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Turismo de negócios contribui para alta do turismo, na capital paulista, em agosto

Mês registra a quarta evolução consecutiva do índice mensal de atividade do setor; taxa de ocupação hoteleira se aproxima dos 50%

Turismo de negócios contribui para alta do turismo, na capital paulista, em agosto
Sua Franquia Publicado em 26 de Outubro de 2021 às, 08h00. Atualizado em 11 de Julho de 2023 às, 12h56.

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A taxa de ocupação dos hotéis está se aproximando a 50% na cidade de São Paulo, demonstrando fôlego mesmo após o período de férias escolares, em julho. A recuperação é influenciada, principalmente, pelo turismo de negócios – atividade extremamente importante para a cadeia hoteleira da capital – cujo número-índice ficou em 82,9, em agosto, 19% abaixo da média do primeiro bimestre de 2020, período pré-pandemia. Os dados são do Índice Mensal de Atividade do Turismo de São Paulo (IMAT-SP), do Conselho de Turismo (CT) da FecomercioSP em parceria com a SPTuris.

 

No mês de agosto, o IMAT-SP registrou aumento de 1,6%, em relação a julho, alta de 59,9% no contraponto anual – é o quarto crescimento consecutivo. Com as bases de comparação mensal e anual já se aproximando de quadros mais similares e condições relativamente normais, a partir de agora, as variações tendem a aparecer de forma menos acentuada. Os resultados no mês apontam para um caminho de recuperação consistente. O ritmo, no entanto, tende a ser mais lento, mesmo com o avanço da vacinação e a redução das restrições.

 

Em agosto, o emprego no setor continuou sua trajetória de expansão. Foram quase 6 mil trabalhadores formais a mais em quatro meses. Houve registro de crescimento de 0,6% na comparação com julho. A variação do emprego, em relação às demais variáveis que integram o IMAT-SP, costuma ser pequena, já que depende da decisão das empresas de contratarem pensando no planejamento empresarial de médio e longo prazos, e não apenas da escolha individual, como ocorre com as demais atividades.

 

 

O número de passageiros nos terminais rodoviários da capital cresceu 2% na comparação mensal. Desta forma, o índice está em 41,7 – maior nível desde março do ano passado. As férias de julho, o encarecimento e oferta limitada no transporte aéreo, além do aumento do preço dos combustíveis e da tarifa para locação de veículos, são razões para a escolha desta alternativa pelo consumidor.

 

No sentido contrário ao restante, a movimentação nos aeroportos de São Paulo e região retraiu 5,6% em agosto. Menos de 3 milhões de passageiros passaram pelos terminais aeroportuários no mês – quase três vezes mais do que no mesmo período do ano passado, momento em que ainda havia forte restrição de circulação e a malha aérea estava limitada. A expectativa é que a retomada aconteça a partir de novembro e siga até o carnaval.

 

Já o faturamento das empresas ficou praticamente estável, com variação de -0,4% na comparação mensal. Com a retomada dos eventos ao longo do segundo semestre, o índice deve acompanhar a tendência positiva do setor. Em novembro, por exemplo, ocorrem vários eventos programados para o mesmo fim de semana.

 

 

Desafios e oportunidades

Na avaliação da Federação, os eventos devem se destacar no fim do ano, contribuindo para o avanço do indicador. O setor foi um dos que mais sofreu ao longo da pandemia. Contudo, neste momento, altamente treinado e preparado para atender a orientações e exigências

 

Mariana Aldrigui, presidente do CT da FecomercioSP, destaca que, nos próximos meses, os empresários da cidade terão de lidar com o crescimento na demanda e a alta dos custos operacionais em razão da inflação e da pressão dos consumidores na busca por descontos.

 

“Eventos sociais serão catalisadores de ocupação em hospedagem e transporte, especialmente aos fins de semana. São Paulo tem grandes oportunidades no desenvolvimento de produtos para os segmentos de compras, gastronomia e cultura,” afirma.

 

 

Nota metodológica

O indicador é composto por cinco variáveis que têm os mesmos pesos para a criação do índice. São analisadas as movimentações de passageiros dos aeroportos de Congonhas e Guarulhos, assim como dos passageiros das rodoviárias, a taxa média de ocupação hoteleira na cidade, o faturamento do setor do turismo na capital e o estoque de emprego nas atividades exclusivas do turismo. O índice tem sua base no número 100, usada como referência de comparação em janeiro de 2020. Ele pode sofrer mudanças mensais em decorrência dos dados que compõem o cálculo, com a saída de projeções e a entrada de números consolidados na série.

 

Sobre a FecomercioSP

Reúne líderes empresariais, especialistas e consultores para fomentar o desenvolvimento do empreendedorismo. Em conjunto com o governo, mobiliza-se pela desburocratização e pela modernização, desenvolve soluções, elabora pesquisas e disponibiliza conteúdo prático sobre as questões que impactam a vida do empreendedor. Representa 1,8 milhão de empresários, que respondem por quase 10% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro e geram em torno de 10 milhões de empregos.

 

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