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Erros contratuais em franquias ainda comprometem muitos empreendedores

Especialista aponta falhas comuns na formalização de contratos e orienta como garantir segurança jurídica no franchising

Erros contratuais em franquias ainda comprometem muitos empreendedores
Flávia Denone Publicado em 23 de Abril de 2025 às, 08h00. Atualizado em 23 de Abril de 2025 às, 08h00.

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Apesar do crescimento expressivo do setor de franquias no Brasil — que movimentou R$ 273,08 bilhões em 2024, segundo a Associação Brasileira de Franchising (ABF) — muitos empreendedores seguem enfrentando dificuldades que poderiam ser evitadas com maior atenção aos contratos. A projeção da entidade para 2025 é de um avanço de até 10% no faturamento do setor, mas especialistas alertam: o sucesso da operação passa, necessariamente, por um contrato bem estruturado e compreendido por ambas as partes.

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Segundo a advogada Giovanna Araújo, especialista em Direito Empresarial, Contratos e Propriedade Intelectual, erros na formalização contratual continuam entre os principais fatores de insucesso entre franqueadores e franqueados. “Um contrato de franquia vai muito além da cessão de uso da marca. Ele trata de padronização de processos, obrigações comerciais, taxas, exclusividade territorial e suporte operacional. Ignorar cláusulas críticas pode comprometer toda a operação”, afirma.

Confira os cinco principais erros cometidos em contratos de franquia — e como evitá-los. 

1. Assinar contratos sem revisão jurídica especializada

É comum que franqueados aceitem todas as condições impostas, confiando apenas na reputação da marca. No entanto, sem a análise de um advogado, o empreendedor pode assumir responsabilidades desproporcionais. “Cada cláusula deve refletir a realidade do negócio e o contexto de mercado”, explica Giovanna.

2. Ignorar a Circular de Oferta de Franquia (COF)

Documento obrigatório no franchising, a COF reúne dados financeiros, jurídicos e operacionais da rede. “Deixar de analisar esse material com atenção é abrir mão de informações estratégicas para o futuro do negócio”, alerta a especialista.

3. Cláusulas de exclusividade imprecisas

A definição do território de atuação da unidade deve ser clara para evitar conflitos entre franqueados. “Sem delimitação territorial, há risco de concorrência interna prejudicial à performance das lojas”, orienta.

4. Falta de transparência sobre taxas e penalidades

Royalties, taxas de marketing e possíveis multas contratuais devem estar claramente especificadas. “A ausência de clareza pode comprometer a rentabilidade do franqueado e levar a disputas judiciais”, diz Giovanna.

5. Uso indevido de marca e ativos intangíveis

A utilização da marca e da propriedade intelectual da rede deve estar regulamentada. “Franquias mal estruturadas nesse aspecto criam insegurança jurídica tanto para franqueadores quanto para franqueados”, ressalta.

Giovanna reforça que a formalização correta do contrato de franquia deve ser vista como um pilar de proteção e crescimento mútuo. “O papel do advogado é oferecer segurança, não burocracia. Um contrato bem feito antecipa soluções e evita riscos desnecessários”, conclui.

 

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