O mercado brasileiro de franchising está entre os mais competitivos do mundo. O Brasil ocupa atualmente o sexto lugar no número de unidades franqueadas, com 160.958 operações, mais de 2.918 redes de franquias em atuação no país e empregando cerca de 1.358.139 trabalhadores empregados (ABF, 2019).
Esse cenário favorável vinha principalmente da agenda econômica do Brasil e as reformas promovidas pelo governo, que contribuíram significativamente para os bons resultados das franquias no último ano. Todavia, esse cenário não representa mais a realidade atual.
Com a crise no varejo e no consumo causado pela COVID-19, muitas redes de franquias estão fechando unidades e infelizmente também não veem perspectiva de melhoras consideráveis ao um crescimento sustentável de suas franquias no curto, médio prazo. Já os países desenvolvidos, mesmo também impactados por esse cenário, tendem a se recuperar mais brevemente quando comparado ao Brasil.
Além de um futuro de curto prazo incerto no país, há também outros principais argumentos quando se busca a internacionalização de franquias: como mercado doméstico pequeno ou saturado, estrutura do mercado brasileiro e barreiras de entrada à atuação da empresa, vantagens comparativas no mercado externo e otimização da produção incentivam as empresas de franquia e potencializarem o seu desenvolvimento nos mercados internacionais. Além dessas questões com foco mais mercadológico e estratégico, há também a demanda vinda do exterior de imigrantes que desejam mudar para outro país e veem nas franquias uma possibilidade de trabalho e fonte de rende por meio do empreendedorismo. Vale pontuar, pesquisar e acompanhar a onda de brasileiros que migrarão para Europa e Estados Unidos por conta da crise e estarão buscando oportunidades no exterior.
Mesmo com o grande esforço no processo de internacionalização de franquias, esse se mostra uma estratégia importante e relevante para aquelas empresa que buscam melhorar sua percepção de marca no mercado doméstico. O consumidor brasileiro identifica mais valor na marca, uma vez que essa atua internacionalmente, o que remete a uma qualidade superior do produto, aumentando a reputação da marca e, consequentemente, impulsionando vendas.
Visto isso, um movimento de internacionalização de franquias, principalmente em um período de crise, gera benefícios e oportunidades tanto para a franqueadora em busca de novos mercados, como para indivíduos que estejam buscando novas fontes de renda e desejam mudar para o exterior, como também para o consumidor que identifica nesse movimento o desenvolvimento de novas competências e inovações que trazem mais benefícios no consumo.
Processo
O processo de internacionalização de franquias, todavia, exige um plano estratégico robusto e cuidadoso e uma análise mais aprofundada a fim de verificar as peculiaridades dos mercados internacionais em que se busca expandir.
Não se deve assimilar o mesmo operacional de expansão no Brasil e no exterior. Depois de uma profunda análise de viabilidade de expansão do exterior, é necessário adaptar a estrutura da franqueadora e seus processos a fim de atender os franqueados principalmente de maneira remota. O formato de expansão, franquias ou micro franquias por exemplo, e até o perfil do franqueado deverão ser reavaliados quando se trata de uma expansão no exterior.
Quando pensamos em globalização e internacionalização, um ponto importante é a adaptação dos produtos e serviços para a realidade e demandas locais dos consumidores, se tornando muitas vezes necessários os ajustes nos produtos e serviços e muitas vezes também do formato do negócio, exigindo grande compromisso e adaptação das franqueadoras.
Outro ponto crítico para o sucesso do Franchising é a avaliação financeira e fiscal de cada país focal, a fim de entender a real viabilidade da internacionalização de franquias.
Cuidados
Além de todo o cuidado com os processos para uma implementação viável e sustentável dos modelos de negócio, adaptando, produtos, modelo de negócios, analisando o mercado em todos os âmbitos, e adaptando a estrutura da franqueadora, há também fatores culturais que devem ser levados em consideração ao considerar a internacionalização de franquias. Essas diferenças podem até comprometer o relacionamento entre franqueadora e franqueado como também pode transferir demasiado controle sobre o modelo de negócio para que o franqueado possa adaptar-se as demandas locais.
Como já mencionado, no mercado externo, a marca não possui a reputação que possui no mercado doméstico, na grande maioria das vezes. Por isso, também deve-se levar em consideração quando escolher o perfil do franqueado desejado pelo franqueador, ajustando as necessidades financeiras exigidas para se integrar a cadeia de franchising com o novo nível de serviço e reputação que será entregue ao franqueado, com o intuito de atrair mais candidatos.
Como se preparar
Se a empresa identifica um cenário favorável para internacionalização de franquias, é necessário seguir etapas cuidadosas para que esse movimento seja de sucesso.
Primeiramente, é preciso definir o mercado-alvo, com a escolhas dos países e régios, a partir de profundas análises de mercado, concorrência, barreiras de entrada, perfil e comportamento do consumidor e regime fiscal dessas localidades. Depois disso, é necessário adaptar o modelo de negócio que será expandido de acordo com as análises realizadas na etapa anterior, a fim de melhor atender as necessidades locais do país em que a franquia será instalada.
A partir do modelo da franquia a ser internacionalizado, deve-se pensar na infraestrutura necessária para operacionalização essas unidades no exterior. Essa etapa contempla principalmente a reestruturação da franqueadora para atender as demandas do mercado externo, principalmente no que remete a acompanhamento do franqueadora remotamente. O desenvolvimento de uma cadeia de exportação também pode se mostrar necessária dependendo do ramo de atuação como também o desenvolvimento de fornecedores e parceiros locais.
Quando a infraestrutura tanto da franqueadora quanto da franquia estão alinhadas, o último passo é entrar o franqueado ideal e treiná-lo no padrão que a franqueadora definiu. Para isso, é necessário levantamento das novas competências necessário para operacionalizar o negocio e traçar o novo perfil do franquiado e capacitá-lo e oferecer o suporte necessário para atuar em frente a franquia no exterior.
O processo em linhas gerais parece simples, mas vale ressaltar a importância de profissionais que sejam especialistas em internacionalização de franquias a fim e dar o suporte necessário para a adequação do modelo de negócio ao merca o externo, uma vez que é um movimento de risco e deve ser bem calculado.
O Grupo BITTENCOURT atua com parceiros na Europa, Austrália e Estados Unidos, que detém a expertise do mercado no exterior e atuam conosco para a potencialização de resultados dos clientes que veem na internacionalização de franquias um movimento potencial para expansão de sua rede e principalmente no cenário atual.
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