No Brasil, a liderança feminina nas empresas em geral ainda não representa um número considerável, mas cada vez mais mulheres têm se lançado à frente em diversos setores. Muitas são movidas pela vontade de ter o negócio próprio e escolhem empreender para ter mais tempo para a família.
Empreender não é exatamente uma tarefa fácil. Principalmente para empreendedoras mulheres, que enfrentam barreiras que muitos nem imaginam. De acordo com o Sebrae, das 955 mil novas empresas registradas, 51,5% foram abertas por mulheres.
Em comemoração ao Dia Internacional da Mulher, contaremos casos de mulheres empreendedoras que lutam diariamente para fazer diferença em seu meio social e, construindo assim, um papel no qual faz jus à data comemorativa.
Cristianne Gonçalves, franqueada da SUAV
Quem nunca sonhou em ter mais liberdade e alcançar a tão sonhada independência financeira? Cristianne Mendes Gonçalves, 42 anos, enxergou essa oportunidade quando era cliente do salão de beleza SUAV (rede de beleza especializada em cuidados femininos).
Ela atuou por 17 anos como Relações Públicas de multinacionais do segmento de mineração, até que os negócios da área de beleza e estética, sempre muito bem colocados em pesquisas de negócios para quem quer ser um empreendedor, chamaram sua atenção. “Em pouco tempo, criei algumas parcerias no segmento, sempre atuando como gestora. E a cada novo projeto, ampliava meu conhecimento sobre o universo da beleza. Hoje, continuo aprendendo muito e me informo sobre as tendências do mercado. Em resumo, associei esta nova oportunidade de trabalho à experiência profissional que construí ao longo da vida”, conta Cristianne que abriu uma unidade SUAV em sociedade com a irmã após ver o anúncio da franquia e começar a avaliar a possibilidade de serem franqueadas. A decisão em investir veio após algumas reuniões com a empresa.
Em tão pouco tempo de atuação no mercado, a unidade que administra já ultrapassou a meta de captação de clientes para início de operação e estima chegar em 1.300 atendimentos ainda neste mês de março. Outro fator positivo é que a empresária vem faturando cerca de 50% a mais do que era esperado neste início do negócio, e revela que a intenção é mais que dobrar os resultados em um ano de funcionamento da unidade.
Aletéia Hansen, franqueada da Acqio
Representante comercial, Aletéia Gonçalves Hansen parou de trabalhar quando engravidou em 2012. Depois de anos parada, ela tentou voltar ao mercado de trabalho, mas foi com o negócio próprio que de fato teve êxito. Em 2015 se tornou empreendedora por meio da rede de franquias Acqio – marca especializada em pagamentos eletrônicos via POS. Fato que veio a calhar com sua situação, já que a franquia possibilitou a ela, ter flexibilidade de horários. “O que se torna muito bacana quando se é mãe”, falou.
A empresária é dedicada e comprometida com seu trabalho. Seus compromissos como dona do lar não interferem em seus resultados. A franqueada conquista ao fim do mês um faturamento mensal de quase R$10 mil. Isso porque além de ir à campo em busca de clientes, e atendendo a demanda dos que já são com suporte, por atuar como FDA (sigla atual para o termo masterfranqueada) é ela quem orienta e comanda todos os franqueados da Acqio em sua região.
Leila Silva, franqueada da Gigatron
Leila Batista da Silva, 42 anos, sempre foi uma apaixonada por informática. Analista de sistema, ela atuou durante bastante tempo na área de desenvolvimento de sistema em grandes empresas, além de uma cartela de clientes de pessoas físicas.
Há cinco anos ela decidiu se tornar dona do próprio negócio, e por isso, deu início na busca por franquias com atuação em tecnologia. Na mesma época, Leila encontrou a Gigatron Franchising e desde então se associou a marca e se tornou uma franqueada.
Dona de um escritório, ela chefia três funcionários e comanda uma das melhores operações da rede que possui atualmente mais de 60 unidades. Além disso, oferece por fora alguns serviços extras, como venda e manutenção de equipamentos. “Saí na rua para oferecer os serviços. Eu não tinha uma estrutura, trabalhava home office, fui com a cara e a coragem. Contei com o apoio e auxílio da Gigatron, do meu irmão, da minha filha, e de uma amiga contadora que também era empreendedora”, revelou.
Nesses cinco anos ela adquiriu outra franquia da Gigatron em Santo Amaro (SP), esta que por sua vez tinha adquirido a franquia Santana (SP) e Guarulhos (SP) e tinha ao todo 60 clientes. Hoje ela recebe R$35 mil de faturamento bruto ao mês. Mas para alcançar o patamar que está, passou por grandes percalços.
Alecssandra Santana, masterfranqueada do Banneg
Com espírito empreendedor, Alecssandra Santana sempre gostou de trabalhar por conta própria e na área de serviços. Durante 9 anos atuou no ramo de vendas de vestuário masculino, feminino e acessórios em geral, e há três anos resolveu administrar uma Corretora de Seguros, tendo a companhia do sócio e esposo, Reginaldo Alves dos Reis com quem é casada há mais de 18 anos.
“Os negócios vinham indo muito bem, porém percebi que havia a possibilidade de crescer ainda mais. Conversando com a expansão da franqueadora eles me apresentaram um negócio novo no franchising direcionado ao mercado financeiro e como a cidade que atuo é uma área industrial, vi que tinha grande potencial para comandar mais um negócio”, diz a empresária.
Há pouco mais de três meses, Alecssandra está à frente do Banneg-Banco de Negócios como masterfranqueada na área que compreende São Carlos (SP) e cidades com DDD 16. O posto de máster geralmente é muito visto por homens no controle de captação de clientes e de possíveis investidores. No entanto, é algo que não intimidou a empresária, pelo contrário, trouxe ainda mais garra, já que sua intenção é alcançar crescimento pessoal, além de proporcionar um ganho ainda maior como masterfranqueada.
A empreendedora pontua que o fato de ser mulher tem uma grande vantagem para os negócios, já que elas são conhecidas por serem mais perspicaz e olhar atento para os detalhes. “Busco por um crescimento profissional de forma sólida, podendo no futuro estar desfrutando de todas as minhas conquistas”, conclui Alecssandra sobre comandar dois negócios distintos, porém como um dos serviços mais procurados no mercado.