O setor de franchising apresentou um crescimento nominal de 6,3% no 3º trimestre de 2018, no comparativo com o mesmo período em ano anterior. O faturamento das redes de franquias brasileiras evoluiu de R$ 41 bilhões para R$ 44 bilhões. No acumulado dos últimos 12 meses, o setor apresentou um acréscimo de 7%, passando de R$150 bilhões para R$170 bilhões. Os dados foram revelados na Pesquisa Trimestral de Desempenho do Franchising divulgada pela ABF – Associação Brasileira de Franchising.
De acordo com Altino Cristofoletti Junior, presidente da associação, embora o país tenha registrado um mês de agosto bastante positivo, nos meses de julho e setembro o consumidor estava mais retraído, possivelmente impactado pelas incertezas inerentes ao cenário pré-eleições. Dessa forma, para manter-se em alta, o franchising brasileiro intensificou a busca por eficiência e novas soluções, o que se traduziu na busca por novos formatos, perfis de público e mercados. “O investimento em novas tecnologias, especialmente na área digital, também continuam e estão ajudando as redes a aprimorarem suas operações”, aponta Altino.
Com este desempenho, a ABF indica que o crescimento do setor ao longo de todo o ano de 2018 deve ser na casa de 7% em faturamento e de 5% em unidades franqueadas. Com isso, a quantidade de redes em operação no franchising brasileiro deve estabilizar na faixa de 2800 redes.
Crescimento
O percentual de novas unidades franqueadas no período foi de 3%, superior ao índice de 1,6% de unidades encerradas, o que significa uma elevação de 1,4% no período.
Já o crescimento do setor de franchising também acarreta a criação de mais de 80 mil postos de trabalho no 3º trimestre. Segundo a pesquisa da ABF, houve um crescimento de 6,7% no número de oportunidades de emprego no setor, que acumula 1,286 milhão de empregados no setor. Em relação ao 2º trimestre o crescimento foi de 5%. Esse movimento está em linha com a lenta queda do desemprego que em setembro chegou a 11,9%, segundo dados do IBGE.
Segmentos
Todos os 11 segmentos listados pela ABF tiveram desempenho positivo no 3º trimestre no comparativo com o mesmo período em 2017. O maior destaque ficou por conta do segmento de Entretenimento e Lazer, com alta de 25,2%. A diversificação de serviços, o lançamento de novos formatos de negócios e a expansão em unidades foram os principais fatores que contribuíram com esse avanço.
O segmento com o segundo maior crescimento foi o de Serviços e Outros Negócios, que apresentou 10,3% de elevação. Já o terceiro melhor desempenho foi registrado em Saúde, Beleza e Bem-Estar, com 9,7%, que cresceu alavancado principalmente pela venda de produtos de higiene e beleza e o desempenho de redes de depilação e outros serviços estéticos. Em 4º lugar está o segmento de alimentação, que apresentou alta de 6,7%.
