Atualmente, o brasileiro gasta cerca de 25% de sua renda mensal em alimentação fora do lar, segundo dados divulgados pela Associação Brasileira de Frachising (ABF). Para 2019, a expectativa é que o setor franquias tenha um faturamento entre 8% e 10%, com incremento de 5% na geração de novos empregos.
Para quem busca empreender, o mercado de franchising é um caminho seguro para o sucesso. Um dos modelos de negócios com menor valor de investimento e grande demanda são as franquias delivery. A apenas um clique ou uma ligação de distância, produtos e serviços estão à disposição de clientes sem sair de casa.
Segundo a Associação Brasileira de Bares de Restaurantes (ABRASEL), o crescimento de produtos via aplicativo gira em torno de R$1 bilhão por ano. O número representa um aumento de 12% e faz com que o setor movimente cerca de R$11 bilhões e casa doze meses.
Mais utilizado no setor de alimentação, o modelo de delivery possui alta aceitação do consumidor e demanda pouco investimento e logística operacional. Um exemplo de franquia por entrega a domicílio de sucesso é a Dídio Pizza. Na rede são vendidas cerca de 420 mil pizzas por ano em suas 24 unidades. O fundador, Elidio Biazini, da marca baixou o investimento inicial de R$310 mil para R$265 mil sem que isso prejudicasse o padrão de qualidade das unidades e do produto.
Outro grande segredo é saber investir em marketing digital e canais de distribuição. A tecnologia é uma preciosa aliada do setor e fez com que o número de pedidos crescesse e a oferta de pratos também. "Exemplo disso é que hoje, nossos canais de venda estão cada vez mais conectados com o mercado. Temos nosso próprio aplicativo e também temos uma Central de Vendas única que concentra todos os pedidos vindos por telefone e os organiza e redireciona para as unidades de forma eficiente e rápida. Nas nossas cozinhas não é diferente, assim como na montagem de novas unidades", conta Biazini.
A empresária Camila Miglhorini criou a rede Mr. Fit com a proposta de oferecer alimentação saudável preparada de forma rápida e a um preço acessível. Entre os modelos de franquia oferecidos pela marca, o delivery demanda o menor investimento inicial, cerca de R$39 mil. "Uma operação de delivery além da questão do investimento baixo, o retorno financeiro vale a pena uma vez que o empreendedor consiga fidelizar seus clientes e o retorno do capital investido ocorre mais depressa (por ser menor) e muitas vezes com esse retorno rápido o empreendedor consegue investir mais em ações para popularizar sua operação (marketing)", conta a CEO da rede.
Outro fator que contribuiu para a expansão desse tipo de franquia é a mudança de comportamento do consumidor. Com a rotina acelerada, muitas pessoas optam por pedir comida ao invés de cozinhar com o comodismo de não sair de casa. "Com o dia a dia cada vez mais atribulado, vem crescendo o número de pessoas que opta por receber comida em casa ou no trabalho, seja no horário de almoço ou no jantar. Além disso, também vem aumentando o número de profissionais que trabalha em home office. Essas pessoas podem receber, em casa, uma refeição saudável e saborosa", completa.
A operação enxuta também contribui para implementar esse modelo de negócios. Uma unidade de delivery não precisa se preocupar com um amplo espaço para estacionamento ou com a localização, por exemplo. Além disso, o serviço de entrega demanda menos gastos com mão de obra.
Em contrapartida, os gastos com marketing e divulgação acabam sendo maiores. É necessário um investimento forte em mídias, já que não existe um ponto comercial em evidência. Faturamento inferior aos de outros modelos também é um dos pontos negativos. "Uma vez que não existe espaço para consumo no local, o faturamento tende a ser menor que operações que possuem os dois modelos (entrega e consumo local)", explica Camila.