Início / Notícias / Finanças / Cartão de crédito tem sido usado para garantir alimentação e saúde

Cartão de crédito tem sido usado para garantir alimentação e saúde

Alta da inflação e diminuição do poder de compra colaboram para uso do recurso e para o endividamento

Cartão de crédito tem sido usado para garantir alimentação e saúde
Flávia Denone Publicado em 21 de Abril de 2023 às, 08h00. Atualizado em 11 de Julho de 2023 às, 12h56.

Compartilhe:   

Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic) apontou que em 2022, a cada 100 famílias, 78 estavam endividadas. Isso faz com que o Brasil seja considerada a nação com maior taxa de endividamento do mundo. O aumento da inflação e a diminuição do pode de compra faz com que os brasileiros recorram ao cartão de crédito para suprir necessidades básicas de alimentação e saúde, por exemplo.  

O reforço desse hábito foi constado pela Peic, que identificou que 86,6% das famílias brasileiras encerraram 2022 com dívidas no cartão de crédito, sendo essas dívidas relacionadas a comoras feitas em setores alimentícios com 65%, seguido de roupas, calçados e eletrodomésticos (48%), saúde (41%) e delivery (22%).

Para o especialista Fernando Lamounier, diretor da Multimarcas Consórcios, a modalidade é vista como um valor adicional ao orçamento mensal. “As pessoas vêm utilizando o cartão de crédito para compras do dia a dia e a capacidade de parcelamento levou-os a acreditar que ao dividir uma compra a dívida fica menor, quando na realidade, antecipa as dívidas do próximo mês”.

Dados do Banco Central (BC) indicam que os bancos cobram, em média, 411,5% de juros ao ano (14,5% ao mês) na modalidade de “crédito rotativo”, ou seja, quando não é pago o total da fatura. Tal taxa chamou a atenção do Ministro da Fazenda, Fernando Hadadd, que chamou os presidentes das principais instituições para uma conversa e tentativa de diminuir o índice muito alto. Lamounier aponta que ao adquirir o crédito rotativo, o cenário de inadimplência é maior por se tratar de uma manobra perigosa.

 

Perfil do devedor

Dados da CNC mostram que o perfil mais comum de endividados são mulheres jovens e de baixa escolaridade. Pensando nisso, há uma urgência em relação à falta de educação financeira e como o cenário pode ser revertido com o ensino adequado. “É necessário que a educação financeira seja cada vez mais incentivada na nossa sociedade. A consciência de gastos e o planejamento para realização de grandes projetos beneficia não apenas o detentor do dinheiro, mas todos ao seu redor”, destaca Lamounier.

Fonte

Divulgação

PUBLICIDADE

Tem interesse no mercado de franquias?