Balanço da Associação Brasileira do Franchising (ABF), divulgado nesta quarta-feira (5), indicou que as franquias em operação tiveram crescimento nominal na ordem de 19,1% no primeiro trimestre do ano quando comparado ao igual período de 2023. No período o setor faturou $ 60,560 bilhões.]
Em 12 meses, a alta foi de 14,3% fazendo o segmento faturar R$ 250,367 bilhões. Segundo a ABF, o resultado teve interferência direta fatores como: as datas sazonais, como a Páscoa, e a atuação do nicho de alimentação (tanto Comércio e Distribuição, quanto Food Service) e Serviços e Outros Negócios.
Para Tom Moreira Leite, presidente da ABF, “a taxa expressiva de crescimento das franquias no período reflete tanto a fortaleza do setor, que continua sua jornada de expansão e busca por eficiência e novos modelos de negócio, como eventos extraordinários. De fato, redes de chocolate relataram um grande resultado na Páscoa, agregando ao desempenho do primeiro trimestre um faturamento significativo. A identificação de mais marcas atuando no setor e uma forte demanda no nicho de sorveterias e açaís, associada à onda de calor, também alavancaram o setor como um todo neste trimestre”.
O executivo reforça os desafios que esse mercado ainda enfrenta como o comportamento do consumidor cada vez mais omnichannel e a carga tributária elevada e a pressão da inflação sob o poder de compra do consumidor.
Expansão e empregos
Os dados trimestrais indicam que houveram mais abertura do que encerramento de unidades, com alta de novos unidades de 4,3% e apenas 1,9% de fechamento. Já os repasses de franquias mantiveram-se estáveis.
Na distribuição das operações por localização continua o predomínio das operações de franquias em ruas, que passaram de 52,0% para 54,2%. As operações em shopping centers também se mantiveram na segunda posição, com uma redução de 22,2% para 19,8% (embora em termos absolutos tenha crescido).
A resultado do período foram novas 5.733 operações de franchising no País ante o período homólogo, totalizando 190.144 operações (dado extrapolado para o mercado todo). Em relação aos empregos diretos, o setor totalizou 1.658.000, 4,9% a mais do que no mesmo período do ano anterior.
Todos os segmentos cresceram
O setor que mais cresceu no período foi o de Alimentação Comércio e Distribuição, com alta de 43,9% no período analisado, Alimentação Food Service também se destacou com um crescimento de 26,6%. A pesquisa identificou ainda forte demanda nos nichos de sorveterias e franquias de açaí, associada a onda de calor. Por fim, algumas franquias de Food Service também tinham produtos voltados a Páscoa e foram beneficiadas.
Serviços e Outros Negócios registrou alta de 25,3% na comparação com o primeiro trimestre do ano passado. Na sequência vieram os segmentos de Entretenimento e Laser (19,6%), Casa e Construção (15,8%) e Saúde Beleza e Bem-Estar (14,7%).
“Embora todos os segmentos tenham crescido, neste trimestre, notamos uma maior heterogeneidade de resultados. Isso devido tanto a sazonalidade, como a condições de cada mercado. Por exemplo, em Moda este é um período tradicional de promoções e há uma maior concorrência no online. Já Educação continua seu processo de transformação, com o ganho de eficiência e abrangência com o digital”, explica Tom Moreira Leite.
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