5 dicas para o empreendedor se preparar para a retomada do crescimento: Especialista em expansão de negócios recomenda alguns passos para manter a empresa em aclive em todas as fases de oscilação do mercado
Ao que parece, o pior da tempestade econômica está passando, no entanto, a expectativa é que o cenário de recessão vivido nos últimos dois anos perca força e a economia volte a crescer. Se por um lado ainda não é possível comemorar, por outro, é hora de arregaçar as mangas, programar e se antecipar estrategicamente para o ciclo de crescimento que está por vir.
Será que as empresas estão preparadas? Mesmo com um cenário incerto, o número de negócios no setor de franquias aumentou no último ano. É o que mostra o levantamento feito pela ABF – Associação Brasileira de Franchising. Este mercado cresceu 8,3% na receita em relação a 2015, e o faturamento do setor saltou de R$ 139,593 bilhões para R$ 151,247 e número de unidades supera 142 mil. A projeção para esse ano é crescer entre 7 a 9%. São Paulo é a cidade que mais concentra redes franqueadoras com 53% da preferência, atrás do Rio com 11%, Paraná com 8%, Minas Gerais com 6%, Rio Grande do Sul com 5%.
Para auxiliar empreendedores veteranos e também os aspirantes no mercado, Samantha Pacheco, gerente de expansão de franquias da Especialista do Lar, do Grupo E-Lar, com expertise no segmento de franchising desde 2007, dá dicas de como o empresário pode planejar a sua empresa e o que deve priorizar, desde agora, para a retomada de crescimento no País.
1. Mantenha o controle dos principais indicadores financeiros: se você ainda não organizou sua empresa nesse sentido, você está pilotando um avião sem ter um painel de controle que indique a posição e velocidade. Se você já tem esse controle, não é hora de relaxar. Quando as coisas começarem a melhorar no País, esses indicadores mostrarão muito mais do que apenas resultados, eles podem te ajudar a perceber mudanças no comportamento dos seus clientes e, talvez, se antecipar a alguma nova necessidade do seu público-alvo.
2. Use a tecnologia a seu favor: ela está em tudo o que fazemos e transforma a forma de nos relacionar com o mundo, inclusive na maneira como consumimos. O empreendedor pode e deve pensar “Como a tecnologia pode melhorar meu negócio?”. Atualmente existem diversos recursos que podem ajudar a otimizar, agilizar o atendimento ao cliente e aumentar os resultados, como a ferramenta ERP - Enterprise Resource Planning, que é um sistema de gestão empresarial. O custo dessas plataformas tem caído bastante, pois a concorrência aumentou. Basta pesquisar um pouco que você poderá encontrar excelentes soluções para sua empresa.
3. Mantenha-se próximo do seu cliente: parece óbvio, mas é normal que o empreendedor fique tão envolvido nos problemas do dia-a-dia que se esqueça do foco principal, o cliente. Lembre-se da frase de Darwin, “Não é o mais forte que sobrevive, (...) mas o que melhor se adapta às mudanças.” Somente interagindo com o seu cliente que será possível criar vínculos. É importante entender o que ele precisa, como consome seu produto ou serviço e, principalmente, como ele gostaria de consumir.
4. Treine e valorize seus colaboradores: a pior coisa que o empreendedor pode fazer é negligenciar seus colaboradores, pois são eles que estão na linha de frente, em contato direto com seu cliente. Nem todo treinamento precisa ser terceirizado. Você pode desenvolver o conteúdo que deseja pesquisando na internet e apresentar à sua equipe em treinamentos relâmpagos de 15 ou 20 minutos por dia. Apresente um conteúdo de forma objetiva, e caso se trate de uma nova atitude a ser assimilada pela equipe, monitore o quanto eles estão colocando em prática. Seja qual for o formato que você adotar, capacite, treine, motive e valorize seu colaborador. Quanto mais ele amar a sua empresa, melhor ele irá tratar o seu cliente.
5. Entenda sobre pessoas: Simon Sinek, autor do livro “Líderes Se Servem por Último”, tem uma palestra que você pode encontrar facilmente no Youtube chamada “Se você não entende de pessoas, você não entende de negócios” (em inglês: If You Don’t Understand People, You Don’t Understand Business) que traz uma reflexão interessante sobre como nos conectamos com as pessoas por meio de nossas crenças e valores, e que isso é determinante para confiar mais em algumas pessoas do que em outras. Parece simples, porém exigirá um forte exercício de auto-conhecimento. Se você deseja que a sua empresa aproveite a novo período de crescimento econômico que está por vir, você também precisará estar preparado para atender um mercado cada vez mais exigente e um consumidor cada vez mais informado. Muito mais que oferecer um produto de qualidade é necessário estabelecer uma relação de CONFIANÇA.