Investir FGTS em uma microfranquia pode ser uma alternativa para garantir renda, desde que não se tomem decisões precipitadas: Microfranquias requerem baixo investimento inicial e o prazo de retorno tende a ser menor
Com o início dos saques do FGTS de contas inativas a partir deste mês de março mais de 10 milhões de trabalhadores poderão sacar o dinheiro que estava bloqueado em contas inativas. A medida visa estimular a economia em tempos de crise e, no caso, adquirir uma microfranquia pode ser uma forma de garantir uma renda.
Segundo a ABF (Associação Brasileira de Franchising), as microfranquias se mostram uma boa opção de negócio e devem ganhar ainda mais destaque em 2017, pois o fato do investimento inicial ser mais baixo - até 80.000,00 reais, também impacta no prazo de retorno do investimento, que tende a ser menor.
Mesmo antes da liberação do governo dos saques de contas inativas, o resgate do FGTS já se mostrava uma boa opção para empreender. E essa foi a escolha de Alessandra Tronquini, ex-executiva da HP no Brasil, que resolveu investir o dinheiro recebido de FGTS para inaugurar em fevereiro deste ano a unidade Kumon da Vila Guilherme/SP. Após 27 anos de experiência em multinacional, em cargos de liderança com equipes de mais de trinta gerentes de conta, Alessandra decidiu deixar para trás a forte pressão e pouco reconhecimento do mercado corporativo para gerir um negócio próprio.
No processo de pesquisa de qual seria a microfranquia ideal, é sempre recomendado buscar muita informação sobre o modelo, como por exemplo se a rede oferece o suporte necessário e se os franqueados atuais estão satisfeitos com suas unidades e tem tido resultado. Além disso, é muito importante ter identificação com o segmento de atuação. Alessandra aplicou todos esses fatores para fazer sua escolha, visto que considera educação um fator essencial e nunca deixou de estudar e obter certificações, além de sempre exigir isso também dos filhos e das equipes que gerenciava. “Tenho uma experiência muito positiva com relação ao método Kumon, tanto como mãe de alunos quanto como aluna - sou concluinte do curso Inglês. Através do Kumon, eu pude vivenciar a transformação principalmente na vida dos meus filhos tanto na elevação da capacidade de cada um deles nas matérias que eles cursam quanto na disciplina de estudos e autoconfiança que eles adquiriram”, conta a ex-executiva.
Alessandra participou do processo seletivo para adquirir a microfranquia da Kumon durante aproximadamente 6 meses, o que permitiu também que ela se aprofundasse no modelo de negócios, antes de bater o martelo final. “A empresa foi eleita a melhor micro franquia em 2016 e isso me chamou muito a atenção, pois crescer em um ambiente de recessão não depende de sorte, mas sim de boa estrutura, foco e qualidade”, conclui a agora empresária.
Segundo a consultora Claudia Bittencourt, do Grupo BITTENCOURT, o senso de oportunidade que aparece quando uma pessoa recebe um valor inesperado pode trazer ansiedade e fazê-la tomar decisões precipitadas. É importante o investidor pensar com muita cautela se o valor que ele possui para investir também é capaz de sustentar o negócio até que ele atinja o ponto de equilíbrio, ou seja, quando as receitas se igualam às despesas. Então, além do valor de investimento inicial, é preciso ter um valor adicional até que isso aconteça.
Raio X da Franquia Kumon
Investimento inicial: R$ 35 mil
Tempo médio para retorno: entre 18 e 24 meses
Royalties: aprox.. 40% de sobre o faturamento bruto do valor de mensalidade sugerida, com todo o material didático, materiais de apoio, de divulgação e informativos já contemplados