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Os desafios de deixar de ser funcionário para ser patrão

Para empreender e tornar-se dono de uma unidade franqueada é importante estar preparado para encarar os desafios do início da operação

Os desafios de deixar de ser funcionário para ser patrão
Sua Franquia Publicado em 26 de Janeiro de 2019 às, 06h51. Atualizado em 11 de Julho de 2023 às, 12h56.

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Empreender inclui muitos desafios, principalmente para quem sempre atuou como funcionário. Mudar o modelo mental de empregado para dono de um negócio requer empenho e muita dedicação. E quando o negócio é na área do franchising há ainda outras peculiaridades que devem ser observadas.

Para Wilma Dal Col, diretora do ManpowerGroup, há 5 pontos de atenção antes de empreender. A primeira dica dela é fazer uma análise sincera de estilo de vida e ambição, perguntando-se qual a real disposição para assumir riscos. Na sequência a especialista sugere que se faça uma reflexão sobre o quanto se está disposto a flexibilizar conceitos como segurança, independência, dinheiro e sucesso. Para isso, Wilma observa que ter autoconhecimento é muito importante. “Reconhecer suas fortalezas expressas na capacitação, nas habilidades e no conhecimento, reconhecendo também pontos de atenção para melhoria e aprimoramento é essencial. Com isso, vale também pensar no investimento considerando ganhos de curto, médio e longo prazo e retorno efetivo do capital investido, avaliando bem suas condições financeiras e a forma como terá que administrar suas finanças para entrar neste negócio”, aponta.

Empreendedor de primeira viagem

Dilson Damasceno, 36 anos, sabe bem dos desafios de empreender pela primeira vez. Ele sempre foi empregado e trabalhava como gestor de almoxarifado e recebimento fiscal em uma indústria, quando foi demitido em fevereiro de 2018. No último mês de setembro Dilson abriu uma unidade franqueada da rede Fruit Truck, sonho que vinha desenvolvendo desde abril, quando conheceu a marca na Feira do Empreendedor do Sebrae.

O maior desafio destacado por Dilson no processo de empreender como franqueado foi a falta de referência de alguém que já tivesse tocado o próprio negócio. Era tudo muito novo e o primeiro mês foi bem complicado até ele entender como funcionava a gestão do estoque e atendimento aos clientes. Caso algo saísse do controle, ele teria prejuízo. Dilson também destaca também a busca diária pelas vendas. Na sua antiga ocupação, ele apenas esperava o salário cair na conta. Hoje, ele precisa ganhar o salário todos os dias. A unidade dele fatura entre R$13 mil e R$15 mil por mês. 

Busca por conhecimento

A empreeendedora Daniele Felde, com 41 anos e uma filha de 8 anos, abriu recentemente uma franquia da Chá & Arte. Ela trabalhou por 13 anos com análise de sistemas em uma multinacional até que teve que passar por um processo de transição de carreira e resolveu empreender. Para isso, seu primeiro passo foi fazer uma especialização na área de Empreendedorismo e Inovação, assim adquiria mais conhecimento para se tornar empresária.

Ela escolheu a marca Chá & Arte por ser uma marca que já conhecia há mais de 10 anos, o que certamente faciltou o início de sua operação como franqueada. Foi a oportunidade de passar a exercer um trabalho com mais qualidade de vida, voltado ao bem-estar das pessoas e fora da competitividade do ambiente corporativo. Hoje, após duas semanas de funcionamento da loja, ela está bem otimista e feliz por ter mudado.

Desemprego

Os motivos que leva as pessoas a empreenderem são os mais diversos, porém, há um bem comum: a necessidade de gerar renda em razão de desemprego. É o caso da Priscila Santana, franqueada Mania de Passar. Ela e o marido foram demitidos na crise, com isso, pegaram as economias e resolveram vender bebida em baladas e bailes. Com o dinheiro arrecadado investiram no negócio.

"A grande dificuldade foram os desafios diários como ter mais agilidade para passar as roupas, já que não tinha experiência com esta atividade, e, mesmo depois do treinamento, levava horas para passar um lençol ou uma simples camisa. Como trabalhava com prazos tinha que entregar as roupas, por isso, chegava a trabalhar até de madrugada. No começo era difícil porque só tinha uma tábua então eu e meu marido revezávamos. Ele dormia, eu passava, depois eu descansava um pouco e ele passava. Passado este período, mudamos para um lugar maior, começamos a investir em equipamentos profissionais”, conta.

No entanto, os desafios não pararam por aí. Mesmo com o equipamento profissional, ela começou a "amarelar" as camisas sociais dos clientes, pois desconhecia a potência do ferro que era muito alta e em contato com a tábua que não era profissional por isso queimavam. “Após muitas conversas com o suporte, a equipe de treinamento, e até com outros franqueados consegui adaptar a minha tábua para poder passar as roupas sem queimá-las. Mais tarde o desafio foi atender à crescente demanda, nesse momento tive que ir atrás de mão de obra, no caso, passadeiras, o que foi muito difícil. Agora o desafio é captar mais clientes, fazer divulgação e chegar na meta de 100 contratos - atualmente tenho 60", conta Priscila Santana, franqueada Mania de Passar.

Gosto de infância

Tássio Braga Câmara sempre teve vontade de empreender e ser dono do próprio negócio. Foi durante uma feira do mercado de franquias que ele resolveu colocar o plano em prática: conheceu a Acquazero e logo se identificou com a marca. “Sempre gostei de carros desde pequeno. Quando eu era criança, era eu quem fazia a limpeza dos carros na minha casa”, explica.

Atuando através do modelo home office desde outubro deste ano em Betim (MG), Tássio trabalha como motorista de aplicativo nas horas vagas. Para ele, a parte mais difícil foi definir o modelo de negócio que mais se encaixava em seu perfil.

O empresário conta que um dos maiores desafios de ser dono do próprio negócio é dar conta de tudo. “Sou eu que gerencio tudo: comprometimento com o horário de trabalho (já que todo o serviço depende de mim), realizar um bom atendimento ao cliente, tomar conta do faturamento, marketing, burocracia e rotinas administrativas”. Mas todo o esforço é recompensado e vem com a certeza de que o negócio dará certo. “Optei por abrir uma franquia pela facilidade de a marca já existir no mercado. Pude conhecer de perto as pessoas e os serviços da rede e só tive bons retornos dos clientes que já conhecem a Acquazero”, diz.

Atuação comercial

Fundada em 1991, a SNC é pioneira no Brasil na oferta de suplementos e vitaminas com foco totalmente direcionado à promoção de saúde, bem-estar e performance. Presente nas principais regiões do país, tem a missão de transformar a vida das pessoas com profissionais que são entusiastas da saúde. Com isso, a atuação dos franqueados da rede é basicamente comercial.

Camila Cherman Bergman desde o início da faculdade sonhava trabalhar em grandes empresas e esse sonho se realizou. Foram 16 anos trabalhando em multinacionais nas áreas de Trade Marketing, Marketing e Comercial. “Iniciei a vida de empreendedora por acaso, não era algo que eu buscava, não estava nos meus planos.  Mas quando a oportunidade apareceu, refleti, avaliei e aceitei o desafio, que não é pequeno.  Esse é só o começo de uma grande mudança na forma de trabalho, que é mais desafiadora do que todas as minhas experiências anteriores", conclui Camila, que inaugurou uma unidade da rede em Moema/São Paulo há poucos meses.

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