A internacionalização das redes de franquia tem crescido de forma significativa. Dados da Associação Brasileira de Franchising indicou alta de 16% no número de franqueados que estão montando suas empresas no exterior. Além de entender da legislação e tributação local, é importante contar com empresa e/ou profissional especializado.
As franqueadoras colaboram em todas as etapas, mas o potencial franqueado precisa contar com aconselhamento jurídico, sendo essa figura indispensável para compilar todas as necessidades, desde vistos até a aquisição de licenças e demais documentações necessárias, conforme explicou Daniel Toledo, fundador da Toledo e Associados e sócio do LeeToledo PLLC.
“A primeira orientação é conversar com um advogado especialista no assunto, antes mesmo de iniciar as tratativas com a empresa, porque há muitos intermediadores, que obviamente querem ganhar comissão e vendem o que é mais interessante para eles e não para o cliente”, aponta.
A mesma atenção vale aos empreendedores brasileiros que querem investir em marcas estrangeiras. “O que mais existe hoje são empresas que ganham boas comissões ao vender determinada marca, prometendo uma rentabilidade para o cliente que não reflete a realidade. Obviamente, quanto mais precisam incentivar a venda, mais desafiador pode ser aquele negócio, o que lá na frente pode se tornar algo desastroso”, explica.
Como abrir uma franquia nos Estados Unidos
Além da dupla cidadania, o solicitante precisa dispor de uma quantia que varia entre 120 a 150 mil dólares, capital de giro e disposição para empreender e investir. A complexidade do visto E2 está presente na análise de risco e implantação de negócio, que é algo totalmente subjetivo. Diferente do L1 ou EB, em que a apuração é feita baseada em documentos, a conclusão desta modalidade envolve interpretação muitas vezes repleta de critérios.
O sucesso de todo o projeto vai depender também do profissional que fará a assessoria para o investidor. Caso não fique claramente caracterizado o risco, a solicitação será negada.
Franquias já estruturadas e conhecidas que estejam consolidadas não podem fazer parte desta proposta, apenas as que estão iniciando suas atividades. Somente as startups que visam um novo mercado e que estão abrindo a primeira loja nos Estados Unidos atendem ao pré-requisito. Investir em uma unidade do Mc Donalds, por exemplo, não caracteriza o risco.
A assessoria que vai apresentar o processo deve deixar claro que já foram contratados colaboradores, adquiridos equipamentos e estoque, contrato de aluguel assinado e que o planejamento proposto está sendo cumprido. Não basta apresentar para a imigração o extrato bancário com o valor necessário. É preciso ter uma loja, empresa ou ponto comercial e demonstrar capacidade de gestão.
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