Wal-Mart aumenta número de lojas grandes no Brasil apesar dos números: Varejista aposta em renovar e mudar o branding de hipermercados locais para competir com armazéns e supermercados
A Wal-Mart Stores está fazendo uma aposta no Brasil, investindo pesado para renovar suas lojas de grande porte à moda dos Estados Unidos, mesmo com o desaquecimento das vendas e consumidores comprando cada vez menos e com ticket médio menor.
A Wal-Mart WMT, que caiu -0,21%, planeja gastar 1 bilhão de reais em três anos em atualizações para seus hipermercados no Brasil, principalmente seguindo a estratégia das últimas duas décadas.
Sucesso absoluto nos Estados Unidos e sinônimo de hipermercado, no Brasil a penetração do Wal-Mart ainda é tímida, embora a aquisição de supermercados e hipermercados locais com a manutenção das marcas tenha tido sucesso.
As vendas líquidas do Wal-Mart no país foram lentas nos últimos anos em comparação com os outros mercados internacionais, com queda de 4,1% nos três meses encerrados em 31 de janeiro, contra aumentos no mesmo período de 8,9% no México e na América Central e de 5,4 % na China.
Como nos Estados Unidos, as grandes lojas da Wal-Mart no Brasil vendem de bananas a pneus de automóveis. Esse modelo foi popular entre os brasileiros durante a hiperinflação dos anos 80 e início dos anos 90, quando os preços subiam a taxas estratosféricas. Muitos consumidores corriam para o hipermercado após receber seus salários para estocar produtos antes que os preços subissem mais.
Agora, esse modo de fazer compras perdeu o seu apelo por qui. O tráfego infernal nas cidades em expansão torna os hipermercados difíceis de alcançar. Pequenas lojas de conveniência de bairro estão atraindo brasileiros, que vivem cada vez mais sozinhos, não em grandes casas familiares.
Enquanto isso, um novo formato de varejo com desconto está atraindo os caçadores de pechinchas do Brasil: lojas de estilo armazém, conhecidas como "cash and carry", pertencentes à francesa Carrefour e ao GPA.