinhais, Paraná, pelo desejo de Raul de empreender e de Maurílio em ter uma aposentadoria mais tranquila. A relação dos dois foi fortalecida, já que o dia a dia se tornou rotina para os dois e o compartilhamento de experiências foi essencial para que a sociedade desse certo. Eles recomendam que pessoas que querem empreender com seus pais ou filhos, façam. “Mudou muito a nossa rotina como pai e filho. Ficamos muito mais próximos e mesmo que tenha uma relação de trabalho, conseguimos separar muito bem esses dois mundos. Trocamos experiências, tocamos o negócio com parceria e fora do ambiente de trabalho, a relação ficou ainda mais legal”, comenta Raul.

 

Pai e filha com 9 unidades no ramo odontológico

Alessandra Milani, trabalhou em uma unidade da Oral Sin logo que se formou em odontologia, e lá aprendeu como funcionava uma clínica odontológica premium. Durante sua trajetória, o desejo de crescer no meio odontológico foi aumentando, e ao conversar com seu pai Roberto Milani sobre investimentos, eles decidiram ser sócios, e escolheram a Oral Sin para investirem juntos. Atualmente Alessandra e Roberto são sócios de 9 clínicas da rede, o que mudou a vida de toda sua família. “Hoje sou gestora de duas unidades, e digo com toda certeza, a Oral Sin, mudou não só a minha vida, mas de toda a minha família. Minha irmã que também se tornou cirurgiã dentista, e todos estamos inseridos nesse contexto. Me sinto realizada em ter meu pai como parceiro de negócios, e fazer parte dessa grande família que é a Oral Sin, junto com a minha família e meu parceiro e grande amigo que é o meu pai”. conta Alessandra.

 

Compartilhando desafios

Engenheiro de formação e com experiência em cargos de desenvolvimento em novos negócios, Mauro Bastos resolveu investir em seu próprio empreendimento e hoje conta com o apoio dos três filhos, João Henrique, Luis Felipe e Leonardo, para gerir as unidades da OdontoCompany que possuem em Osasco/SP. “Cada um gerencia uma unidade. Acredito que é preciso separar a relação pai e filho da profissional, pois só assim é possível que os filhos cresçam profissionalmente. Trabalhando juntos convivemos no dia a dia, estamos sempre juntos e compartilhando desafios. Sou reconhecido por ter um grau de exigência muito grande no trabalho e com meus filhos sou ainda mais. Quero vê-los desempenhando sempre igual ou melhor do que eu, pois vislumbramos um crescimento dos negócios da família e eles são meus sucessores”, afirma Mauro.

 

Sociedade baseada na confiança

Ozair Walder de Moura Mendes, 62 anos, é engenheiro e empresário. Em 2020, mesmo durante a pandemia, ele decidiu investir em uma franquia da rede de ortodontia OrthoDontic. Quando abriu sua unidade, precisava de um sócio para a empreitada e convidou seu filho, Guilherme Mendes, 32 anos. Até hoje, ele não imagina outra pessoa para substituí-lo nos negócios. No dia a dia da empresa, o filho trabalha na operação e o pai no setor financeiro da unidade. Para Ozair, a melhor parte da sociedade com o filho é a lealdade. “As chaves do nosso negócio são a confiança e a divisão de tarefas”, explica ele.

 

Pioneirismo

A Pormade é pioneira no setor de franquias na fabricação e venda de kits prontos e avulsos de portas, rodapés, biombos, papéis de parede, fechaduras e outros acessórios. À frente da empresa familiar está Cláudio Zini (73 anos), diretor-presidente, e seus dois filhos, Daniel Zini (48 anos), diretor de tecnologia e novos negócios, e Rafael Zini (43 anos), diretor financeiro. Os herdeiros acumulam vivências e experiências em outras empresas e também no exterior, e têm a missão de desenvolver o negócio da família e entregar para a próxima geração algo ainda maior. E a parceria nos negócios tem dado muito certo. Com um faturamento, em 2021, de R$ 300 milhões, a Pormade investe em pessoas e produtos como estratégia competitiva. Com sede em União da Vitória, interior do Paraná, atualmente, a empresa já atua em pelo menos 12 modelos de negócio. Dentre eles, se destacam o e-commerce, divulgadores, os showrooms e as franquias, com 40 lojas localizadas nos estados do Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Distrito Federal. Para 2022, a expectativa é encerrar com um crescimento de 25%, reflexo de constantes investimentos em inovação e no intraempreendedorismo.

 

‘Homenagem’

Como reforço e valorização da importância dos ensinamentos passados de pai para filho, o Spoleto colocará como protagonista um dos verdadeiros responsáveis pelo sucesso da marca, o franqueado. Como exemplo, está o falecido “seu” Gildo, um dos mais antigos da marca, que passou a franquia para o filho Arnaldo. A marca fará um vídeo resgatando a memória do pai, mostrando sua relação com os funcionários e, principalmente, com o filho que comanda a franquia atualmente.

  

 

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