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Veja 8 principais tendências para o franchising em 2025

Os insights são das especialistas Novoa Prado e Thais Kurita, que falam ainda sobre o posicionamento estratégico das marcas em 2025

Veja 8 principais tendências para o franchising em 2025
Flávia Denone Publicado em 31 de Dezembro de 2024 às, 08h00. Atualizado em 31 de Dezembro de 2024 às, 08h00.

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O franchising continua batendo números expressivos de crescimento, faturamento e número de unidades. Isso faz com o que o segmento se profissionalize ainda mais e mostra como as franqueadoras tem lidados com os desafios, os superado e evoluído ao longo dos anos.

Com base em todos os dados positivos do segmento de franquias, as especialistas em varejo e franchising Melitha Novoa Prado e Thais Kurita, cias do NPMP – Novoa Prado Maciel Pinheiro Advogados, escritório multisserviço, listaram 8 principais tendências para o franchising em 2025.

1) Negócios criados para a Geração Z (e para outros públicos específicos)

Foi-se o tempo em que os investidores deveriam se adequar ao formato das franquias. Com a chegada da geração Z ao mercado de trabalho, as franqueadoras perceberam que existe a necessidade de adequação ao negócio para atender quesitos como fluência tecnológica (são investidores que se identificam e valorizam negócios digitais e tecnológicos); flexibilidade (de horário, local de trabalho, trabalho remoto); equilíbrio entre vida pessoal e profissional e propósito, entre outras questões que não eram tão valorizadas anos atrás.

“A preocupação com a questão territorial cede espaço ao projeto ESG da marca, seus valores e projetos para o futuro, porque essa geração busca um significado no trabalho, sem perder de vista a qualidade de vida, altamente estimada para essa geração”, pondera Thais Kurita.

Mas não é só a Geração Z que está na mira das franqueadoras para a criação de negócios específicos: a chamada ‘economia prateada’, aquela pensada para os consumidores acima dos 50 anos, agora é voltada para os investidores acima dos 50/60 anos, que têm potencial de investimento e deseja ter o negócio próprio também. “Negócios tradicionais podem requerer investimentos maiores, portanto, buscar investidores mais velhos pode dar mais assertividade ao processo de expansão. E esse público deseja investir em marcas sólidas, muitos deles se tornando multifranqueados em pouco tempo. Trazê-los para negócios que passem segurança é o segredo e uma tendência para 2025”, diz Thais Kurita.

2) Expansão internacional

Em 2024, aconteceu um movimento intenso de análises mercadológicas de marcas in loco, seja por participação em missões comerciais a outros países ou visitas isoladas. Mas é importante perceber que a internacionalização, hoje, é diferente de como foi feita há alguns anos. Se, antigamente, a ideia era levar uma marca para o exterior para fazê-la vender muito (assim como se traziam marcas estrangeiras para venderem muito por aqui), hoje se leva emprego, uma ocupação a brasileiros que vivem fora ou que desejam mudar de país.

Algumas marcas focam especialmente esse público, como é divulgado pela Doutor Hérnia, por exemplo, que chegou em 2024 aos Estados Unidos, mas que iniciará sua expansão por franquias em 2025. A Dr. Shape, por sua vez, abriu a primeira operação em Portugal com duas brasileiras que vivem há muitos anos na Europa.

3) Micro franquias

Sempre tendência, as micro franquias estão de olho no mercado de trabalho ao oferecerem negócios com investimento de até R$ 140 mil. São lojas, quiosques e propostas home office em versão reduzida de uma franquia, projetadas para quem quer ter seu negócio próprio, mas não tem o valor de investimento para uma franquia maior. Em geral, o franqueado opera a micro franquia com ajuda de um colaborador, especialmente nas situações de varejo que exigem dedicação diária, sete dias por semana, em longas jornadas.

4) Nano franquias

Existe uma diferença estratégica grande entre as micro e as nano franquias. As nano franquias não são uma versão reduzida do negócio, em formato de um quiosque, por exemplo. Elas são criadas pelas marcas em duas situações: pelas que já são grandes, dentro do business do franqueador, para pulverizar a marca em locais onde não cabem outros formatos de negócio, ou pelas prestadoras de serviços, que oferecem opções home based e têm baixíssimo custo operacional, como aquelas nas quais os franqueados realizam o trabalho no espaço do cliente ou precisam apenas de um computador ou smartfone para trabalhar.

No caso das grandes marcas, geralmente, elas já possuem uma plataforma de vendas digital e precisam abocanhar uma fatia de mercado maior, então criam esse canal de distribuição que será operado por um franqueado individual, o nano franqueado, que investe pouco para atuar na marca. No caso das prestadoras de serviços, existem inúmeras opções, em segmentos como corretoras de seguros, agências de viagens, reforço escolar, assistência técnica para computadores, entre outras.

5) Uso estratégico da Inteligência Artificial

Pode parecer estranho falar que é uma tendência para 2025 as franqueadoras utilizarem a IA no dia a dia, porque isso já acontece. Mas a tendência, aqui, é o uso estratégico da IA. Após a febre inicial do uso da IA para elaboração de manuais, check-list e até de contratos de franquia, as redes perceberam que a IA não foi capaz de prever o intangível: as pessoas envolvidas na relação de franquia, suas necessidades e reações à operação e às adversidades cotidianas.

O franchising é um sistema de gestão de pessoas e, por isso, cada franqueadora tem uma filosofia de trabalho, seus valores e metas. A Inteligência Artificial é incapaz, por exemplo, de elaborar contratos eficientes porque não é estratégica. Dessa forma, ela pode ser utilizada como ferramenta para diversas etapas da atividade da franqueadora, mas não para lidar com situações específicas do negócio, traçar estratégias e administrar conflitos. Isso tudo, apenas profissionais capacitados e experientes poderão fazer.  

“Investir em treinamento para capacitar e preparar as equipes com o objetivo de buscar maior eficiência na gestão da rede, unindo a tecnologia com o melhor do ser humano, será o grande diferencial para as franqueadoras de sucesso”, alerta Melitha Novoa Prado.

6) Fusões e Aquisições

Para algumas redes, os efeitos da pandemia estão chegando agora: empréstimos e financiamentos estão vencendo e elas não se recuperaram. “O endividamento é um dos motivos de algumas marcas se fundirem com outras e até de serem compradas. Dessa forma, elas ganham fôlego e não se envolvem em mais dívidas”, diz Thais Kurita.

7) Acessibilidade da documentação jurídica de franquia

Foi-se o tempo em que as franqueadoras aceitavam que seus documentos fossem elaborados de forma clássica e com linguagem jurídica. Ao contrário: é tendência que a documentação legal de franquia (Circular de Oferta de Franquia e Contrato de Franquia) seja redigida com a ajuda do visual law, uma estratégia que utiliza recursos gráficos para deixar mais objetivos e assertivos os critérios e regras ali dispostos.

O visual law permite que a documentação fique acessível ao candidato, mantendo seu conteúdo legal. Obrigatoriamente, esta documentação deve ser redigida por um advogado especializado em franchising, que conhece as características do sistema, sua legislação e as particularidades de cada segmento. Depois, é adaptada para o visual law, com aplicação de design e elementos gráficos, que a deixa mais acessível e compreensível, sem alterar sua estrutura legal ou invalidá-la.

8) Desafio aos paradigmas

O próximo ano também será importante para que as redes desafiem paradigmas. “É necessário avaliar o que já foi estratégico para o negócio e, hoje, não é mais”, enfatiza Thais Kurita. Ela cita alguns pontos, como a exclusividade do território, antes tão valorizada e, atualmente, menos importante que outras questões, devido à presença digital da marca e a exclusividade do franqueado em relação à marca (se ele pode ou não ser um franqueado multimarcas).

 

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