Aumentos de custos devem ser repassados aos consumidores? Com políticas de gestão adequadas, é possível manter preços de produtos e serviços e não impactar clientes
Cabe às empresas decidirem se repassam ou não ao consumidor final os reajustes de preços de produtos e serviços quando há aumento de tarifas e custos de operação. Recentemente, por exemplo, a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) alterou a bandeira da conta de luz e ligou um sinal de atenção entre empreendedores. Com a nova medida, a bandeira verde em junho passa a ser amarela em julho e, assim, a mudança gerou um aumento de cerca de 2,5% em relação a junho.
Diante disso, algumas redes de franquias já se previnem e adotam políticas de gestão quando essas alterações ocorrem e impactam os custos operacionais. A Não+Pelo, líder mundial em fotodepilação, presente no estado do Rio de Janeiro com 30 pontos de atendimento, é uma rede que tem uma política de preço bem estipulada sem sofrer aumento no preço do serviço em razão de diversos outros fatores, como por exemplo, elevação da conta da energia elétrica, água e outros.
A marca possui uma política estruturada e diferentemente de restaurantes, por exemplo, a empresa por atuar no segmento de beleza, estética, bem-estar e saúde não tem a menor possibilidade de diminuir os custos de energia. Qualquer tentativa nesse sentido, o maquinário de tecnologia própria da empresa pode falha se operado em ambiente acima de 19 graus Celsius. Dessa forma, entre junho e setembro, a margem de lucro gira em torno de 25% - estatística de faturamento que a empresa estipula em relação ao ano anterior e no inverno, volta a margem de lucro em torno de 10% em relação ao mês anterior.
É uma grande diferença de lucro entre as estações do ano, mas mesmo assim a marca mantém a cultura de não repassar ao consumidor final essa situação, visto que o preço das sessões não é alterado há mais de anos.
"A Não+Pelo tem uma política de preço diferenciada, com preço único. Atrelado ao melhor preço do mercado, a Não+Pelo é reconhecida como uma marca que não tem o hábito de regular o preço do serviço de fotodepilação baseado em aumentos como acontecerá com a energia elétrica este mês. Nos últimos cinco anos apenas um reajuste de 15% em 2015 depois de três anos com o preço de R$69,00. Sendo assim, essa política de preço da marca pode ser vista como uma ação de marketing na qual o cliente não é surpreendido sucessivos reajustes de preço", conclui Janete Cozer, franqueadora máster da marca no Rio de Janeiro.