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5 à Sec investe em lavanderia industrial

5 à Sec investe em lavanderia industrial
Sua Franquia Publicado em 21 de Junho de 2008 às, 16h57. Atualizado em 11 de Julho de 2023 às, 02h59.

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SÃO PAULO, 26 de fevereiro de 2007 - A marca francesa de lavanderias 5 à Sec está ampliando seus segmentos de atuação no Brasil. Através de uma central batizada de Usina Industrial, o master-franqueado que responde pelas operações em todo o País, com exceção do Estado do Rio de Janeiro, começa a atender hotéis, restaurantes e grandes centros comerciais. Em São Paulo, os contratos assinados com 18 hotéis já garantiram aumento médio de 6% no faturamento das franquias localizadas nos arredores dos clientes.

O negócio incorpora a lavagem de roupas de uso dos hotéis (como roupas de cama, toalhas de banho e mesa e uniformes dos funcionários) na Usina. Por força do contrato, o atendimento aos hóspedes para o serviço de lavagem de roupas é feito pelas franquias 5 à Sec mais próximas dos empreendimentos. ""Percebemos que muitos hóspedes, por motivos que podem ir de preço à qualidade, não usavam o serviço dos hotéis. Iam em uma de nossas unidades"", diz o diretor-geral da 5 à Sec do Brasil, André Agostinho. ""Então pensamos: por que não absorver a parte industrial do hotel também?"". A primeira Usina Industrial da 5 à Sec do Brasil começou a operar em sistema de teste há um ano. Funciona em um galpão de 5 mil m², em Alphaville, São Paulo, onde está localizada a sede da empresa, a central de compras dos franqueados e a loja-escola da master-franquia. A segunda Usina está programada para inaugurar em março, no complexo hoteleiro Costa do Sauípe, na Bahia, onde foi inaugurada em outubro uma franquia 5 à Sec. No segundo semestre a terceira Usina deve ser inaugurada em Curitiba.

As roupas dos hóspedes são coletadas pelo hotel, como acontece nesse tipo de serviço. Mas, ao invés de lavadas no empreendimento, são tratadas na loja 5 à Sec mais próxima. ""Cada uma tem um território muito bem definido por ruas"", diz Agostinho. O serviço conta como consumo no hotel e é, portanto, pago no momento do check-out. ""Usina exige volume"", afirma Agostinho. E, para isso, cada Usina exige investimentos que variam de R$ 800 mil a R$ 1 milhão, só em equipamentos. A de Alphaville, por exemplo, tem capacidade para limpeza de 16 mil quilos por dia. A cada hora, 1,1 mil quilos de peças são processados simultaneamente. Entre os clientes já atendidos estão Rede Transamérica de Hotéis, Grupo Pestana, Rede de Carnes London e Cantina Lelis.

As parcerias com empreendimentos hoteleiros é um dos fatores que devem ajudar a rede a aumentar em 28% o faturamento em lojas comparáveis (com pelo menos dois anos de funcionamento) este ano, contra alta de 18% registrada em 2006. O novo formato de negócio não é a primeira atitude da rede para aumentar a demanda em suas franquias. No ano passado, por meio de parcerias com lojas da rede Pão de Açúcar, Wal-Mart e Blockbuster, começou a instalar postos de coleta e lojas satélites (onde são realizados apenas passagem e embalagem, depois da lavagem nas unidades franqueadas). ""Lavanderia é operação de conveniência.

Queremos crescer nos aproximando de onde os clientes estão."" Depois de inaugurar 38 lojas no ano passado, a 5 à Sec Brasil, deve abrir 60 novas franquias este ano, 18 das quais já estão com obras em andamento. A rede de lavanderias iniciou operação no Brasil em 1994. Hoje possui 252 unidades no País. Ficar mais próxima da classe média é outra estratégia da empresa. Na opinião de Agostinho, as pessoas estão utilizando mais os serviços de lavanderia. ""Identificamos o sintoma, mas a causa não conseguimos medir nesse momento"", diz. A melhora do poder aquisitivo ou a volta da dona-de-casa ao mercado de trabalho podem ser, segundo ele, alguma das razões.

Mercado de R$ 2,2 bilhões o mercado brasileiro de lavanderia apresenta grande potencial de crescimento. Hoje somente 2,8% da população economicamente ativa utiliza serviços de lavanderia, enquanto mais de 20% da população é considerada cliente potencial. E o segmento industrial é, na avaliação do presidente da Associação Nacional das Lavanderias (Anel), Paulo César Fernandes, um dos que reservam as maiores expectativas de crescimento este ano. Segundo Fernandes, o setor faturou cerca de R$ 2 bilhões no ano passado e deve crescer por volta de 10% este ano, alcançando um faturamento da ordem de R$ 2,2 bilhões.

Em São Paulo, onde estão localizadas cerca de 70% das empresas do setor do País, o segmento industrial deve ser favorecido por uma lei sancionada em março do ano passado pelo Governo do Estado. A lei impede que a roupa profissional, impregnada de resíduos tóxicos como a graxa, por exemplo, seja lavada de forma doméstica. O aquecimento do turismo de negócios na capital paulista é apontado como outro fator favorável para o setor de lavanderias. ""Muitos hotéis estão se instalando na cidade atraídos pelo turismo, que favorece também os restaurantes"", diz o presidente do Sindicato das Lavanderias e Similares do Município de São Paulo e Região (Sindilav), José Carlos Larocca. Outros segmentos que devem apresentar aumento de demanda para as lavanderias, como o hospitalar (devido à abertura de novos hospitais) e o de jeans (para conferir diferentes tonalidades para as confecções). (Valéria Serpa Leite - Gazeta Mercantil)

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