Livre circulação para caminhões de lavanderias hospitalares, adoção do Selo de Qualidade, correção dos limites atribuídos ao Super Simples, entre outras demandas, são as lutas do setor
Pequenas mudanças e alterações em leis e decretos podem beneficiar um setor importante da economia, que cresce a cada ano: o das lavanderias. Segundo o Sindilav – Sindicato Intermunicipal de Lavanderias no Estado de São Paulo – é ouvindo seus associados que se determinam quais são as bandeiras defendidas pela categoria. Os empresários de lavanderias hospitalares, por exemplo, passaram a descumprir prazos de entrega das peças aos hospitais diante da criação da Zona Máxima Restrição à Circulação de Caminhões, definida pela Secretaria Municipal de Transportes de São Paulo com o objetivo de melhorar o trânsito na capital paulista. Por ser este um serviço de alta prioridade, o Sindilav entrou com uma ação solicitando que tais veículos fossem licenciados para a circulação livre, conseguindo o benefício e o renovando recentemente. “A renovação dessa licença beneficia as lavanderias cujo foco é atendimento a hospitais e que, pela natureza de seu negócio, eram muito prejudicadas”, analisa José Carlos Larocca, Presidente do Sindilav.
Outra vitória do Sindilav é a consolidação do SQS – Selo de Qualidade e Sustentabilidade. Trata-se de uma certificação para toda lavanderia que pretenda, voluntariamente, melhorar sua eficiência técnica e econômica, por meio de um sistema de gestão integrado. “Houve um crescimento no número de empresas que nos procuram para ter esse diferencial, que agrega valor ao negócio. Temos uma boa adesão das lavanderias ao SQS, pois esta é uma maneira de atrair clientes”, considera o Presidente.
Outras demandas – O Sindilav atua constantemente junto à FecomercioSP – Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo– com o objetivo de defender os interesses dos empresários do setor. O presidente do Sindilav é também Diretor-Secretário e Vice-Presidente do Conselho de Serviçosda Fecomercio e acompanha de perto a movimentação do legislativo em relação às questões que interessam aos empresários.
O Projeto de Lei que estabelece que o vale-transporte seja custeado integralmente pelo empregador ainda está em tramitação, e por enquanto, os custos com transportes ainda são divididos com os funcionários. “Trabalhamos para que isso continue desta forma, para não sobrecarregar financeiramente ainda mais os empresários”, informa Larocca. O Projeto de Lei que dispõe sobre o pagamento do salário-maternidade diretamente pelas microempresas segue em discussão. “Sua aprovação vai onerar as lavanderias, e continuamos lutando para que isso não aconteça, já que poderia impactar negativamente nas contratações de mão de obra”, pondera.
No sentido de desonerar a folha de pagamento das lavanderias, foi feito um requerimento ao Ministro da Fazenda para que se inclua o segmento de lavanderias no regime que altera a alíquota das contribuições previdenciárias sobre a folha de salários. Ainda não há resposta a respeito, mas o trabalho do Sindilav continua.
Atento às dificuldades do setor, o sindicato acompanha, ainda o andamento da aprovação da lei federal que dispõe sobre a responsabilidade das empresas que utilizam produtos nocivos à saúde e ao meio ambiente, pela lavagem dos uniformes utilizados por seus empregados, reivindicação pertinente, que visa proteger a saúde dos trabalhadores.
O Sindilav trabalha ainda contra a Convenção 158, da Organização Internacional do Trabalho. “Ela impede a demissão imotivada, sendo absolutamente contrária aos princípios constitucionais”, explica Larocca.
A questão da redução da jornada de trabalho de 44 para 40 horas semanais, sem a consequente redução salarial proporcional também é tema de discussão. “O maior custo de uma lavanderia é a folha de pagamento, que corresponde a cerca de 60%. Se houver redução de jornada, sem redução salarial, certamente haverá impacto negativo nas contratações”, considera.
Por fim, o sindicato também alerta a sociedade e os governantes para o fato de que jalecos, aventais e uniformes de profissionais que lidam com substâncias nocivas já têm lavagem profissional obrigatória no Estado de São Paulo. Porém, há mais de três anos essa obrigatoriedade aguarda extensão para o nível federal, a partir da votação do Projeto de Lei nº 24/2007.Esse material, quando transportado e higienizado de maneira inadequada, pode ser foco de contaminação e facilitar a transmissão de doenças. “Algumas das grandes empresas do Estado de São Paulo já têm como política a lavagem e manutenção dos uniformes de seus empregados. Entretanto, ainda é grande o número das que transferem essa tarefa aos empregados, obr igados a cuidar em casa da limpeza dos uniformes usados no trabalho. A lavagem doméstica dos uniformes, além de onerar o trabalhador com a aquisição de produtos de limpeza, pode provocar a contaminação de sua família e da rede coletora de água e esgoto”, alerta Larocca.
O Sindilav tem como marca registrada nos seus mais de 70 anos de existência a defesa dos direitos dos empresários do setor de lavanderia de São Paulo. E esta não é apenas uma questão histórica, mas também muito atual. “O Sindilav continuará defendendo os interesses da categoria, buscando aprovação de leis importantes para seus associados, investindo na profissionalização e modernização cada vez maior do setor. Queremos conquistar novos consumidores e deixá-los sempre satisfeitos com os serviços de lavanderia”, finaliza José Carlos Larocca.
Conheça o Sindilav
O Sindilav foi fundado em 1941, em São Paulo. Representa mais de 3.600 lavanderias em 511 municípios do Estado de São Paulo. Nas últimas gestões, o Sindilav assumiu uma postura mais ativa e empresarial, adequada aos tempos globalizados. Tendo como foco os empresários do segmento de lavanderia, atua para contribuir para a redução de custos administrativos desses estabelecimentos, além do aperfeiçoamento profissional dos funcionários e atualização tecnológica da operação. É filiado à Federação do Comércio do Estado de São Paulo – Fecomercio/SP.
Como todo sindicato patronal, sua atividade está voltada para os macrorrelacionamentos, que envolvem o segmento como um todo, as autoridades legalmente constituídas e, especialmente, o público consumidor. Nesse sentido, na área do governo federal, mantém constante envolvimento com o Ministério do Trabalho e Emprego – TEM (por meio de seu órgão regional, a Superintendência Regional do Trabalho em São Paulo - SRT/SP, objetivando a implementação de normas relativas às questões de saúde ocupacional e segurança do trabalho.
O Sindicato oferece aos associados assessoria jurídica trabalhista e cível, convênio com o Sesc do Brasil – para usufruir de programas educativos, culturais de lazer e esportes - e promove palestras gratuitas nas áreas técnica e trabalhista. Permite ainda que o associado tenha poder de voto em Assembleias Gerais que decidem importantes questões – em geral, solução de problemas e criação de novos meios de expansão e melhora da atividade de lavanderia.
Diretoria Executiva do Sindilav:
José Carlos Larocca (Presidente)
Edson Di Nardi (Vice-presidente)
Rui Torres (Diretor Administrativo)