De acordo com o Sebrae, a fórmula mais antiga para uma empresa crescer em tempos de margens enxutas é aliar corte de despesas a renegociações. Porém, muitos esquecem que há um elemento muito mais poderoso nessa equação chamado inovação organizacional, um fator chave para o bom desempenho dos pequenos negócios.
A inovação organizacional é a transformação nos métodos de negócio da empresa. Pode ser uma mudança na organização do local do trabalho ou mesmo na relação com o mercado, clientes e fornecedores. Ela vai além do ambiente descontraído, das mesas de pingue-pongue, dos pufes e dos espaços para descompressão. Trata-se da proposta de entrega de valor aos clientes.
Para criar uma cultura de inovação é preciso horizontalizar a estratégia. Isso significa envolver os funcionários. A inovação participativa incentiva o sentimento de pertencimento, fazendo com que os colaboradores façam das metas da empresa os seus próprios objetivos. A gestão e a liderança devem trabalhar para inspirar e manter as equipes motivadas.
A entidade aponta, com base em conhecimento da Harvard Business Reviews, algumas dicas de inovação organizacional para pequenas e grandes empresas como, por exemplo, cultivar o sentimento de desafio, apresentando projetos exigentes a seus funcionários, mas garantindo sempre que as tarefas sejam coerentes com suas habilidades e recursos. Outra sugestão é identificar a pessoa certa para cada tarefa, mantendo equipes estimuladas a cumprirem o que foi proposto.
Não exija 100% em todos os desafios também é uma boa estratégia. Vale explicar que atender 70% do que foi pedido é totalmente aceitável. Pode parecer estranho em um primeiro momento, mas a atitude incentiva o funcionário a buscar novidades sem se sentir pressionado.
Com isso, antes de implementar a inovação organizacional no seu pequeno negócio, é importante reforçar que ela demanda mudanças progressivas na forma de pensar. É um trabalho que leva tempo e deve estar associado a mecanismos de apoio. Ampliar os meios de comunicação e desenvolver um programa de treinamento para os colaboradores são algumas ferramentas úteis nesse processo.
Além das metodologias mais tradicionais, há uma série de outras maneiras de envolver os funcionários em um sistema inovador. Você já ouviu falar de Design Thinking, por exemplo? Essa abordagem faz um mapeamento do que a empresa precisa mudar e mescla a solução com experiências. São levados em conta o ambiente cultural, a visão de mundo e o conhecimento dos indivíduos para identificar melhor as barreiras e gerar alternativas para transpô-las.
Parcerias
É importante saber também que as empresas não estão sozinhas no caminho para a inovação organizacional. A parceria com universidades e até mesmo consumidores é uma prática saudável e gera resultados bastante positivos. Outra forma de buscar auxílio é com organizações especialistas em identificar soluções criativas para situações comuns.
Por fim, é importante destacar que empresas inovadoras estão sempre em busca de novas estratégias que garantam aumento de competitividade e destaque no mercado. Não por acaso, elas são as que mais crescem em tempos desafiadores.
Mas esse nem sempre é um caminho fácil. Um erro frequente entre as pequenas e médias empresas é não adotar um processo estruturado. Isso faz com que algo potencialmente inovador se torne rapidamente um negócio voltado ao atingimento de indicadores. Não basta ter uma boa ideia, é preciso ter disciplina e paciência para saber que, muitas vezes, o resultado vem no médio e longo prazo.
Fonte: Sebrae