Sete dos 15 locais pesquisados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apresentaram recuo na produção industrial na passagem de janeiro para fevereiro, conforme aponta a Pesquisa Industrial Mensal Regional, divulgada nesta terça-feira, 8.
O IBGE já havia divulgado na última quarta-feira, 2, que a produção da indústria brasileira caiu 0,1% de janeiro a fevereiro. A divulgação desta terça-feira detalha um a um o comportamento dos locais pesquisados.
Localidades com recuo na produção industrial:
- Bahia: −2,6%
- Ceará: −1,0%
- São Paulo: −0,8%
- Santa Catarina: −0,6%
- Mato Grosso: −0,6%
- Rio de Janeiro: −0,3%
- Minas Gerais: −0,2%
De acordo com Bernardo Almeida, analista da pesquisa, há uma perda de intensidade na produção industrial, influenciada pela política monetária contracionista (aumento dos juros) para combater a inflação.
“Isso acaba estreitando mais as linhas de crédito, reduzindo os investimentos e fazendo com que as tomadas de decisão na produção sejam mais cautelosas”, afirma Almeida, acrescentando que esse cenário também impacta de forma negativa o consumo das famílias.
Apesar de não ser a maior queda nominal, o resultado de São Paulo (-0,8%) foi o que exerceu maior influência no total da indústria brasileira, pois o estado representa quase um terço (32,9%) do parque industrial brasileiro. O segundo desempenho negativo mais influente no mês foi o da Bahia (-2,6%).
Locais que expandiram a produção
- Pernambuco: 6,5%
- Paraná: 2,0%
- Pará: 1,6%
- Espírito Santo: 1,1%
- Amazonas: 0,9%
- Rio Grande do Sul: 0,5%
- Região Nordeste: 0,5%
- Goiás: 0,2%
Desses resultados, o que mais influenciou no índice nacional foi o Paraná, seguido por Pernambuco.
No acumulado de 12 meses, o IBGE identificou alta em 15 dos 18 locais pesquisados. A produção nacional expandiu 2,6%. A maior influência ficou com São Paulo, que cresceu a produção em 2,6% no período, seguido por Santa Catarina, 7,7%. Os maiores impactos de baixa vieram do Rio de Janeiro (-1,5%) e do Espírito Santo (-4,2%) respectivamente.
Com informações de Agência Brasil (Bruno de Freitas Moura)