Consumidor consciente, franquias ecologicamente corretas: Redes de franquias percebem a importância de agregar valor ao seu produto. O consumidor, o planeta e a cadeia de valor agradecem
A pesquisa multinacional “Em boa companhia: O valor do Consumidor Consciente” aponta que o brasileiro no topo da lista de consumidores conscientes. Ao menos 87% dos brasileiros entrevistados podem ser considerados consumidores conscientes, porque preferem comprar produtos ou serviços de empresas responsáveis socialmente.
Uma das empresas que busca levar isso em diante é o Grupo Malwee, que afirma que cabe a cada organização, dentro do próprio setor, armar-se de estratégias para estimular o desejo do seu público-alvo e direcionar as preferências do consumidor a produtos ou serviços que sejam ecologicamente corretos, viáveis no âmbito econômico e socialmente justos.
A empresa retirou 20 milhões de garrafas PET da natureza e transformou em matéria-prima biodegradável usada na linha fitness da marca Malwee Liberta que, quando descartada corretamente decompõe-se em tempo bem menor se comparado a uma poliamida comum.
Reutilizar é uma das regras das franquias ecologicamente corretas. Com o slogan "Reuse com Estilo", a Arena Baby é uma rede de franquias que investe no consumo consciente, inspirada nas famosas ‘garage sales’ americanas, com o comércio de produtos seminovos.
O cliente leva produtos usados e ganha créditos que valem na compra de outros produtos. As peças devem estar limpas, sem manchas e em ótimo estado de conservação. A maioria dos itens a venda são de 40 a 70% mais baratos do que lojas convencionais. Além disso, a rede realiza doações de itens para o Exército da Salvação.
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Outra marca conhecida pela preocupação com o meio ambiente é O Boticário, que por meio da Fundação Grupo Boticário há mais de duas décadas trabalha em todo o Brasil conscientizando a sociedade sobre os assuntos de cunho ambiental e promovendo ações pela conservação da natureza e da fauna e flora brasileiras.
O valor agregado ao produto é algo bastante valorizado pelo consumidor brasileiro, até mais do que o preço. Segundo a pesquisa, o consumidor brasileiro não se importa em pagar de 5% a 10% a mais pela mercadoria dessas organizações exatamente pelo valor agregado. O número supera a média do resto do mundo, que é de 77%.