No último dia 22, a Associação Brasileira de Franchising (ABF) divulgou o balanço do setor referente ao ano passado. Segundo a entidade, o saldo positivo foi consequência da melhora do cenário econômico e definição do quadro político. O segmento apontou um crescimento nominal de 7% da receita em comparação a 2017.
As estimativas continuam otimistas. Nos dados apontados, a avaliação é que o mercado gere 8% mais empregos diretos no mesmo período, totalizando cerca de 1,3 milhão de trabalhadores contratados. Já para os números de unidades em expansão é de 5% de crescimento e novas marcas 1%.
Esse aquecimento se deve pelo fim das eleições, aumento de vendas na Black Friday, reaquecimento do varejo e aumento da confiança empresarial. Segundo o presidente da ABF, André Friedheim, “houve uma recuperação perceptível das vendas no varejo e especificamente no franchising neste último trimestre, somada a um sentimento de maior otimismo refletido na elevação da bolsa e em outros indicadores”.
“O franchising colocou à prova seus fundamentos básicos, como o trabalho em rede, os ganhos de escala e as redes, de forma geral, procuraram manter o foco em inovação, aportando tecnologia às suas operações e investindo em novos formatos”, explica o presidente segundo a assessoria da entidade.
A BRMania, rede de franquias de conveniência de postos de gasolina da bandeira Petrobrás, ficou entre as 10 primeiras colocadas no ranking das 50 Maiores Franquias do Brasil, também divulgado pela ABF. Segundo o porta-voz e gerente de Negócios de Varejo da Petrobras Distribuidora, Leonardo Burgos, 2018 foi um ano de revisão de franqueados. “Foi realizado o trabalho de revisão de base de lojas, permanecendo na rede os que enxergam a franquia não apenas como uma geradora de tráfego para o posto, mas também como um negócio que amadureceu e precisa ter a gestão focada nas características que o cliente busca em uma loja de conveniência: rapidez, praticidade e conforto, ou seja, acolhimento. A combinação perfeita entre produto, atendimento e bom ambiente.”
Ocupando a 12ª posição, a Seguralta, empresa corretora de seguros, subiu cinco posições este ano e tem muito o que comemorar. “Tivemos um crescimento significativo tanto na venda de novas unidades quanto na produção das lojas próprias e franquias. Subir cinco posições entre as maiores redes de franquias e estar no 12º lugar é muito gratificante”, diz Reinaldo Zanon, CEO do Grupo Zanon Holding de Franquias.
Expectativas para 2019
Para este ano, a ABF projeta um crescimento no faturamento do setor entre 8% e 10%. A estimativa de geração de empregos para 2019 é de 5% e de unidades em expansão, de 5% a 6%. A prospecção para o surgimento de novas marcas, 1%.
“As expectativas dos franqueadores para 2019 são positivas. O clima de otimismo observado no país com o início do novo governo e as possíveis medidas para estimular o crescimento econômico, incluindo a implantação das reformas da previdência e fiscal, favorecerão a retomada dos investimentos e o crescimento do franchising”, afirma o presidente da entidade.
Validando as estimativas da ABF, a BRMania está com boas expectativas para 2019. “Acreditamos que o mercado de franquias vai se beneficiar, do crescimento da economia e as melhores reservadas às empresas que souberem oferecer de uma forma ágil e simples soluções de conveniência e mobilidade para os consumidores”, afirma Burgos.
“Na BRMania, retomaremos o crescimento de nossa base de lojas e do faturamento por franquia com investimento significativos em pessoal, suporte operacional aos franqueados, novas parcerias comerciais com a indústria, novo plano de desenvolvimento de categorias, melhorias nos sistemas de automação comercial e revisão de processos internos.”
A Seguralta, após um ano de expansão, diz confiar no mercado e espera um 2019 ainda melhor. “As perspectivas são muito boas, acreditamos bastante na retomada da economia. Estamos bem otimistas, com uma previsão de crescer 40% em produção este ano.”
“Enxergamos como um mercado promissor e em constante crescimento. O número de brasileiros querendo empreender só aumenta e contar com o know-how e credibilidade de uma marca já testada facilita muito para o investidor”, conclui Zanon.