Uma pesquisa do Sebrae, em parceria com a Fundação Getúlio Vargas (FGV), mostra que 70% das micro e pequenas empresas brasileiras utilizam os canais digitais (redes sociais, aplicativos ou sites) para impulsionar suas vendas. Em maio de 2020 (começo da pandemia), esse percentual era de 59%.
O setor de beleza, por exemplo, teve um aumento de 27% de presença digital. Os segmentos de energia apresentaram aumento de 37% e construção civil, 20%. Instagram e Facebook são, respectivamente, 54% e 51% de preferência para as estratégias online desse público. Somente 23% dos micro e pequenos empreendimentos optam por um site próprio.
Ainda no ano passado, o Bex Banco junto com a Ebit|Nielsen divulgaram o estudo Webshoppers 43, revelando que o faturamento das vendas online foi de R$87,4 bilhões, representando um aumento de 30% em relação a 2019.
Digitalização
A digitalização de um negócio consiste em mudanças na cultura da empresa, enxergando nas ferramentas digitais oportunidades e facilidades. É a utilização dos recursos tecnológicos para aprimorar processos, ações e estratégias a fim de aumentar produtividade e lucratividade.
Tammy Soares é CEO e co-fundadora da Grood.me. Formada em Comunicação Social com ênfase em Publicidade e Propaganda, atuou em empresas como a P&G com a marca Oral-B. Atualmente, está à frente da startup para redes sociais Grood.me. Ela considera que a internet é uma grande avenida cheia de lojas, escritórios e oportunidades, e estar online é uma necessidade básica, assim como ter um CNPJ.
“Trazer o negócio para o online é dar a possibilidade para que a marca seja vista para além do bairro ou cidade. É colocar a empresa de frente para uma diversidade de oportunidades, seja em vendas, seja em parcerias”, explica.
Desafios
Com a pandemia, a presença digital das empresas tornou-se obrigatória e estar online ajuda o público-alvo entender o que é a marca, deixa a empresa mais próxima do consumidor, torna a fidelização de clientes mais fácil e alavanca as vendas. Mas, apesar de todas essas vantagens, ainda há alguns desafios sendo superados no Brasil.
“O maior desafio é quebrar a barreira da informalidade. Estamos acostumados a grandes marcas na internet com sites lindos, vídeos maravilhosos, posts de altíssima qualidade”, comenta.
Para ela, o pequeno empreendedor não tem tempo para fazer, sozinho, uma estratégia de marketing digital e também não tem verba suficiente para contratar uma agência. Sendo assim, deixam de lado o digital por acreditarem que o que é feito não é bom o suficiente.
Para isso, Soares dá dicas valiosas para preparar a empresa para o processo de digitalização e aplicar nos primeiros passos.
Na prática
Tammy Soares explica que os micro e pequenos empreendedores têm que olhar o celular como uma oportunidade, uma porta para muitos negócios e saber que através dela a empresa pode se tornar conhecida, vender mais, pagar as contas e lucrar.
Ela ainda cita que, pelo menos, o empreendimento tem que estar no Google Meu Negócio, Facebook e no Instagram, as redes sociais com maior fluxo de pesquisas por produtos e serviços.
“Primeiro de tudo tem que mudar a mentalidade do pequeno empreendedor. Estar online, hoje em dia, é uma necessidade básica, assim como ter um CNPJ. Segundo, encarar isso como uma tarefa diária. A princípio será desafiador, sim, depois com o tempo fica mais fácil. Separar 15 minutos por dia é mais do que suficiente para cuidar do online no início do negócio. A terceira dica que eu dou é utilizar as ferramentas certas, que trazem agilidade e facilidade”, finaliza a CEO da Grood.me.
Sobre a Grood.me
A Grood.me é uma plataforma de automação de posts para redes sociais que usa os algoritmos na criação dos conteúdos. Desenvolvida pela Agência Chiclete Marketing, a aplicação visa facilitar o acesso ao marketing digital para os micro e pequenos empreendedores por meio de uma ferramenta simples e intuitiva. Objetiva inserir os empresários no mundo digital a partir da presença online e, consequentemente, o aumento das vendas.