Mudar para outro país para trabalhar e estudar é uma escolha popular em muitas partes do mundo – e hoje em dia é uma escolha que não tem mais limite de idade. De acordo com a companhia Finaccord, se estima que havia 66.2 milhões de pessoas trabalhando longe de seus destinos de origem em 2017 e isso deve aumentar nos próximos anos. O interesse dos brasileiros por trabalho no exterior também cresceu. Na rede de franquias CI Intercâmbio e Viagem, o programa trabalhar e estudar teve um crescimento de 150% no ano passado.
De acordo com a Belta - Brazilian Educational & Language Travel Association, trabalhar e estudar no exterior alcançou o 2º lugar no rank de intercâmbios mais procurados no Brasil. E, assim, o interesse dos brasileiros por viver no exterior não para de crescer: dados da Receita Federal apontam que cerca de 21,7 mil pessoas deixaram o Brasil para viver em outro país em 2017, um aumento de 159% comparado com 2011.
Segundo a diretora educacional da CI, Tereza Fulfaro, muitos Brasileiros tem o desejo de estudar e trabalhar em outro país, porém não tem a visão de todas as possibilidades oferecidas para alcançar esse objetivo e participar de feiras pode ser uma maneira de adquirir esclarecimento e orientação sobre o assunto. Nas feiras da CI, por exemplo, costumam estar presentes diversos expositores e representantes de escolas internacionais, além dos consultores e especialistas, que podem auxiliar os interessados em como fazer o intercâmbio de trabalho e estudo com orientações complementares e orçamentos. A próxima feira da CI está prevista para ocorrer em 18 de agosto.
A Trust Intercâmbio Cultural e Turismo aponta também que intercâmbio é uma oportunidade única de ter uma experiência enriquecedora e inesquecível. A rede de franquia observa que, mais do que uma simples viagem turística, é uma chance de só de obter conhecimento em outra língua, mas também de desenvolvimento profissional e pessoal, visto que o intercambista irá sair de sua zona de conforto e viver em outra cultura. Trust Intercâmbio e Turismo é uma agência que está presente no mercado desde 2009 e, entre seus diferenciais está a oferta de uma assessoria completa e atendimento diferenciado aos interessados no assunto.
Dicas para planejar e aproveitar um intercâmbio
Pesquise bem os destinos
Para a especialista da CI, Jéssica Carvalho, antes de tudo, é indispensável saber em quais países é possível tirar o visto que permite trabalhar, além de estudar. E, desses, qual se encaixa melhor em seus objetivos, valores e até mesmo quais os programas oferecidos. “Nos Estados Unidos, por exemplo, mulheres entre 18 e 26 anos podem trabalhar como Au Pair, ganhando, além de uma ajuda de custo mensal, casa, alimentação e uma bolsa de estudos no valor de USD 500. Já na Austrália e Nova Zelândia o intercambista deve seguir o ensino progressivo, podendo iniciar em um curso de inglês e depois especializar-se em um profissionalizante. Isso dá a oportunidade de permanecer no destino, criando vínculos empregatícios e investindo em seu currículo”, comenta.
O planejamento é seu amigo
A rede Trust explica que não é necessário fazer uma planilha ou um plano extremamente detalhado, porém é muito benéfico checar rotas de metrô, linhas de ônibus, táxis. Entenda como funciona o local onde vai morar e quanto a sua moradia fica distante de onde você vai estudar. Muitos países possuem um serviço de meio de transporte muito bom e isso facilitará a sua vida.
Outro planejamento importante é o financeiro. Se for somente estudar, preste atenção no quanto precisará levar para se sustentar e também para aproveitar os dias de folga. Você estará em outra moeda, com outros custos para comer, morar, passear, por isso se atente antes de gastar tudo no primeiro mês e arranjar dividas para pagar quando voltar.
Faça uma poupança para ajudar nos custos
Separar uma parte do dinheiro e depositar em uma poupança pode parecer uma decisão difícil para os jovens, mas que no futuro trará ótimos benefícios para quem pretende estudar no em outro país. “A poupança é uma das melhores formas de conseguir um dinheiro certo para destinar em um intercâmbio. Mesmo que seja um investimento a longo prazo, a disciplina pode trazer bons frutos e aliviar possíveis dívidas”, recomenda Jessica, da CI.
Esteja aberto às oportunidades
Ao encarar a experiência de trabalhar em outro país, é importante estar disposto a aceitar os diversos trabalhos que possam aparecer, o objetivo principal do programa continua sendo o estudo. “A experiência é válida justamente pelo contato com outras pessoas e com o idioma em situações do dia a dia, por isso aproveite para colocar em prática tudo que aprendeu na sala de aula”, completa Jéssica, da CI.
Já a Trust, lembra que, além de proporcionar uma imersão cultural, o intercâmbio dá uma visão totalmente ilimitada de conhecimento. Para já estiver em outra fase (trabalhar ou uma especialização), também é importante estudar. É uma oportunidade única de aprendizado, além de uma forma de se inserir na cultura e conhecer pessoas.
Networking
De acordo com a EY, uma das maiores empresas de serviços profissionais do mundo, 41% dos profissionais gostariam de aumentar sua rede de contatos, mas acham que não tem tempo suficiente para fazer isso. No intercâmbio o estudante encontrará o momento ideal para expandir seus contatos.
Segundo a CI, esse contato com os colegas nativos ou estrangeiros, além de ser uma chance de aperfeiçoar o idioma, é uma grande oportunidade de criar um networking, ou seja, uma rede de contatos profissionais para futuros projetos, no próprio país ou até mesmo no Brasil.
Upgrade na carreira
Estudar um idioma em outro país já é uma ótima conquista para o currículo, mas fazer parte do dia a dia de uma empresa no exterior pode dar uma verdadeira alavancada para quem busca o sucesso profissional e crescimento pessoal. “Essa é a oportunidade de começar a pensar fora da caixa, de expandir sua perspectiva global. Experimente novos costumes e aprenda com as diferenças culturais, estudar no exterior vai te dar uma nova visão, não apenas em disciplinas acadêmicas e profissionais, mas também no modo de vida”, comenta Jéssica Carvalho, especialista da CI.
Uma experiência internacional pode significar uma alavancada rápida na carreira. “Em um mercado de trabalho competitivo, as habilidades adquiridas com o trabalho no exterior são um diferencial que farão do intercambista não só o candidato ideal para a vaga, mas a escolha preferida das empresas”, completa.
Viajei! E agora?
E, para fechar as dicas, a rede Trust dá uma dica final: antes de colocar o pé em território estrangeiro, tenha em mente a seguinte frase “não faça lá o que não faria em seu país”. É um ensinamento básico – e até antigo – que pode tirar o intercambista de muitas roubadas. Não vale pensar que, por estar longe de tudo, pode-se fazer o que quiser, até porque, em muitos países, a lei é bem mais rígida.