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Renda gerada pelos pequenos negócios é de R$ 420 bilhões por ano

Atlas dos Pequenos Negócios, produzido pelo Sebrae, revela também que o número de MEI teve um crescimento 12 vezes maior que o de trabalhadores por conta própria.

Renda gerada pelos pequenos negócios é de R$ 420 bilhões por ano
Sua Franquia Publicado em 19 de Julho de 2022 às, 06h00. Atualizado em 11 de Julho de 2023 às, 09h56.

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Os pequenos negócios são uma das principais forças motoras da economia brasileira. Dados de levantamento inédito feito pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) mostram que apenas com a renda gerada pela atividade de microempreendedores individuais (MEI), juntamente com as Microempresas e microempresas de pequeno porte, o segmento gera uma renda mensal para os empreendedores de R$ 35 bilhões, o que representa aproximadamente R$ 420 bilhões por ano.

 

O “Atlas dos Pequenos Negócios” revela que, em 2022, considerando a renda dos MEI em atividade, esse perfil de empreendedor gera, todos os meses, R$ 11 bilhões com o seu trabalho. O que significa que - no período de um ano - os Microempreendedores Individuais sozinhos injetam R$ 140 bilhões na economia brasileira. Já os donos de microempresas e empresas de pequeno Porte, geram, mensalmente, R$ 23 bilhões. No período de um ano, o total movimentando por esse perfil de empresa chega a R$ 280 bilhões.

 

O documento foi lançado nesta terça-feira, em coletiva que também marcou os 50 anos do Sebrae. O presidente da instituição, Carlos Melles, destacou, durante a coletiva, a força dos pequenos negócios e projetou que o Brasil deve alcançar um crescimento sustentável e espontâneo de 3% ao ano, no momento em que a participação das micro e pequenas empresas no Produto Interno Bruto (PIB) chegar à proporção de 40% (hoje as MPE respondem por aproximadamente 30% do PIB brasileiro). “Em países desenvolvidos, a participação dos pequenos negócios no PIB fica em torno de 40% a 50%. Se em 10 anos nós conseguirmos promover esse crescimento, toda a economia sai beneficiada, graças ao poder que as MPE têm de gerar renda e empregos”, avaliou.

 

A maioria dos MEI (78%) tem na sua atividade como empreendedor a única fonte de renda. A partir desse dado, estima-se que cerca de 6,7 milhões de MEI em atividade dependem exclusivamente do seu trabalho como empreendedores. Já em relação aos donos de micro e pequenas empresas (MPE), 71% não possuem outra fonte de renda, segundo pesquisa do Sebrae. Considerando as 6,6 milhões de MPE em atividade, a projeção é de que existam 4,7 milhões de empresários nesse perfil que dependem totalmente da renda obtida com a empresa. Reunindo todo o universo dos pequenos negócios (MEI + MPE), o dado revelado pelo Atlas do Sebrae é que, entre os 15,3 milhões de empreendedores em atividade no Brasil, 11,5 milhões têm a sua atividade empresarial como única fonte de renda.

 

A força do MEI

Entre 2012 e 2021, o número de trabalhadores por conta própria no Brasil cresceu 26%, passando de 20,5 milhões para 25,9 milhões. Já o número de formalizações entre os MEI passou de 2,6 milhões para 11,3 milhões, um incremento de 323%. Isso significa um crescimento mais de 12 vezes maior entre os MEI se comparado com os donos de negócios que não se formalizaram.

 

De acordo com pesquisa do Sebrae, 28% dos MEI já atuavam fora do mercado formal, sendo que suas ocupações principais eram empreendedorismo informal (13%) ou empregado sem carteira (15%), quando decidiram adotar o regime do microempreendedor individual. A proporção de informais vem sendo reduzida ao longo do período (2013-2021), principalmente em relação ao empreendedor informal. Estima-se que 2,5 milhões de pessoas foram retiradas da informalidade, em 2021 (28% de 8,7 milhões de MEI em atividade), decorrente do registro do MEI.

 

Já em relação às microempresas e empresas de pequeno porte, 13% dos empreendedores eram informais antes da abertura do negócio, sendo que 6% já exerciam a atividade como empreendedor informal e outros 7% eram empregados sem carteira assinada.

 

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Empreendedorismo por região

  • Norte - A região possui uma das maiores proporções de jovens e negros à frente de um negócio;

 

  • Nordeste - Sergipe é um dos estados com maior proporção de empreendedoras;

 

  • Centro-Oeste - Distrito Federal tem uma das maiores proporções de donos de negócios com ensino superior;

 

  • Sul - É a região onde existe a maior proporção de donos de negócio que contribuem para a Previdência;

 

  • Sudeste - 40% dos donos de negócios do Brasil estão em apenas três estados (São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro).

 

Curiosidades do empreendedorismo nos estados

  • Os estados com maiores proporções de MEI dentre os empreendimentos abertos são Rio de Janeiro, Alagoas, Paraíba e Sergipe. Já os estados com maior participação de ME na abertura de empresas são Maranhão, Amapá, Paraná e Piauí;

 

  • Considerando os estados com maior proporção de Empresa de Pequeno Porte (EPP) dentre as empresas abertas no período, temos Mato Grosso, Pará, Amazonas e Amapá;

 

  • Os estados do Rio de Janeiro, Distrito Federal e Sergipe são os que concentram as maiores proporções de mulheres entre os donos de negócio, chegando a 38%, 37% e 37% do total, respectivamente;

 

  • A proporção de empreendedores que se classificam como negros (pretos e pardos) é bem maior nas regiões Norte e Nordeste, chegando a 84% do total dos donos de negócios nos estados do Amazonas e Acre;

 

  • As regiões Sul e Sudeste apresentam as menores proporções de negros, chegando a apenas 15% nos estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul;

 

  • Rorraima, Amapá e Acre são os estados com as maiores proporções de donos de negócio com até 34 anos (respectivamente 40%, 38% e 36%). Em parte, isto está associado ao fato de a região Norte ter uma população relativamente mais jovem, em relação ao restante do país;

 

  • Os estados com maiores proporções de donos de negócio com nível superior são de São Paulo e Distrito Federal, ambos com 30% de donos de negócio com nível superior ou mais. Pará e Maranhã, por outro lado, são os que apresentam as menores proporções de empreendedores com nível superior (ambos com 8%);

 

  • Rio Grande do Sul, Paraná e Santa Catarina apresentam maior proporção de donos de negócio que estão na atividade atual há mais de 2 anos, com 83%, 81% e 81%. Por sua vez, Rorraima, Piauí e Distrito Federal apresentam as menores proporções: 71%, 71% e 74%.

 

Sobre o Sebrae 50+50

A coletiva de imprensa sobre o Atlas dos Pequenos Negócios faz parte de uma agenda de eventos previstos para o cinquentenário do Sebrae, celebrados neste 5 de julho. O dia contará com a inauguração do Mural dos Colaboradores e da Exposição 50+50, live de Celebração do Aniversário, entre outras ações previstas para o público interno. As comemorações serão encerradas com evento intitulado “O Sebrae em Cinco Décadas”, seguido de coquetel para autoridades e parceiros.

 

As atividades que marcam os 50 anos de existência giram em torno do tema “Criar o futuro é fazer história”. Denominado Projeto Sebrae 50+50, a iniciativa enfatiza os três pilares de atuação da instituição: promover a cultura empreendedora, aprimorar a gestão empresarial e desenvolver um ambiente de negócios saudável e inovador para os pequenos negócios no Brasil. Passado, presente e futuro estão em foco, mostrando a evolução desde a fundação em 1972 até os dias de hoje, com um olhar também para os novos desafios que virão para o empreendedorismo no país.

 

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