Nova rede de franquias fala sobre como vende uma unidade por dia: Estratégia da Ecoville ajudou a marca a comercializar 235 unidades em apenas cinco meses
Se expansão é o sucesso do franchising, a Ecoville pode se considerar um novo fenômeno. A indústria de produtos de limpeza, com sede em Joinville, Santa Catarina, entrou para o franchising em junho de 2016 e já chegou à marca de 235 unidades vendidas – o montante representa mais de uma loja comercializada diariamente.
Mas como isso é possível? Uma das estratégias usadas pela rede foi intensificar o relacionamento com brasileiros interessados em investir no próprio negócio. A empresa passou a estruturar encontros e palestras nos estados onde acontecem as principais feiras do País, com o objetivo de aproveitar a movimentação destes eventos para aproximar empreendedores.
Enquanto as feiras costumam ter três dias de duração, a equipe Ecoville esteve presente por 20 dias em cada uma das cidades que recepcionaram os principais eventos do segmento neste ano: São Paulo, Goiânia, Rio de Janeiro e Belo Horizonte. Os profissionais desenvolveram diversas ações em hotéis destas capitais, que envolveram palestras sobre técnicas de vendas e os desafios de empreender no mundo do franchising.
“A feira é somente um meio de entrar em contato com os empreendedores. Para realmente atingir um resultado esperado, percebemos a necessidade de intensificar essa relação. As palestras e os encontros são uma maneira de apresentar o nosso modelo com mais calma às pessoas”, comenta Neder Kassem, consultor responsável pelo projeto de expansão da rede Ecoville e organizador e palestrante dos eventos da marca. O especialista também é precursor da Escola de Vendas K.L.A. e fundador da Academia Brasileira das Vendas.
A atuação intensiva em diversas localidades do Brasil tem proporcionado resultados atrativos, só no Rio de Janeiro foram assinados 45 contratos de franquias em 25 dias. “O empreendedor precisa conhecer a marca de perto para adquirir confiança e concluir que está fazendo um bom negócio. A nossa estratégia, que visa à aproximação, é muito importante para quem quer dar um passo tão importante que é abrir o próprio negócio”, comenta Leonardo Castelo, fundador da Ecoville. E para atender de maneira mais próxima os novos franqueados, oferecendo auxílio nas questões comerciais e operacionais, a rede, em parceria com a Academia Brasileira das Vendas, abriu escritórios em São Paulo e Belo Horizonte. Em breve, deve abrir no Rio de Janeiro e em Porto Alegre.
Além de ações que promovem a interação entre marcas e empreendedores, o resultado expressivo passa pelo modelo de negócio diferenciado, que é a venda direta. A empresa atua com revendedores na casa dos consumidores e foca na venda de consultiva. “Fazemos testes diretamente na casa de clientes e mostramos como funcionam os produtos, estratégia que dá muitos resultados. A cada 100 contatos que fazemos, 90 são revertidos em vendas”, comenta Kassem.
Em um segmento que movimenta R$ 24 bilhões por ano, outro ponto a favor do negócio é o oferecimento de produtos econômicos, com embalagens que variam entre 500 ml a 5 litros, que se tornam ainda mais vantajosos em um momento que a população busca reduzir, ainda mais, os gastos. “As embalagens econômicas são nossa principal característica e a economia para o consumidor chega a 70%, em relação aos produtos das marcas líderes”, ressalta Leonardo Castelo.
Modelos personalizados
Além da venda feita por uma rede de revendedores, os produtos fabricados são comercializados nas 142 lojas da marca, a maior parte em modelo de licenciamento. Em junho deste ano, quando entrou para o segmento de franquias, a Ecoville passou a oferecer dois modelos de negócio e chegou ao montante de 235 unidades comercializadas.
Com a franquia tradicional, que custa a partir de R$ 148 mil, o franqueado tem direito a uma loja física, um ponto móvel (uma carreta para a venda de produtos na rua e em empresa), e o canal de televendas, responsável por dar suporte aos outros modelos, facilitando a vida do franqueado na hora de fidelizar os antigos consumidores e prospectar novos.
No outro modelo, que é de microfranquia, o empreendedor adquire um ponto móvel, a partir de R$ 85 mil, que inclui uma carreta para a venda de produtos na rua e amostras para a venda direta. A previsão de retorno, para ambos os formatos, é de 12 a 24 meses, e o faturamento médio mensal esperado é de R$ 50 mil para as franquias tradicionais e R$ 25 mil para as microfranquias, com expectativa de 15% de lucro.