10 dicas para avaliar quando vale a pena fazer um financiamento para abrir uma franquia: É essencial fazer um planejamento financeiro bem detalhado e avaliar todas as possibilidades, antes de assumir um financiamento bancário
É comum empreendedores desejarem abrir uma franquia e não possuírem todo o capital de investimento em mãos, recorrendo assim a financiamentos de instituições bancárias. Mas quando será que esta é de fato a melhor opção para colocar o sonho do negócio próprio em prática?
Veja abaixo as 10 dicas de Claudia Bittencourt, Diretora Geral do Grupo Bittencourt, acerca de quando e como vale a pena usar esse recurso adicional.
1) A primeira questão a ser avaliada é se esta é realmente a sua única opção. Às vezes pode ser mais adequado segurar a ansiedade para abrir uma franquia e pensar em outras alternativas para acumular esse capital inicial. É importante esgotar todas as possibilidades antes de encarar os juros de um financiamento.
2) Lembre-se que franquias são negócios já testados no mercado, mas mesmo assim não há garantia que dará 100% certo. A marca pode ser consolidada no segmento, entretanto, é possível que a operação seja diferente do que você imaginava ou alguma variável da economia dificulte o atingimento do faturamento esperado. O financiamento é um fator de pressão adicional no empreendedor. No entanto, também pode ser algo que impulsione o franqueado a fazer dar certo.
3) Se o crédito é de fato necessário, seja bem cauteloso ao calcular qual é o valor total que você negociará com a instituição bancária. Aqui vale a pena elaborar um planejamento bem detalhado dos custos, incluindo itens importantes como capital de giro e valor de aluguel (que aumenta anualmente). É importante também ser bem realista quanto ao lucro esperado nos primeiros meses de operação – os mais decisivos para o sucesso da franquia.
4) Evite ao máximo financiar mais de 30% do valor total de investimento - assim os riscos de você não conseguir honrar a dívida são minimizados. O negócio não deve depender exclusivamente do valor financiado. O valor da parcela mensal pode comprometer e muito a rentabilidade do negócio e prolongar bastante o retorno do investimento realizado
5) Cuidado ao incluir na planilha financeira do negócio o valor do financiamento. A unidade vai precisar faturar mais para bancar os custos do negócio, a remuneração do franqueado e o pagamento do financiamento.
6) Para os bancos, o segmento de franquias é bastante atrativo pois o franqueador já faz uma pré-seleção do candidato, então a segurança na concessão de crédito é maior também para a instituição financeira. E para quem está empreendendo conseguir o financiamento quando se está ingressando numa rede de franquias é mais fácil do que quando se está investindo num negócio independente.
7) Avalie a linha de crédito de mais de uma instituição financeira e inclua na sua pesquisa opções privadas e públicas. Pode ser que alguma ofereça condições mais vantajosas, tanto em juros como prazos.
8) Dê preferência a instituições que tenham linhas de crédito específicas para o segmento de franquias, certamente terão taxas de juros e condições mais interessantes. Algumas redes já possuem acordos firmados com os bancos e podem oferecer opções vantajosas para a abertura de unidades.
9) Dê prioridade a créditos bancários que possuam algum seguro incluso, caso você venha a atrasar os pagamentos de parcelas ou tenha algum acidente pessoal que dificulte a operação da franquia.
10) Leia atentamente o contrato de financiamento antes de assiná-lo. Vale dar bastante atenção a aspectos como, por exemplo, se é possível renegociar valores a médio prazo ou mesmo quitar o saldo devedor antes do término do contrato. Em caso de dúvidas, procure sempre assessoria jurídica.