O franchising está em crescimento exponencial no Brasil. Balanço da Associação Brasileira do Franchising (ABF) apontou que no primeiro trimestre de 2023 o setor cresceu 17,2% e apresentou receita de R$ 50,854 bilhões, dados esses comparados com o igual período de 2022. Já em relação ao faturamento do setor no acumulado de 12 meses, a alta foi de 16,1%, cuja receita avançou de R$ 188,568 bilhões para R$ 218,962 bilhões.
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A entidade informou que, a recuperação contínua do segmento de serviços após dois anos de demanda reprimida, colaboraram para o resultado no período. A pesquisa trimestral da ABF identificou, em contrapartida, que inflação, consumidor ainda receoso em gastar e a necessidade de reequilibrar as contas, gastos e dívidas ainda geram desafios ao setor.
De acordo com Tom Moreira Leite, presidente da ABF, “esse crescimento superior a 17% é a melhor performance já registrada em um primeiro trimestre do ano, marcando mais uma vez trajetória de recuperação do setor de franquias, já pontuada nos estudos anteriores. Ficam sinalizados também os avanços dos players do setor com mais investimentos na digitalização dos negócios, omnicanalidade, em fazer mais com menos, mantendo ganhos de escala, entre outros fatores. Mas alguns desafios se mantêm, como um mercado mais competitivo e instável, com um consumidor mais exigente, a recuperação do tíquete médio, impactado pelos descontos para manutenção da demanda ao longo da pandemia, além dos reflexos das incertezas no campo macroeconômico, a inflação e juros em níveis elevados e a histórica dificuldade na obtenção de crédito”.
Alta em todos os segmentos
O balanço trimestral da ABF reportou alta em todos os segmentos, sendo o de turismo e hotelaria o que maior cresceu e contribuiu para o resultado no período, ao ter alta de 37,5% quando comparado ao primeiro trimestre do ano passado (2022).
Outros setores que tiveram maior contribuição no período foram:
- Saúde, Beleza e Bem-estar, com alta de 27%;
- Alimentação Food Service, cuja receita cresceu 21,2%,
- Limpeza e Conservação, com faturamento 19,2% maior comparado ao 1º trimestre de 2022.
- Alimentação – Comercialização e Distribuição, cuja receita cresceu 18,6%.
Lojas de rua prosperam
O balanço trimestral da entidade setorial constatou ainda que as no período houve uma predominância de abertura de franquias em lojas de rua. Segundo o levantamento, houve uma ligeira alta da participação desses pontos de venda (PDVs) no período analisado, passando de 51,7% para 52,0%. As operações em shopping centers vêm em segundo lugar, também com uma alta, de 20,0% para 22,2%.
Outros formatos apresentaram maiores variações quanto à localização das franquias: Supermercados/Galerias, que saltaram de 2,6% para 4,2%; Terminais de Transporte, de 0,9% para 2,0%; Strip Mall, de 0,4% para 1,7%, e Virtual, de 0,8% para 2,7% - estes dois últimos tipos de localização, aliás, foram analisados pelo segundo ano consecutivo.
Já as operações Home Based tiveram um decréscimo na participação em relação aos demais formatos, passando de 14,8% para 10,1%, como um possível reflexo do término do isolamento social. As unidades localizadas em pontos comerciais menos tradicionais, classificados como “Outros” (Prédios comerciais, Postos de combustível – Conveniência –, Condomínios residenciais, Store in Store, Hospitais e Clubes esportivos) também apresentaram uma redução na participação no período pesquisado, passando de 8,7% para 5,2%.
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Fonte
Divulgação