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Empoderamento das Mulheres: quase metade dos empreendedores brasileiros são mulheres

Sebrae aderiu ao Princípios de Empoderamento das Mulheres na Onu e aponta que Brasil conta com 24 milhões de empreendedoras. No franchising, há empreendedoras de sucesso, sendo que 12% das redes são lideradas por mulheres.

Empoderamento das Mulheres: quase metade dos empreendedores brasileiros são mulheres
Sua Franquia Publicado em 16 de Agosto de 2018 às, 10h36. Atualizado em 11 de Julho de 2023 às, 02h59.

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o Sebrae passou a fazer parte de um grupo de mais de 170 entidades públicas e empresas que aderiram aos Princípios de Empoderamento das Mulheres da Organização das Nações Unidas (ONU). A adesão, que vai fortalecer o empreendedorismo feminino no país, que já conta com 24 milhões de empreendedoras, número pouco inferior ao universo masculino, que é de 25,4 milhões.

“Este é um ato de grande simbolismo para as mulheres e para o Sebrae. Temos a capacidade de agir de forma efetiva na economia em todo o País, seja no Amazonas, seja em São Paulo. Este ato ajuda a deixar mais clara a nossa proposta, que é o empreendedorismo que transforma. E as mulheres têm essa capacidade de transformar”, disse Heloisa Menezes, diretora técnica e presidente em exercício da instituição.

No evento em que o Sebrae aderiu aos Princípios da ONU, Heloisa Menezes anunciou também que a entidade desenvolveu um projeto-piloto a ser levado para nove estados: a cartilha “Mulheres de Negócios”. “Vamos alcançar esse tipo de empreendedorismo por meio da capacitação, sensibilização e inteligência”, explicou. Essa publicação visa promover a igualdade entre homens e mulheres. Segundo a ONU Mulher no Brasil, pelas estatísticas, o país, assim como o restante do mundo, apresenta uma situação em que as mulheres ainda estão atrás dos homens em relação ao empreendedorismo.

Mulheres no franchising

Estudo realizado pela ABF - Associação Brasileira de Franchising - em meados de 2015 mostrou, dentre outros dados, que 46% das franqueadoras não têm mulheres em cargos executivos, enquanto em 12% dessas empresas a liderança é exclusivamente feminina. De acordo com o levantamento - que embora não seja novo é o mais recente feito pela entidade - dentre as franqueadoras pesquisadas, 33% das colaboradoras estão em função executiva, 52% em cargo gerencial, 54% de supervisão, 36% no Conselho e a maioria, 60%, em outras funções. Esses percentuais excluem colaboradores das unidades próprias e franqueadas.

A pesquisa revela que quanto mais nova é a empresa, maior é a participação feminina em cargos executivos. Nas franqueadoras com até cinco anos de mercado, 40% das funções executivas estão com as mulheres. Entre as redes de seis a dez anos o índice é de 34%. Já nas empresas a partir de dez anos, as executivas são 31% do corpo diretivo.

Com isso, no setor de franchising há boas histórias de empreendedorismo e empoderamento feminino.  Na rede de franquias Acqua aroma, empresa baiana especializada em perfumaria para casa, que oferece produtos como difusores, perfumes para ambiente em spray e envelopes perfumados, basicamente 100% das franqueadas são mulheres. Apenas duas lojas em São Paulo são fundadas por casais, mas absolutamente todas possuem sócias mulheres. Os produtos da Acqua Aroma, fundada em 2004 por Lua Serafim, Nayana Pedreira e Rafael Mamede, são produzidos pela Aromarketing, empresa pioneira no ramo de marketing olfativo no Brasil, com mais de 15 anos de atuação e clientes como Riachuelo, Camicado, H. Stern, Tok & Stok, entre outros.

A marca D´pil, franquia especializada em fotodepilação fundada em 2009, tem atualmente 302 unidades franqueadas espalhadas pelo Brasil, sendo que 70% dos franqueados são mulheres. O método da empresa garante uma eliminação de pelos indolor e mais longa, além de diversos tratamentos estéticos como designer de sobrancelhas e redução de medidas. 

Empreendedoras de sucesso

Do desejo de empreender até se consagrar como franquia de sucesso, Carol Martinelli, teve uma longa jornada de muitos desafios. O início da empreitada aconteceu quando adquiriu uma lanchonete na cidade de Andradas, interior de Minas Gerais, que vivia deserta. Disposta a mudar o cenário do negócio junto ao marido, arregaçou as mangas e colocou a mão na massa.

Em apenas um ano, a lanchonete transformou-se numa badalada hamburgueria e, após 6 anos de sucesso, surgiu a ideia de abrir uma loja só de coxinhas. Foi o primeiro passo para a construção da rede Carol Coxinhas. “Os salgados e os doces, desde os mais tradicionais, até as reinvenções ou criações precisam ter o melhor sabor, a melhor massa, o melhor recheio e atingir o padrão de qualidade estabelecido”, afirma Carol Martinelli, fundadora da marca. “Todo esse empenho é porque o cliente é a razão do nosso trabalho e fazemos tudo por ele, que merece ser tratado da melhor forma possível, com o melhor produto e o melhor sabor. Minha base de sucesso como empreendedora existe justamente por conta desse cuidado e visão” finaliza. Atualmente são mais de 40 lojas espalhadas pelos estados de São Paulo, Minas Gerais e Bahia e a meta para 2018 é a de conquistar o paladar de outras regiões e estar presente em todas as cidades do país.

A rede de franquias Sodiê também traz um exemplo de superação. A empresa começou em um imóvel de 20 m² em Salto, interior de São Paulo, e hoje conta com mais de 300 lojas espalhadas pelo Brasil. Atualmente é considerada a maior franquia especializada em bolos artesanais do País. Mas foi abraçando as oportunidades e com muito trabalho que a idealizadora da marca, Cleusa Maria da Silva, conseguiu levar seu empreendimento a esse patamar.

Era o ano de 1997, e Cleusa estava, então, tendo a oportunidade de abrir seu negócio, ainda que muito tímido. Mas até chegar esse dia, as coisas foram bem difíceis para ela. De família pobre, Cleusa trabalhou como boia-fria – foi cortadora de cana – e depois como empregada doméstica. A sorte veio quando a mulher do patrão, que fazia bolos para fora e, quando teve um problema de saúde, pediu para Cleusa ajudá-la, até que acabou por parar com a venda de bolos e deixou que Cleusa continuasse o negócio, crescendo a empresa até se tornar o que é hoje.

A empresária Michele Pergher fez o caminho inverso de muitos brasileiros e resolveu voltar ao país, após morar na Austrália. Ao lado de seu marido, Everson, trouxe um negócio inovador de se trabalhar esporte e educação com crianças chamado Little Kickers, presente em mais de 27 países. Inicialmente, ela chegou a trabalhar como babá e representante comercial de uma indústria farmacêutica na Austrália e aos finais de semana auxiliava seu marido que atuava em uma unidade da rede em solo australiano. O projeto multidisciplinar trabalha com aulas de inglês e futebol simultâneas para crianças. Atualmente, são 28 unidades no Brasil e a meta é atingir 33.

Trajetória empreendedora

A advogada Valéria Ramos, trabalhou em escritório, mas abriu mão em prol da educação dos filhos. Após essa primeira etapa, percebeu que tinha que retomar as atividades profissionais e, foi quando, ao lado de um sócio iniciou sua primeira trajetória como empreendedora. Inicialmente, tocou a operação de três livrarias no Rio de Janeiro, onde dentro delas havia um pequeno café, que foi o primeiro contato que estava tendo com o ramo de alimentação. Infelizmente, o negócio não vingou. Mesmo com o choque inicial, resolveu não desistir e direcionou seu foco para outra direção, o mercado de franquias.

Nessa hora resolveu partir de vez para a área de alimentação, onde já tinha afinidade. Durante o período de cinco anos teve a oportunidade de trabalhar como franqueada de diversas redes, como Uno & Due, Giraffas e Premiato, observando coisas boas e coisas ruins que almejava em um negócio próprio. Por experiência própria, buscava um negócio que unisse suporte, boa margem de lucro, bons insumos, central de distribuição organizada e principalmente transparência, atributos que algumas dessas redes não apresentavam, mas também sabia que precisava ser algo inovador para poder se destacar nesse segmento que é o mais procurado e concorrido na hora de empreender. 

Aquela experiência adquirida ao longo dos anos foi fundamental para partir para a abertura de seu mais novo negócio, a Dagosto Bistrô. Atualmente, a rede conta com três unidades, todas localizadas no Rio de Janeiro. Mas, em 2018, a meta é expandir para outros centros, como São Paulo. O faturamento em 2017 foi de R$ 3,5 milhões.

o Sebrae passou a fazer parte de um grupo de mais de 170 entidades públicas e empresas que aderiram aos Princípios de Empoderamento das Mulheres da Organização das Nações Unidas (ONU). A adesão, que vai fortalecer o empreendedorismo feminino no país, que já conta com 24 milhões de empreendedoras, número pouco inferior ao universo masculino, que é de 25,4 milhões.

“Este é um ato de grande simbolismo para as mulheres e para o Sebrae. Temos a capacidade de agir de forma efetiva na economia em todo o País, seja no Amazonas, seja em São Paulo. Este ato ajuda a deixar mais clara a nossa proposta, que é o empreendedorismo que transforma. E as mulheres têm essa capacidade de transformar”, disse Heloisa Menezes, diretora técnica e presidente em exercício da instituição.

No evento em que o Sebrae aderiu aos Princípios da ONU, Heloisa Menezes anunciou também que a entidade desenvolveu um projeto-piloto a ser levado para nove estados: a cartilha “Mulheres de Negócios”. “Vamos alcançar esse tipo de empreendedorismo por meio da capacitação, sensibilização e inteligência”, explicou. Essa publicação visa promover a igualdade entre homens e mulheres. Segundo a ONU Mulher no Brasil, pelas estatísticas, o país, assim como o restante do mundo, apresenta uma situação em que as mulheres ainda estão atrás dos homens em relação ao empreendedorismo.

Mulheres no franchising

Estudo realizado pela ABF - Associação Brasileira de Franchising - em meados de 2015 mostrou, dentre outros dados, que 46% das franqueadoras não têm mulheres em cargos executivos, enquanto em 12% dessas empresas a liderança é exclusivamente feminina. De acordo com o levantamento - que embora não seja novo é o mais recente feito pela entidade - dentre as franqueadoras pesquisadas, 33% das colaboradoras estão em função executiva, 52% em cargo gerencial, 54% de supervisão, 36% no Conselho e a maioria, 60%, em outras funções. Esses percentuais excluem colaboradores das unidades próprias e franqueadas.

A pesquisa revela que quanto mais nova é a empresa, maior é a participação feminina em cargos executivos. Nas franqueadoras com até cinco anos de mercado, 40% das funções executivas estão com as mulheres. Entre as redes de seis a dez anos o índice é de 34%. Já nas empresas a partir de dez anos, as executivas são 31% do corpo diretivo.

Com isso, no setor de franchising há boas histórias de empreendedorismo e empoderamento feminino.  Na rede de franquias Acqua aroma, empresa baiana especializada em perfumaria para casa, que oferece produtos como difusores, perfumes para ambiente em spray e envelopes perfumados, basicamente 100% das franqueadas são mulheres. Apenas duas lojas em São Paulo são fundadas por casais, mas absolutamente todas possuem sócias mulheres. Os produtos da Acqua Aroma, fundada em 2004 por Lua Serafim, Nayana Pedreira e Rafael Mamede, são produzidos pela Aromarketing, empresa pioneira no ramo de marketing olfativo no Brasil, com mais de 15 anos de atuação e clientes como Riachuelo, Camicado, H. Stern, Tok & Stok, entre outros.

A marca D´pil, franquia especializada em fotodepilação fundada em 2009, tem atualmente 302 unidades franqueadas espalhadas pelo Brasil, sendo que 70% dos franqueados são mulheres. O método da empresa garante uma eliminação de pelos indolor e mais longa, além de diversos tratamentos estéticos como designer de sobrancelhas e redução de medidas.

Empreendedoras de sucesso

Do desejo de empreender até se consagrar como franquia de sucesso, Carol Martinelli, teve uma longa jornada de muitos desafios. O início da empreitada aconteceu quando adquiriu uma lanchonete na cidade de Andradas, interior de Minas Gerais, que vivia deserta. Disposta a mudar o cenário do negócio junto ao marido, arregaçou as mangas e colocou a mão na massa.

Em apenas um ano, a lanchonete transformou-se numa badalada hamburgueria e, após 6 anos de sucesso, surgiu a ideia de abrir uma loja só de coxinhas. Foi o primeiro passo para a construção da rede Carol Coxinhas. “Os salgados e os doces, desde os mais tradicionais, até as reinvenções ou criações precisam ter o melhor sabor, a melhor massa, o melhor recheio e atingir o padrão de qualidade estabelecido”, afirma Carol Martinelli, fundadora da marca. “Todo esse empenho é porque o cliente é a razão do nosso trabalho e fazemos tudo por ele, que merece ser tratado da melhor forma possível, com o melhor produto e o melhor sabor. Minha base de sucesso como empreendedora existe justamente por conta desse cuidado e visão” finaliza. Atualmente são mais de 40 lojas espalhadas pelos estados de São Paulo, Minas Gerais e Bahia e a meta para 2018 é a de conquistar o paladar de outras regiões e estar presente em todas as cidades do país.

A rede de franquias Sodiê também traz um exemplo de superação. A empresa começou em um imóvel de 20 m² em Salto, interior de São Paulo, e hoje conta com mais de 300 lojas espalhadas pelo Brasil. Atualmente é considerada a maior franquia especializada em bolos artesanais do País. Mas foi abraçando as oportunidades e com muito trabalho que a idealizadora da marca, Cleusa Maria da Silva, conseguiu levar seu empreendimento a esse patamar.

Era o ano de 1997, e Cleusa estava, então, tendo a oportunidade de abrir seu negócio, ainda que muito tímido. Mas até chegar esse dia, as coisas foram bem difíceis para ela. De família pobre, Cleusa trabalhou como boia-fria – foi cortadora de cana – e depois como empregada doméstica. A sorte veio quando a mulher do patrão, que fazia bolos para fora e, quando teve um problema de saúde, pediu para Cleusa ajudá-la, até que acabou por parar com a venda de bolos e deixou que Cleusa continuasse o negócio, crescendo a empresa até se tornar o que é hoje.

A empresária Michele Pergher fez o caminho inverso de muitos brasileiros e resolveu voltar ao país, após morar na Austrália. Ao lado de seu marido, Everson, trouxe um negócio inovador de se trabalhar esporte e educação com crianças chamado Little Kickers, presente em mais de 27 países. Inicialmente, ela chegou a trabalhar como babá e representante comercial de uma indústria farmacêutica na Austrália e aos finais de semana auxiliava seu marido que atuava em uma unidade da rede em solo australiano. O projeto multidisciplinar trabalha com aulas de inglês e futebol simultâneas para crianças. Atualmente, são 28 unidades no Brasil e a meta é atingir 33.

Trajetória empreendedora

A advogada Valéria Ramos, trabalhou em escritório, mas abriu mão em prol da educação dos filhos. Após essa primeira etapa, percebeu que tinha que retomar as atividades profissionais e, foi quando, ao lado de um sócio iniciou sua primeira trajetória como empreendedora. Inicialmente, tocou a operação de três livrarias no Rio de Janeiro, onde dentro delas havia um pequeno café, que foi o primeiro contato que estava tendo com o ramo de alimentação. Infelizmente, o negócio não vingou. Mesmo com o choque inicial, resolveu não desistir e direcionou seu foco para outra direção, o mercado de franquias.

Nessa hora resolveu partir de vez para a área de alimentação, onde já tinha afinidade. Durante o período de cinco anos teve a oportunidade de trabalhar como franqueada de diversas redes, como Uno & Due, Giraffas e Premiato, observando coisas boas e coisas ruins que almejava em um negócio próprio. Por experiência própria, buscava um negócio que unisse suporte, boa margem de lucro, bons insumos, central de distribuição organizada e principalmente transparência, atributos que algumas dessas redes não apresentavam, mas também sabia que precisava ser algo inovador para poder se destacar nesse segmento que é o mais procurado e concorrido na hora de empreender. 

Aquela experiência adquirida ao longo dos anos foi fundamental para partir para a abertura de seu mais novo negócio, a Dagosto Bistrô. Atualmente, a rede conta com três unidades, todas localizadas no Rio de Janeiro. Mas, em 2018, a meta é expandir para outros centros, como São Paulo. O faturamento em 2017 foi de R$ 3,5 milhões.

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