Com tecnologias de ponta e estratégias de venda cada vez mais redefinidas, a China se consolidou como o país que mais fatura com e-commerce. É também o primeiro país do mundo em que as vendas on-line ultrapassaram a soma de todas as vendas feitas em lojas físicas, segundo o Trade International Administration. Dados da Pitney Bowes mostram ainda que mais da metade dos brasileiros que compram pela internet consultam sites chineses, como Aliexpress e Wish, antes de realizar pedidos.
Entender e aplicar técnicas desse líder mundial é uma das estratégias para impulsionar o alcance e as vendas de um marketplace. Pensando nisso, Alexandre Nogueira, CEO da Universidade Marketplaces e consultor oficial do Mercado Livre no Brasil, lista as cinco principais lições que os marketplaces da China podem ensinar para os e-commerce nacionais. Confira:
1 - Pagamento mobile pay
Um dos sistemas que tem revolucionado os pagamentos em marketplaces na China é a possibilidade de fazer a transação financeira dentro de aplicativos, o chamado Mobile Payment, a exemplo do AliPay (do Alibaba) e do WeChat Pay, sistema semelhante à funcionalidade do WhatsApp.
“Os consumidores chineses usam o celular como principal ferramenta para compra. Desde a pesquisa do produto até a finalização do pagamento são realizados em dispositivos móveis. Mais de 90% dos pagamentos digitais feitos em aplicativos são realizados pelo WeChat e AliPay”, observa o CEO.
2 - Agilidade de entrega
Outra facilidade que os marketplaces da China oferecem é a agilidade no prazo de entrega. Enquanto no Brasil consumidores precisam aguardar em média 11 dias para receberem seus produtos, na China, a entrega é realizada com prazo de até um dia.
Alexandre reforça que investir na melhor experiência do consumidor aumenta significativamente as chances de fidelizar o cliente. “É válido que anunciantes proporcionem o menor prazo de entrega possível. Com isso, será possível não só reter clientes, mas também alcançar novos consumidores”.
3 - Live commerce
As chamadas lives commerces, que tiveram início na China, já têm sido uma aposta de e-commerces no Brasil. A estratégia se baseia em realizar vendas por meio de transmissões ao vivo em mídias sociais – que contam com cerca de 150 milhões de usuários no país, segundo o relatório Digital 2021, da WeAreSocial.
“É muito comum, em lojas chinesas, os influenciadores apresentarem lives em shoppings para divulgar produtos e promoções. Além disso, negócios chineses oferecem descontos àqueles que se aproximam de lojas físicas, por meio do envio de mensagens instantâneas, direcionando esses consumidores para a compra online. Há investimento e inovação para atrair cada vez mais compras em marketplaces“, explica o CEO.
4 - Ecossistema de produtos
O conceito de marketplace na China está diretamente ligado à variedade de serviços e produtos dentro de uma mesma plataforma como a Amazon. “Lá, o varejo digital concentra opções diversas em um único lugar, diferente de alguns sites no Brasil, em que os produtos ainda são segmentados”, afirma.
5 - Promoções e ofertas
Com uma variedade enorme de produtos e anunciantes, os marketplaces apresentam alta concorrência de preços e serviços. Com tanta disponibilidade de um mesmo produto, Alexandre aponta o uso estratégico de promoções e ofertas como fator de atração, para se sobressair em meio à concorrência. “Nos marketplaces da China, é muito comum a alta frequência de promoções e ofertas nos aplicativos, incentivando a compra do cliente”.
Sobre a Universidade Marketplaces
A Universidade Marketplaces é uma plataforma especializada em cursos para marketplaces e tudo que permeia o mundo do e-commerce. Criada em 2018 pelo CEO Alexandre Nogueira, oferece capacitação em relação ao uso correto das ferramentas e desenvolve estratégias que auxiliam os melhores resultados nas vendas online. A plataforma possui mais de 450 alunos e sua metodologia já foi aplicada em mais de 90 tipos de negócios diferentes. Seu time de mentores é credenciado pelo Mercado Livre e parceiros do mercado de comércio digital.
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