Com faturamento 85,9% maior em 2011 em relação a 2010, o setor de franquias de turismo e hotelaria foi o de maior destaque no ano passado, segundo a Associação Brasileira de Franchising (ABF). As explicações para a expansão vão desde o aumento de renda per capita do brasileiro e o momento econômico favorável do País, de modo geral, até a entrada de grandes redes hoteleiras estrangeiras no mercado nacional.
Os recordes de consumo brasileiro no exterior também ajudam a explicar o sucesso do setor, em especial das agências que lidam com câmbio. De acordo com o Banco Central, os gastos dos turistas brasileiros totalizaram US$ 3,74 bilhões em janeiro e fevereiro deste ano, o que representa um incremento de 17,12% em comparação com igual período do ano passado.
Uma das redes de franquias que se beneficiam do bom momento vivido pelo turismo nacional é a Fitta Turismo, agência com foco em câmbio. "Outro ponto a destacar é a conscientização sobre as vantagens para a economia local do mercado lícito de câmbio, em contraposição a doleiros e cambistas", avalia Rodrigo Macedo, diretor presidente da rede.
De acordo com o executivo, vem aumentando também o conhecimento dos turistas de que é vantajoso ir para o exterior com um cartão pré-pago em vez de usar o cartão de crédito. "O Imposto sobre Operações de Crédito, Câmbio e Seguros (IOF) é de 6,38% no cartão de crédito. No pré-pago, é de apenas 0,38%", explica Macedo. Vender cartões pré-pagos faz parte do negócio da Fitta.
Macedo conta que a empresa decidiu apostar no modelo de franquias em 2005 - época em que o governo federal passou a combater o câmbio ilegal e a atuar para desarticular as redes criminosas -, mas que a primeira unidade franqueada começou a operar em 2007. "Era um negócio novo no ramo no franchising, por isso o tempo maior de preparação", afirma.
Atualmente, a maior concentração de clientes da rede pertence à classe B, mas a classe C vem aumentando significativamente a sua participação. Segundo Macedo, em 2011 a franquia faturou 40% a mais do que em 2010. "Esse número é reflexo da abertura de novas unidades e também do aquecimento do setor como um todo", aponta o executivo.
Macedo afirma que não é necessário experiência no mercado de câmbio para se tornar franqueado da rede. "Preferimos que o candidato não conheça esse ramo, para não trazer vícios antigos", diz.
Fita Turismo em números
Setor: Turismo
Resumo do negócio: a agência oferece ao investidor a oportunidade de atuar no mercado legal de câmbio, adotando a política do governo de combater operações ilegais - conhecidas pelo mercado como câmbio paralelo ou black
Número de unidades: 65
Unidades próprias: 15
Unidades franqueadas: 50
Faturamento mensal médio: R$ 1,5 milhão após maturação da unidade
Taxa de franquia: R$ 60 mil
Taxa de royalties: 14% a 30% sobre o Resultado Operacional Bruto (ROB)
Taxa de propaganda: não cobra
Capital para instalação: o investimento inicial é a partir de R$ 350 mil, divididos em: taxa de franquia, R$ 60 mil; obras, R$ 3 mil/m², em média; estoque de moeda, R$ 100 mil; investimento em marketing, R$ 30 mil
Investimento inicial em marketing: R$ 30 mil
Taxa de franquia: R$ 60 mil
Capital de giro: R$ 60 mil
Prazo de retorno estimado: 18 meses
Principais concorrentes no segmento: no sistema de franquias, não possui concorrentes