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Mercado de franquias cresce 6,8% no 2º Tri de 2017, segundo ABF

Segmentos que mais cresceram foram Hotelaria e Turismo; Saúde, Beleza e Bem-estar e Casa e Construção

Mercado de franquias cresce 6,8% no 2º Tri de 2017, segundo ABF
Sua Franquia Publicado em 10 de Agosto de 2017 às, 09h00. Atualizado em 11 de Julho de 2023 às, 12h56.

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O mercado de franquias brasileiro registrou um crescimento nominal de 6,8% no segundo trimestre deste ano, em relação ao mesmo período do ano passado. O faturamento de abril a junho passou de R$ 35,180 bilhões para R$ 37,565 bilhões. É o que mostra a Pesquisa Trimestral de Desempenho do Franchising divulgada hoje pela ABF – Associação Brasileira de Franchising.

Embora o índice seja menor que no 2º Trimestre de 2016 (crescimento de 8,1%), em razão da inflação, o resultado deste ano é positivo. Considerando-se períodos mais longos, de 6 e 12 meses, o setor mantém um ritmo de crescimento nominal moderado na casa dos 8%.

A ABF atribui este desempenho à melhora de alguns indicadores macroeconômicos, como a queda da inflação e expansão do crédito às famílias, à projeção de tímido crescimento do PIB em 2017, e fatores pontuais, como o saque das contas inativas do FGTS, associados à busca incessante do setor de franquias por mais eficiência, novos mercados e por reconquistar o consumidor.

Para o presidente da ABF, Altino Cristofoletti Junior, “paulatinamente, o setor vem fortalecendo seu crescimento em termos reais. Isso é muito importante visto que no período enfrentamos um mês de deflação e severas incertezas políticas. Esse desempenho mostra a capacidade de reinvenção do setor e os benefícios da operação em rede”.

 

Acumulado dos últimos 12 meses

Analisando-se os dados de janeiro a junho de 2017 (Year to Date – YTD) em relação ao mesmo período anterior, o crescimento foi de 8%, passando de R$ 68,890 bilhões para R$ 74,428 bilhões. Quanto ao faturamento acumulado dos últimos 12 meses, o estudo revela que o sistema de franquias alcançou crescimento de 8,4%, com avanço da receita de R$144,615 bilhões para R$ 156,784 bilhões.

 

Emprego

Outro dado positivo trazido pela pesquisa trimestral da ABF foi a ampliação do número de empregos formais gerados no setor. Houve uma retomada na oferta de novas vagas que totalizou 1.200.694 trabalhadores diretamente empregados no sistema, 1% a mais do que no primeiro trimestre de 2017. Comparativamente, segundo o IBGE, o desemprego no Brasil registrou queda de 0,7% em relação ao trimestre anterior.

“O desempenho positivo do setor e o relativo aumento no número de empregos demonstram que as empresas do franchising seguem uma trajetória de recuperação. Observamos que as redes continuam focadas em obter ganhos de eficiência na gestão, fazendo mais com menos, investindo na multicanalidade, em novas estratégias comerciais, enfim, atentas aos movimentos do mercado para responder rapidamente aos desafios desse período difícil vivido pelo País”, declara Cristofoletti. Ainda segundo o presidente da ABF, esse quadro associado às projeções do mercado para o ano de 2017, com crescimento do PIB em 0,34% e inflação abaixo do centro da meta, em 3,45%, reforçam a trajetória atual e a manutenção da projeção de crescimento do setor este ano que, de acordo com a ABF, deve ficar entre 7% e 9%.

 

Número de unidades

Quanto ao movimento de abertura e fechamento de unidades, o levantamento sugere um ritmo moderado. No 2º trimestre deste ano, foram abertos 3,2% pontos de venda na comparação com o mesmo período do ano passado, totalizando 144.074 unidades de franquia em operação no País, e fechadas 1,3%, resultando num saldo de 1,9%.

Com isso, os multifranqueados (franqueados com duas ou mais unidades de uma mesma marca) e franqueados multimarcas (com unidades de redes diferentes), associados ou não ao repasse de unidades, têm sido cada vez mais importantes para a manutenção do dinamismo do setor.

Em termos de número de redes, houve uma queda de 2% em relação à dezembro de 2016. Atualmente, temos 2979 redes atuando no Brasil. Além da diminuição da atividade econômica, um fator que tem contribuído para este movimento é que redes de menor porte, ao promover adequações ao atual cenário, acabam focando suas operações próprias. No entanto, novas marcas continuam a chegar ao setor, brasileiras e estrangeiras.

 

Segmentos

Entre os segmentos, a maior variação de receita trimestral foi registrada em Hotelaria e Turismo, com 10,1% de crescimento. O desempenho foi favorecido pela recuperação do segmento em relação ao ano passado, bastante impactado pela crise. Em segundo lugar ficou Saúde, Beleza e Bem-Estar (9,4%), favorecido pelo aumento da procura por clínicas populares, pelo investimento de grandes redes na multicanalidade, entre outros fatores.

Na terceira posição, está o segmento de Casa e Construção (8,6%), demonstrando uma leve recuperação frente ao mesmo período do ano passado, a exemplo do que ocorreu com o segmento de Hotelaria e Turismo. A seguir vem Entretenimento e Lazer (7%) e Comunicação, Informática e Eletrônicos (6,6%).

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